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hold me - azee.

JÚLIA.

Ouço a porta do apartamento se abrir e, pela visão periférica, devido ao conceito aberto presente aqui na casa do Lucas, vejo meu namorado adentrar. Está todo de preto, tendo os primeiros botões da camisa social abertos e a manga dobrada até o cotovelo. Ele deixa a mala no cantinho e vem ao meu encontro.

- Oi, minha gostosa. - com uma mão na minha cintura, cola seu corpo ao meu e sussurra em meu ouvido. - Senti tua falta.

- Oi, amor. - respondo, desligando o fogão e terminando de arrumar o fondue para a nossa noite. - Eu também.

Me viro para ele que agora está escorado no lado oposto da ilha. Caminho até seu corpo e fico nas pontas dos pés para alcançar uma altura para beijar sua boca. Coloco minha mão na sua nuca e encosto nossos lábios, deixando uma sequência de selinhos. Sua língua pede passagem para a minha e eu cedo, deixando invadir e explorar cada canto do que pertence a ele. O gosto fresco, provavelmente por conta de algum chiclete de menta se mistura com o meu, desencaixo nossos lábios em procura de oxigênio e ele desce os beijos pro meu pescoço, me deixando arrepiada.

- Se eu soubesse que teria essa recepção eu tinha me virado para vir antes. - ele diz. Sua mão toca na minha e me gira, deixando- me envergonhada. - Que isso, ainda bem que é minha.

- Para, amor... - escondo meu rosto que provavelmente está vermelho, junto do meu sorriso bobo.

- Pra quê ficar com vergonha, hein? Tem que saber que é linda, pô.

- É sério, preto. - olho nos seus olhos e o sorriso que ele dá é a coisa mais linda do mundo. - Eu amo quando você sorri, sabia? Devia sorrir mais.

- Eu gosto de sorrir quando é contigo. - me responde. - Está aprontando o que pra gente?

- Um fondue e mais algumas coisinhas aí...

- Ainda bem que esse fogão é de indução, então sem chances de fogo pela casa. - brinca com minha cara e eu dou um tapa em seu braço. - Ai, preta... sabe que é brincadeira.

- Vai tomar um banho, vou ficar te esperando aqui. - falo para ele, me desgrudando do seu corpo. - Anda rápido para as coisas não esfriarem.

Ele me dá mais um beijo e depois sai pra primeiro ver o Apolo que está lá em cima, depois desceu e foi pro quarto. Deixei a alexa conectada com uma música baixa e fui colocando as coisas na mesa de centro da sala. Eu poderia ter feito algo mais formal, mas decidi fazer simples mesmo, eu e ele somos zero preocupados com isso, o importante é o que fazemos acontecer.

Em cerca de dez minutos ele volta já pronto, o cheiro exalando e apenas com um short de moltem, deixando todas aquelas tatuagens amostra, inclusive uma nova que ele fez há poucos dias atrás. Ele se senta no tapete, ao meu lado, e me puxa para um beijo, tirando o meu cabelo do meu pescoço e deixando de um lado só.

Lucas é muito de contato, total oposto meu, ele talvez não perceba isso, mas sempre que estamos juntos ele faz questão de deixar nosso corpo sempre junto, de ficar fazendo carinho em mim. Sempre. E eu que odiava, passei a sempre querer mais, a sentir falta quando ele não tá com a mão na minha coxa ou quando durante a noite nosso corpo está quase que fundido. Eu estou me moldando a ele, assim como ele também está a mim. Aos poucos nós nos tornamos um só.

- Tá cansado? - pergunto.

- Tô, preta. - concorda e coloca o vinho em nossas taças. - Mas nem ligo quando você tá assim do meu lado.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora