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JÚLIA.

Nossa, parece que eu tô renovada depois dessa viagem. Foi tudo! O lugar é lindo, nós dois aproveitamos muito, tudo que precisávamos, sabe? E eu tenho a certeza, cada dia mais, que o Lucas é o meu pra sempre.

O jeito dele é único. Me trata tão bem, não procura discutir, sempre com uma solução. Tudo que sempre pedi, sempre sonhei em alguém. Eu tenho a consciência que eu não retribuo da mesma forma, que ainda não atingi a maturidade necessária da relação, que eu fujo de assuntos que, querendo ou não, são importantes para que o relacionamentos se torne duradouro, mas eu sou tão feliz em ter ele. Em sermos nós.

- Amiga, juro! - exclamo, depois de contar as coisas pra ela. - A gente curtiu demais, fizemos absolutamente tudo que fosse possível.

- Deve ter sido mesmo. Vocês simplesmente sumiram, só via as fotos depois.

- Aproveitando, né, bonita. - brinco. - Mas sério, a gente bebeu a beça com a desculpa que tínhamos acabado de casar, e eu entrei legal na onda dele.

- Ai, sou tão feliz em ver você assim... Toda feliz contando as coisas, os olhinhos chega a brilhar quando cita os momentos e o nome da criatura.

- E como esse neném se comportou? - pergunto, apontando pra barriga.

- Tá mexendo demais, que tem hora que chega a faltar ar. - responde. - E a ansiedade tá demais pra saber o sexo.

- Inclusive vim aqui pra tratar desse assunto, tá.

- Óbvio, porque se fosse por mim eu estaria a Deus dará. - faz o drama dela. - Agora é só casa do Lucas, tô com o Lucas, vou dormir aqui com ele.

Ela afeta a voz e começa a imitar as mensagens que envio a ela quando estou com ele. Essa garota é demais.

- Como se meu irmão não vivesse aqui também.

- Mas aí são casos diferentes. - contesta. Ergo a sobrancelha tentando entender. - O Caio ainda mora com meus sogros, e a gente comprou esse apartamento para nós duas dividir, só que você tá vivendo mais pelo lado do Recreio, Flamengo e tal...

- Ah, tá. - pego as folhas da minha pasta que tem projeto de festas. Procurando o do chá. - Seguinte, tenho duas opções pra chá revelação: a primeira é a gente fazer na casa dos meus pais lá em Saquarema, e a outra é um espaço também aberto só que aqui no Rio.

- Vou deixar nas suas mãos, irmã. Confio no que você vai preparar.

- Então vai ser na casa de Saquarema. - concluo. - Ainda vou pensar um jeito de revelar, e na decoração certinha. Só que tô querendo algo mais neutro, sem cor. Concorda ou quer que eu altere pra uma paleta?

- Eu gosto dessa estética de branco, marrom.

Vou mostrando as coisas pra ela, da decoração. Um espaço total de bexigas brancas, um letreiro dependendo do horário que iremos fazer. A real que já esquematizei tudo, só esperando os dias pra montar e saber. O que na verdade já descobri. E eu tô ansiosa demais pra esse bebezinho que está pra chegar em meses.

- Eu vou indo nessa, Lu. - levanto, me despedindo da minha melhor amiga. - Qualquer coisa me liga, viu?

- Tchau... e quando voltar já pode levar suas coisas também.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora