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LUCAS.

Mermão, vai tomar no cu! Ressaca do caralho, acabei de conversar um bagulho sem sentido e ainda vem essa porra agora.

Meu mais sinceros vai se foder!

O moleque chatão parou na nossa frente e ficou olhando como se tivesse perdido alguma coisa. A Júlia tentou sair do meu colo e eu a prendi mais para falar com ela.

- Relaxa, ele nem deve ter visto nada. - tentei tranquilizar a maluca que estava nervosa para caralho. - E nem fizemos nada.

- O Caio sabe disso, Júlia? - repetiu a pergunta agora bem mais alto e eu respirei fundo pra não mandar esse comédia pra casa do caralho. Chatão mané. - É esse o amigo que ele chama de irmão.

- Porra, tu viu a gente fazer algo de errado? - perguntei. - Desembucha, cara. Ou teu problema é comigo?

- Miguel, aqui não tem nada. Para com isso.

- Que não tem nada, só maluco mesmo pra não ver tu quase abrindo a perna para ele. - respondeu. - É por isso que não quis ir pra cama com aquela desculpa esfarrapada que eu sou amigo do teu irmão, mas pros outros amigos tu dá né.

- Se manca, Miguel. Eu sou solteira e vou pra cama com quem eu quiser, mas isso não é maluquice pra tu surtar não. - desceu das pedras e foi ora frente dele. - Eu e ele não estamos fazendo nada de errado, Caio não precisa saber porque não temos nada, ele não manda em mim!

- Júlia, cê tá dando pra um cara que o Caio chama de irmão. Ele vai enlouquecer.

- Foda-se cara, Júlia não é mais criança pra ter que ficar preocupada com quem ela se envolve não, pô. Ela não quis ficar contigo aceita e trata ela igual mulher. - explodi. Porra, abusado do caralho. - O irmão dela não é dono de ninguém para ter que ficar cobrando satisfação.

- Olha o que você tá falando, mano. Para de marra. - riu e eu segurei pra não socar a cara dele. - Eu vou contar pra ele.

- Contar o quê? Que eu tava aqui beijando na boca de uma pessoa que é solteira igual a mim?

- Esse cuzão só tá te usando, Júlia. Eu conheço homem.

- E daí? Eu também só tô usando ele. Aproveitando. Poequue não temos nada. - o Miguel tentou chegar perto dela e eu puxei para trás. - Me solta, Lucas. Eu quero resolver as coisas. - tive que soltar, garota tava quase que transtornada. - Eu ficar contigo tudo bem, né?Não existe Caio, amizade, caralhos a quatro, mas eu querer conhecer novas bocas não posso. Se fecha, Miguel.

Eu queria rir da cara do cuzão. O moleque nem se garante, pô. Aí é foda.

- O problema dele é comigo, Júlia. - falei. -  Vamo resolver esse caô aí, nunca te fiz porra nenhuma pra tu ter algo contra mim.

- Seguinte, Miguel, tu não vai contar nada, entendeu? Nem vai se meter na minha vida, até porque não é nada meu. Se eu quiser contar sobre alguma coisa, deixa que EU falo!

A cara dele tava estranha pra caralho, só com a Júlia falando. Frouxo. Deixei ela lá falando, só prestando atenção no jeito de patricinha mandona dela. Garota maluca essa.

Minha cabeça tá latejando por ter bebido. Nunca fico bêbado, e quando  decido extrapolar acontece essas porra. O clima bom tinha ido de base, pô, tava gostosinho.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora