26.

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LUCAS.

- Caraca, ficou pica demais irmão, mandou bem. – o Caio falou levantando da maca e pegando os bagulho dele pra ralar peito pra irmão dele. – Desacreditei mermo que tu mexia com isso.

- Coé, é só um passa tempo de vez em quando, ajudo o meu amigo que é dono do estúdio quando precisa.

Moleque inventou de última hora que queria fazer tatuagem e perguntou quem era meu fechamento pra tatuar também, quando falei que desenrolava pra ele o menor ficou duvidando.

- Já sabe o que tem que fazer, sem exposição ao sol, evitar bebidas pelo menos por três dias, e usar aquelas paradinhas só depois de dois meses.

- Tá de marola? Ficar sem por dois meses?

- É o indicado, mas fica no mínimo trinta dias. Agora de resto é tu longe. – respondi e fechei as portas do lugar pra vazar pra casa.

- Amanhã quando eu chegar e resolver os bagulho eu te envio as mudanças que teve na obra do teu apartamento, daqui um mês tu vai pra lá.

Subi na minha moto e fui de giro, lembrei da hora que o Caio perguntou pra Júlia sobre a marca no pescoço e eu ri lembrando que ela meteu caô. Garota maluca. Ainda veio me mandando mensagens perguntando porque fico vendo os stories dela, maior marra.

- Que cheiro insuportável de maconha é esse, Lucas! – tava na parte externa da casa deles fumando o fininho antes de sair, os dois estavam nem aqui. – Quando falei que ia colocar você pra fora não era brincadeira não.

- Relaxa coroa, Niterói é logo ali.

Ia piar de cantinho junto do Felipe pra Niterói, aniversário de uma garota aí. Logo mais tava partindo, só esperando o Felipe passar pra partir.

- Vai vendo o que você arranja da tua vida hein, garoto! Vai vendo.

-  Em vinte oito anos nunca me transformaram em pai e tu acha que agora eu vou?

Quando falei isso ela até saiu de perto,  só me olhou com negação e foi lá pra dentro, voltei a fumar e a cabeça logo pesou, nem consegui mais marolar.

- Minha benção, mãe! – pedi e ela deu. Parece que depois daquela fala ela até mudou, maior sonho dela ser avó. Nem fez gracinha quando saí, só falou com o filho da puta do Felipe e voltou lá pra dentro.

- Ih, rolou o que com a dona Marisa?

- Bagulho que falei, ela leva pro coração demais essas coisas de filho.

Já desviei o assunto e passamos pra pegar as duas garotas que vai com a gente.

JÚLIA.

A vida tem dessas né, não tem como ficar em paz por muito tempo. O dia tinha sido bom demais pra chegar no final dele e me estressar com isso.

- Tá fazendo o que plantado na porta do condomínio? – perguntei. – Acho que já deixei bem claro que não temos nada!

Tinha chegado em casa agora, mas quando vou colocar o carro na garagem o Gabriel ficou parado bem no portão não me deixando passar. Sério, tava tranquila depois da praia, do treino, e me deparo com isso.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora