22.

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JÚLIA.

Desci na frente daquele lugar que estava lotado, uma fila enorme pra entrar, por Deus! Já estava me arrependendo de ter dado de maluca e aceitado vir. Custava eu ter ficado quietinha na minha casa? Custava nada, ia tá na minha santa paz, sem ter que gastar maquiagem pra vir, pensar em roupa.

Peguei meu celular pra ligar pra Lu pra vir aqui me buscar, garota já deve tá querendo ir lá me buscar já que não avisei que ia aparecer, apareci por maluquice mesmo.

Ligação on.

- Lu, cheguei!

- Chegou aonde garota? – ela já devia ter bebido horrores pela voz dela. – Não, calma aí!! Tá aqui na porta da vitrinni?

- Tô cara, só tu pra me fazer sair de casa. Vem me buscar.

- Jesus, nem avisa nada né, rapariga? Vou ir aí, segura.

Ligação off.

Desliguei e fiquei lá esperando, uma garota da minha sala apareceu por lá e me deu um oi, perguntando se eu estava sozinha, falei que não e estava esperando alguém vir me buscar.

- Nem avisa nada, tinha ido te buscar. – Felipe falou.

- Tchau, Jaqueline. – despedi com dois beijinhos no rosto e peguei na mão do Felipe pra entrarmos.

- Quem é aquela loirinha? Sua amiga?

- Pelo amor de Deus, para de ser interesseiro.

Subi aquelas escadas e encontrei a primeira pessoa que eu não queria ver; Lucas. Ele parecia arroz de festa, qualquer lugar ele tava junto. Um dos motivos que eu não queria vir, sentia alguma coisa que essa noite não acabaria nada bem e eu não costumo errar. Luísa tava sentada com duas garotas no sofá que tinha no canto e o Caio estava conversando com uma garota.

- Júlia, esse aqui é o Otávio, um parceiro nosso do futebol e esse aqui é o Leonardo. – Felipe me aprendendo os dois e eu dei um abraço em cada um. – Lucas tu já conhece e esse aqui é o Miguel que já trabalhou comigo antes de abrir a agência.

Eles estavam todos numa roda fumando, menos o Lucas, o que é até surpresa já que ele vivia soltando fumaça por aquela boca dele.

- Pô, Felipe, deixou forte agora. – assim que virei as costas ouvi algum deles falar. -Só amiga gata, porra!

Ignorei e fui até onde a Lu estava, na hora que ela me viu veio até mim.

- Nossa, que gata! Pra quem não queria vim...

- Você com seu jeitinho meigo me convenceu. – falei debochando e peguei o copo que ela me ofereceu. – Sua cara de tédio com suas novas amiguinhas diz muito.

- Ops, ops, ops... sem ciúmes amiga, nenhuma é você. Todas chatinhas, não sei nem da onde vieram.

Fui até elas pra não ser mal educado e nem antipática, posso ser muitas coisas, menos isso. Uma delas me olhou de cima abaixo, como se eu tivesse pisado num lugar que não deveria. Eu liguei? Porra nenhuma.

Fiquei lá conversando na medida do possível com elas, quando começou um funk chamei pra dançar e a única que não veio com a gente foi a tal Heloísa. Não vou forçar simpatia não, se não gostou de mim ela que lute.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora