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JÚLIA.

- E aquele papo que tu mandou dizendo que não ia pegar baba de outras? Mandou de ralo, problemão? - sussurrou baixinho no meu ouvido. Canalha!

- Lindo, isso aqui é festa do sinal. Acha que vou ligar pra quem beijou? - respondi com uma passada de unhas na sua nuca. - Você também não parece se importar de ter pego...

- Eu vi as bocas que tu beijou e o papo é que tu tem um péssimo gosto. Mas eu não ligo quando sei que nós sempre vamos terminar assim. - apontou pra nós dois. E é verdade, sempre terminamos do mesmo jeito: fingindo que nunca nos vimos e que nunca trocamos salivas após mais uma transa.

- É, eu também achei que você tinha um gosto melhor pra mulheres. - a boca dele desceu pro meu pescoço e a barba voltou a me arrepiar. Desencostei nosso corpo e entrelacei nossas mãos para sair dali, passamos no meio de algumas pessoas e guiei para um corredor, onde só tinha acesso quem trabalhava no evento. - Eu sou mais eu.

- Pô, eu também sou mais eu. - a mão dele veio pro meu peito, onde cabe perfeitamente, e eu fecho a porta. - Corajosa de ter enfiado a língua naquele fanfarrão do Otávio.

- Ciúmes? - perguntei. O tom de voz dele tá diferente. Sei lá, de puto? Talvez. - Ele beija bem, tem pegada...

Mentira. O máximo que pode ter ali é uma mãozinha boba, mas nada é capaz de me fazer sentir essa porcaria de pressão nas minhas pernas quando seu olhar vem até mim. Eu sei como nós dois somos na cama.

- Então tá aqui por que? - a pergunta vem seguida de um belisco no bico do meu peito que me fez arfar. Porra... - Responde, Júlia. Por que você tá aqui comigo e não com ele?

Eu te odeio muito, Lucas.

- Você não vai ouvir da minha boca para aumentar teu ego. - respondi. A parte da saia está na minha cintura e a mão dele na minha calcinha, onde ele puxa e deixa ela ainda mais enfiada. - Se é ciúmes não posso fazer nada, não prometemos exclusividade.

Eu falo isso na intenção de atingi-lo, por mais que seja verdade, mas eu sei que estamos agindo com, quando na verdade sempre estamos compartilhando transas. Finjo que não, porque quando saio sempre pego alguém, mas nada além de beijos, e eu sei que ele também não. Nós beijamos outras, mas sempre que o assunto é cama, um de nós dois chamamos o outro.

- Tu sabe que eu me amarro em golpe baixo, preta.

- Não vai parar de me chamar assim? - dou um arranhão nas suas costas por baixo da blusa dele. Ele desliza a língua pelo meu lóbulo, a mão vem pra parte da frente. - Isso me faz pensar que tenho exclusividade.

- E você não gosta?

- Depende. - pressiona a mão ali e eu afasto mais a minha perna. A mão dele vai pro tecido de renda e afasta para o lado. - Eu gosto quando a exclusividade me proporciona isso, e apenas para mim.

- E isso? - ele enfia dois dedos na minha boceta que me faz gemer de surpresa. - Você gosta também?

Roço nossos lábios e sugo seu lábio inferior, dando uma mordidinha e ele geme. Ele tira a mão de dentro de mim e me olha nos olhos, bem no fundo. Me pegando pela cintura, coloca numa bancada que nem sei da onde é por estar escuro e fica entre minhas pernas. A minha mão desce e vai até sua calça, abrindo e massagenado seu membro duro.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora