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JÚLIA.

uma semana depois...

Mais uma semana se passou, mais uma semana concluída com sucesso. E eu toda acabada, sem energia pra absolutamente nada de tanto trabalho que entregamos.

Contratamos a nova assistente para ajudar eu e o Felps, porque tava muito complicado só nós dois em certos assuntos e na agência não tinha ninguém nessa área. E foi uma mão na roda, viu? Que isso...

Também tivemos a colação de grau, tanto minha quanto da nossa gravidinha, mas sem festa, sem baile de formatura por motivos de: Loirinha tá fazendo anos e a festa é toda por conta dela.

A real que a festa é dela, mas quem organizou tudo foi eu. E tá absurda, o tema que ela escolheu, tudo. Ela já tá toda ansiosa, parecendo que vai ter um treco há qualquer momento, juro.

- Mulher, te acalma. Tá tudo certo, lá. - tento apaziguar a situação dela. - Já já vamos estar, cê vai ver que tá tudo no lugar.

- O problema é a mulher que contratei, a cigana.

Um adendo: a festa tem um tema, e esse tema é esse mundo cigano.

Da onde ela tirou isso? Não tenho ideia, mas achei muito louco e abrangente o tema e obviamente topei.

- O que tem? - pergunto finalizando meu cabelo para vestir o vestido vermelho no tema da festa.

- Deu problema e ela não pode mais ir. Júlia, meu Deus! - fala querendo chorar. - Eu não conheço outra, a graça tava toda nela, na cabine.

Alguém segura a grávida aqui, socorro. Ela parece que vai desabar a qualquer momento.

- Ei, calma respira. - chamo a atenção dela e a coloco sentada na poltrona que tem no meu quarto. - Lembra o que combinamos? Que eu ia resolver tudo, que o foco tá no seu bem estar.

- Irmã, tava tudo certo...

- Eu sei, mas imprevistos acontecem, não é? Vou tentar arrumar aqui. - falo pra acalmar. - Vai com o Caio, esperem lá e eu chego, tá? Vai dar certo.

Eu nada, Felipe que corra atrás porque já fiz tanto e tô quase que atrasada. Lucas já tá aqui perguntando se podia vir buscar. Peguei meu celular e liguei pra ele, que atendeu só na segunda vez.

- Fala, bebê. - atende, finalmente. - Indo .

- Felipe, preciso que cê arrume uma cigana. Urgente!

- Cigana? - concordo e a Lu me olha apreensiva. - Cigana tipo aquelas que lê a mão? Bola mágica?

- É, essas mesmo. Se lê bola mágica não sei, mas que saibe sobre tarot, essa coisa da mão.

- Porra, tinha uma tarefa mais fácil não? pica nas minhas costas.

- Felipe, me ajuda. Luísa tá toda abalada já, sabe como é...

- Felipe, eu tô grávida, eu posso jogar terçol em você se não achar. - minha amiga grita e eu acho que ele escuta pela risada debochada.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora