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JÚLIA.

Olha as coisas que eu me meto, sinceramente... Sanidade anda me faltando ultimamente. Estou fazendo tudo que jurei nunca fazer. Aquele papo de não me envolver com o dito cujo? Puts, já me envolvi em mais de uma transa. Aquele papo de não pisar no kart? Balela. Ele afirmou com todas as letras que eu entraria, eu, por vez, falei que se eu colocasse os pés faria algo que ele quisesse. E agora estou aqui andando com ele pra sabe-se lá onde. 

Risco? Vários.

- Lucas, pelo amor de Deus, onde você está nos levando?

- Calma, problemão. - apertou minha mão e me puxou pra um outro corredor que ficava no mesmo galpão. - Tá nervosinha?

- Eu acho engraçado esse seu problemão, porque deu de me chamar assim. E não, não estou nervosa.

Ele ainda estava com aquele macacão de corrida, só a luva e o capacete ele deixou na parte de baixo. Juro que ele está a própria perdição, que se eu focar é capaz de esquecer tudo. E quando se trata de sanidade mental de dona Júlia, ela já é inexistente faz tempo! Então melhor manter o pouco que me resta.

O evento já estava no finalzinho, não tinha mais nada nessa parte, tanto é que já fecharam as entradas que leva pra certas pistas, só tem algumas que é pra conhecer o lugar que faz acontecer as corridas. Ouvimos um barulho do tipo de uma porta batendo e eu gelei pelo susto, só sei que fui parar numa sala com o Lucas puxando meu corpo novamente.

Minhas costas batem na porta que ele fechou e eu respiro fundo segurando o riso, estávamos parecendo dois adolescentes fugindo de algo, meu peito sube e desce, tentando regular a respiração falha. O corpo dele está colado ao meu, encaixado. Nosso contato físico não foi quebrado, senti ainda mais pressão no meio das minhas pernas.

- Estamos parecendo dois adolescentes. - falei baixinho, olhando pra sua boca e depois ergui minha cabeça pra fazer um contato visual. - Quer que eu faça aqui? Agora?

Sussurrei contra sua boca. Gosto do jeito que ele me olha, principalmente agora, um olhar que me mede por inteira, que come cada parte do meu corpo, mesmo que eu esteja vestida. Eu consigo sentir.

- Parece que você está desesperada. - a mão dele desce pelo meu corpo e eu suspiro com o toque firme na minha cintura. Um calor começa a subir por todas as regiões.- Hm?

- Eu não estou desesperada, lindo. - dei um sorriso.

- Certeza? Seu corpo age diferente, essas palavras não são nada. - a mão subiu e parou no meu peito, dando um leve aperto.

- Certeza. - afirmei.– Acho que você já deve saber que comigo as coisas funcionam diferente... Aliás, quando eu me proponho a algo, pode ter certeza que meu trabalho é bem feito.

Desci minha mão pra sua barriga e senti o arrepio dele. A mão subiu pra minha nuca e dessa vez o arrepio foi em mim. Sua cabeça veio pra mais perto, colando nossas bocas, sua língua invadiu todo o espaço, tomando propriedade de fazer o que quiser.

- Porra, me chupa logo. - separei nossa boca e ouvi ele murmurar.

- Posso até fazer isso, como já falei: eu pago as coisas que me proponho a fazer, e muito bem feito, mas vai ser do meu jeito! Você não tem direito de nada, ouviu?

Eu não ia ficar por baixo, as coisas iam ser da minha forma. Posso até ter perdido a aposta, mas não o controle da situação. E eu gosto quando eu tenho poder nas minhas mãos.

Ele deu um sorrisinho debochado e tombou a cabeça pra trás, dando a visão das tatuagens que ele tem no pescoço.

- E o que te faz ter certeza que você vai ter o controle da situação, Júlia? Até onde eu sei quem perdeu foi você. - com o dedo da outra mão ele passou entre meus lábios. - Quem garante que eu vou te obedecer? Não seja ingênua.

Sem mas, desci e terminei de abrir o restante do zíper, desabotoando o restante da roupa que ele estava. Ele se calou. Só consigo ouvir a respiração quando coloco minha mão por dentro da sua cueca. Ôh lindo, eu sempre falo que consigo manter o controle quando quero, e hoje não pode ser diferente. Não vou estar por baixo. Nunca.

Retirei seu membro pra fora e espalhei o pré- gozo por toda a extensão antes de colocá-lo na boca. Olhando diretamente pra ele que estava com uma mão escorada na porta e a outra no meu cabelo.

- Júlia, Júlia.

- Já falei que quem vai comandar aqui sou eu, Lucas. - ele bufou e soltou minha cabeça, levando a mão até sua barba e dando algumas puxadas. - Tem certeza que quem está desesperada sou eu? Não é o que parece.

Não dei tempo pra ele responder. Parecia que cada vez crescia, passei minha língua pela glande e depois pela extensão, movimentei a cabeça pra frente e pra trás e comecei a chupar, ouvindo alguns resmungo e vez ou outra algumas gemidos.

Não sei em que momento o jogo virou, em que perdi o controle de tudo, mas agora quem dava a ordem era ele.

- Abre mais a boca.

Fiz o que ele pediu. Em seguida ele enfiou o pau do jeito que queria, o cumprimento sumindo aos poucos. Isso se repitiu algumas vezes. Quando ele percebeu meu limite parou. Minha respiração voltou a ser descompensada.

Diante dali ele começou a ir em um vai e vem, cada vez mais rápido, meus olhos se encheram de lágrimas. Isso estava me matando, não pelo sentido ruim, mas sim por estar me excitando mais. Duas, três, quatro, diversas estocadas, da forma como ele queria. Da forma que eu estava gostando. Ele diminuiu o ritmo, mas não parou, limpou algumas das minhas lágrimas e voltou a fazer os mesmos movimentos que antes.

Em alguns minutos ele fez que sair e eu neguei com a cabeça, já que não tem como me comunicar. Ele entendeu e abri minha boca novamente, colocando minha língua pra fora, ele começou a movimentar a mão e logo isso os primeiros jatos acertaram minha língua.

Sua cabeça tombada, sua mão em volta do seu pau. Seus gemidos.

Engoli e levantei, ele me olhou e limpou algumas das minhas outras lágrimas.

- Eu gosto de te ver como uma vagabunda nesses momentos. - passou o polegar na minha outra lágrima. - E agora? Certeza que você mantém o controle da situação?

Provocação. Eu sabia que ele não ia apenas terminar um boquete, obviamente ele também iria me provocar.

- Eu não vou cair nesses joguinhos, Lucas. Já fiz o que era pra ter feito. Satisfeito?

- Bastante. - a mão dele passou na minha bunda e deixou um aperto que cheguei a resmungar de tão forte. - É um prazer fazer apostas com você, Júlia.

- Não digo o mesmo, Lucas. - respondi e tentei passar, porém mais uma vez ele me beijou. Eu gostava desse jeito dele de não ligar pra nada, porque ele acabou de gozar na minha boca e está beijando sem nojo de nada.

Porra.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora