30.

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LUCAS.

Coé, só descendo whisky pra dentro, balão subindo e tudo rolando solto, camarote tava forte pra caralho, Felipe mandou descer balde atrás de balde, moleque tava aloprando legal. 

- Tá fazendo o que parado aqui? – Luísa chegou já falando. Garota é fechamento demais, toda pra frente. – Só vi você fumar, beber e olhar pra Júlia quando ela subiu aqui, fora isso é com o Caio.

- Postura, ficar aloprando igual moleque não, garota. – bati na cabeça dela e ri. – Entendi desse seu papo não, nem vi tua amiga aqui.

Caô puro, garota subiu aqui umas duas vezes e tava toda toda num vestido azul curto, olhei mermo, mas na minha.

- Quer enganar bobo? Acha que não sei de vocês, né?

- Sei o que ela falou não. Se liga, mas não se envolve.

- Ela não me disse nada não, só liguei os pontos. Primeiro que ela saiu e você foi atrás, a mulher sumiu e aparece no outro dia com cabelo lavado, marca em pescoço e corpo e quando ouviu teu nome desconversou. Quer mais o que? Não adianta, não passa nada por aqui. – eu ri dela falando, jogando até a cabeça pra trás. – Tá rindo pra não concordar, porque eu vi vocês na portaria. Mas problema nenhum, ficam lindos juntos.

- Preciso mentir não, rolou mesmo, mas uma vez e acabou, cada um na sua vida agora.

- Ah tá! - debochou.- Vamo pra lá, parece bicho do mato que não gosta de nada e fica sozinho.

Fui seguir né, porque pra essa daqui é capaz dela fazer os outros vim pra cá. Já era quase três da manhã e os dois tava subindo agora.

- Vem aqui, amiga. – a Luísa chamou a Júlia e ela veio. – Agora é resenha, né? Já deu de trabalho.

- Acabou meu turno já, só que hoje eu não vou beber nada forte não, só umas taças de gin.

- Entendi. Reparou que não tô sozinha? Vai falar com ele não? – eu segurei o riso. A cara dela foi inapagável, eu falo que a Luísa tem um parafuso a menos nessa cabeça maluca dela. – Anda garota, vou lá preparar sua bebida.

- Luísa é maluca, cara, nem dá corda tá? – só concordei. – Enquanto eu não chegar perto de você ela não vai voltar.

- Essa garota é piroca das ideias, papo reto. Mas coé, tá com medo de eu te morder? – perguntei. – Relaxa que só quando pedir.

- Podre você, meu Deus! – ela veio pro lado porque a outra tava olhando e pelo que conheço ela vai enrolar lá até conseguir o que quer. – Que fase hein, ter que fazer isso pra poder beber.

- Tá bonitona nesse vestido. – Ih, garota ficou cheia da vergonha. – Tá com vergonha? Qual é, da uma voltinha aí, pra você beber tá dependendo disso.

Dei a mão pra garota girar e ri dela tá toda envergonhada, maior parada. 

- Parece que as barreiras se quebraram, finalmente. – uma cota de tempo a Luísa apareceu lá, toda de risos. – Toma! Caio tá te chamando lá embaixo, não entendi nada do que ele tava falando.

Ela se levantou e foi, fui pra mesa pegar mais bebida, quando tava colocando a bebida de volta no balde senti a presença de alguém do meu lado, olhei e era uma garota que vi ela me marcando desde que cheguei, acho que era Jaqueline o nome. Pô, sabia o que ela queria, acenei pra gente partir lá pra baixo.

- Pensei que não ia chamar nunca. - minha mão tava na cintura dela e ela bem de frente a mim.

Colei nossas bocas e emaranhei a mão no seu cabelo, puxando e depois finalizando o beijo com selinhos. Desci pro pescoço só pra finalizar, porque porra... beijo sem encaixe é foda, mas tem caô não.

- Te chamo quando partir, beleza? – ela concordou. Voltou a me beijar e eu tive que retribuir.

Ih, saí de lá e fui girar pela parte baixa, encontrei uma galera marcando um dez e voltei pro lounge. Quando cheguei lá os moleque tudo embrazado e mandando passinho, quando me viram já começou a loucura me chamando.

Lancei o corte americano e o bigodinho fininho, eu tô com a glock de roupa e ela vem jogar. É hoje que tu fode com a tropa do mantém.

Mermão, eles estavam aloprando legal, até o Caio que tinha acabado de chegar entrou mandando passinho, no final até eu tava lá fazendo trenzinho, gastando a onda pra caralho, fodeu!

Geral aluado e gastando a onda legal, Luísa filmando e caralho a quatro. Quando saí peguei meu cigarro, tô esperando o Felipe trazer minha maconha, mas o otario nem devia tá lembrando dessa porra.

Bebida já tinha acabado e o Felipe nem tava aqui, no final fui lá pro bar pedir pra descer mais. Quando tava voltando, eu passei pelo corredor dos banheiros que tava escuro pra caralho, e ainda alguém bateu de frente comigo. Vai se foder!

- Tá enxergando não? – porra, quando vi quem foi era a outra lá.

- Tem educação não? – já chegou com sete pedras na mão. Vai pra porra. – Corredor todo escuro.

- Olha por onde anda, ô garota! - já tava esquentadinha, só peguei e comecei a puxar ela.

- Tá me levando pra onde? Pode ir me soltando.

- Tu fala pra caralho, puta que pariu. – ouvi ela bufar e encostei ela na parede e ela continuar a falar. Liguei? Porra nenhuma.

Cheguei bem perto e já meti um beijo, nem deixando ela terminar de falar. Já achei um espaço entre a perna dela e me enfiei lá, ela já veio com a mão na minha nuca e uma por dentro da camisa me arranhando. Chupei seu lábio e segurei no seu queixo e mordisquei seu lábio. Desci os beijos pro seu pescoço e desci minha mão pra sua bunda.

- Pa-para, a gente não pode fazer isso aqui não. – ouvi ela falar baixo e ofegante. Nem liguei e voltei a beijar onde estava. – Lucas...

Fiquei de frente e colei nossas bocas de novo, iniciando mais um beijo. Ela fala que não pode, mas retribui todos os toques. Safada.

- Vamo sair daqui. Tu inventa algo lá em cima e eu te espero no estacionamento. – falei.

- Não tem como, vou precisar ficar aqui até o final praticamente, tenho que resolver algumas coisas com o Felipe. – ela falou.- Ainda tenho a Luísa, o meu irmão.

- Tu resolve e a gente sai. – ela me olhou concordando e deu dois selinhos. – Vai primeiro que logo mais volto pra lá.

Porra essa garota é anormal.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora