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JÚLIA.

Fazem exatos cinco dias que voltei pra minha rotina, nunca estive tão feliz com um resultado igual eu tô com essa sunset que rolou no final de semana passado. Demorei uns dois dias para descansar de fato e colocar minha cabeça no lugar? Sim, mas foi muito preciso, quando eu cheguei em casa deitei na minha cama pensando naquela conversa que tive.

Também não tive mais contato depois, saí do mar e ele já não estava mais ali, fui pro quarto e tomei um banho para dormir, quando acordei apenas encontrei ele sentado na mesa com nosso grupo no café da manhã e com uma garota, depois soube que eles dois fizerem check-out juntos.

Eu sinto que vou enlouquecer a qualquer momento.

Academia apenas esbarrões no contra turno, vejo uma coisinha ou outra por storys, ou mensagem modo Lucas; mínimas palavras. Eu não sei o que fiz para que do nada ele tenha se afastado, não sei se foi antes, depois a festa, se foi pé algo que falei... não sei. Ele é estranho.

Mandei uma mensagem ontem perguntando se ele estava afim de treinar luta comigo, porque já fazia um tempo que não pisava na academia e já estava sentindo falta, e ele não respondeu. Assim como outra que perguntei se ele ele estava bem comigo, se tinha feito algo.

Já me sinto humilhada por isso. Porra, mandar duas mensagens e nada de respostas? Ainda depois do vácuo da primeira eu tentei. Em que momento eu tive coragem de fazer isso? Nenhum, e pela primeira vez esse desgraçado está me fazendo passar isso.

Estaciono meu carro no estacionamento do restaurante e desço para encontrar o homem que estou conhecendo, na real é aquele mesmo do dia da festa do preto, ele encontrou meu instagram pela agência e me chamou, papo vai e papo vem estou aqui.

- Oi, desculpa o atraso, o trânsito estava horrível. - falo assim que chego na mesa. Dou um beijo na sua bochecha. - Espero que não esteja me esperando há muito tempo.

- Oi, linda. Cheguei agora pouco também. - sentei na cadeira. Fernando é apenas um ano mais velho que eu, soube que cursa educação física e que é de São Paulo, porém mora aqui no Rio.

Odeio dates. Nada mais chato que ouvir a pessoa ficar falando coisas sem nexo, poxa, é tão mais interessante ouvir sobre ela do que essas aventuras que dizem fazer.

- Nessa vez que fui pro Alpes esquiar foi louco. - falou e eu bebi do meu suco. Estava só concordando com o que ele falava, já que ele dizia coisas somente sobre ele. - E você? - fiz uma pergunta sem sentindo e eu fiz um sinal para continuar a pergunta. - Já foi alguma vez para os Alpes, ou algum outro lugar?

- Aos Alpes não, mas já fui uma vez para o Canadá onde fiz meu intercâmbio.

- Canadá é um país legal, na vez que fui também foi para intercâmbio.

- Ah, legal! Canadá é um país bom. - respondi. Finalmente tinha falado algo direcionado a mim.

- Você não namora, né?

- Não, acho que se namorasse eu não teria feito aquelas coisas e nem estaria aqui. - falei. O nosso prato chegou e eu agradeci aos céus.

- Pensei que sim, porque eu vi você com aquele rapaz nos dois primeiros dias da festa. - respondeu e eu ergui minha sobrancelha tentando saber do que ele falava. - Um de barba, cheio de tatuagem.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora