31.

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JÚLIA.

Subi aquelas escadas sentindo as batidas do meu coração cada vez mais fortes, ainda sentindo a sensação que aquele beijo causava sob meu corpo. Queria ter controle a cada nova vez que acontece esse encontro entre nós, as faíscas tornam controladas quando estamos a certa distância, mas, quando estamos juntos, é como se transformasse em uma onda elétrica que logo se transforma em chamas.

Inexplicável.

- Batom tá borrado. – ouvi meu irmão falar e eu peguei meu celular para ver e o idiota riu, porque não tinha nada. – Vigia tua vida, garota!

- Ridículo você! Tá bebendo o que? – peguei o copo dele e cheirei, aquilo tava puro álcool que cheguei a fazer careta. – Tá querendo esquecer quem pra tá bebendo essa bomba aqui?

- Sou delas e não sofro por ninguém.

- Quer que eu diga nomes ou prefere que eu me mantenha calada? – perguntei pra implicar.

- Melhor tu sair de perto, isso sim, otaria. – gargalhei.

Fui na mesa preparar minha bebida pra ficar com a galera, porque eu estava só resolvendo problemas, inclusive Felipe tá junto do Rafael resolvendo sobre alguma coisa que nem queria me envolver por ora.

- Tá curtindo? – perguntei pra Jaqueline que estava junto do Tales.

- Bastante, galera aqui é super agitada, né?!

- Muito. Se quiser pode chamar as meninas pra cá, uma parte esvaziou e agora dá pra juntar. – falei.

Quando estava terminado de misturar o meu gin, senti alguém passar colado em mim e pressionar o corpo sobre o meu. O cheiro do perfume veio e reconheci ser da pessoa que eu estava beijando minutos antes.

- Prepara uma bebida pra mim? Hum...- ele falou bem baixo no meu ouvido e eu me arrepiei inteira. Que macho desgraçado esse, sabe que é gostoso e fica provocando. – Prepara, Julinha?

- Desencosta por favor.

- Vai preparar minha bebida?

- Graças a Deus você não nasceu com defeito e tem duas mãos, sendo assim, consegue preparar sozinho. – provoquei e senti ele passar a barba dele na minha nuca e depositar um beijo. – Para com isso, por favor.

- Nem tô fazendo nada, você que tá pegando pilha. – ele levantou a mão como forma de redenção e eu suspirei. – Vou querer puro.

Antes de sair ele deu um aperto na minha bunda, coloquei no copo do abusado um gelo de côco. Fui pra perto dele para entregar e aproveitei pra ficar junto do meu irmão.

- Valeu demais. – quando entreguei o copo ele piscou. – Tem maconha aí? Felipe não trouxe a minha até agora.

- Vai partir pro after? – o Caio perguntou e eu neguei. – Por que? Geral vai marcar lá.

- Não sei que geral é esse, porque eu só quero cama com meu namorado! – Luísa falou.

- Tu era parceira pra caralho, agora fica nesse corpo mole. – meu irmão devolveu. – Vai também, né, Lucas?

- Que nada, tenho o meu já. – ele disse olhando diretamente pra mim e eu desviei me fazendo de sonsa. Só senti o cotovelo da Luísa me cutucar. – Já já tô partindo.

- Caô? Tô ruim pra caralho de amizade.

Vai sentando devagar, quicando sem parar.

Dancei conforme o ritmo e vez ou outra olhando pro Lucas, que a todo momento apenas observava meus movimentos.

Tô chapadinho e ela querendo atrito, nem guindaste tira quando ela fode comigo. Só rajadão por dentro da tua xereca, vem de perna aberta, que sua hora é essa.

Quando subi juntos da meninas saí da roda e desci pra encontrar o Felipe, mas antes troquei olhar com o Lucas, e acredito que ele entendeu, porque já tava despedindo da galera. A festa já estava quase que no final e o dia já amanhecendo.

- Conseguiu resolver? – perguntei.

- Consegui, inclusive já resolvi tua parte também.

- Tu é melhor! – falei brincando e dei um abraço nele. – Essa festa foi sucesso pra caralho, mesmo com os problemas de última hora deu tudo certo.

- Nem fala, só pica nas costas.

- Vamo subir pra lá, galera tá pedindo o after que nem sei onde é.

- Caô que até você vai piar!

- Que nada, eu vou pra minha casa descansar. Meus pés estão pedindo arrego.

- Aquelas garotas tão lá ainda? – ele perguntou e eu concordei. - Você só faz a boa, esquece!

- Queria entender porque vocês homens são assim, na boa.

Subimos de volta e eu fui atrás, já pra despedir e ir pro estacionamento. Eu sei que estou sendo inconsequente e agindo pelo impulso, mas se estamos na chuva tem que se molhar. Marquei só mais um pouco com eles, já pegando minhas coisas pra inventar uma desculpa.

- Ei, tô indo pra casa, tá? Meu corpo tá pedindo muito um descanso. – falei pro Caio que largou até a menina que tava pra vim até mim.

- Luísa vai junto de ti?

- Não sei ainda, mas fica aqui e curte com essa menina aí, mais tarde a gente se esbarra.

- Se a Luísa não for contigo eu vou, tu me avisa.

- Relaxa cara, precisa disso não. Curte aí, a portaria tá liberada.

Saí pra não me enrolar mais, garoto queria até desmarcar as coisas dele pra vim junto.

- Tô indo, beleza? – ela sorriu toda na maldade e eu revirei os olhos. – Sem essa.

- Falei nada. Só digo que curte aí e goza bastante!

- Sem filtro! Te amo, tá? Ajuda a enrolar meu irmão que ele tá fazendo de tudo pra vim junto comigo.

- Pode deixar. Vai lá que o outro já saiu daqui uma cota de tempo.

Cheguei no estacionamento e ele tava lá escorado num carro, gostoso demais! Não dá.

- Enrolou pra cacete, que isso. – guardou o celular no bolso e me puxou pela cintura já dando beijos. – Tá gostosa pra caralho.

- Alguém vai nos ver, aqui todos tem acesso.

- Problema nenhum, eu posso muito bem fazer aqui o que eu quiser contigo.

- Teu ego é tão grande.

Retribui o beijo e senti a mão dele entrar por dentro da minha calcinha e eu suspirei.

- Tem alguém vindo, Lucas! – eu ouvi o barulho e logo me afastei. Ele bufou e destravou a porta do carro, entrando do outro lado.

Meu tesão estava gritando, e não era só eu que estava sentindo, ele também estava todo afoito. Ele saiu cortando os carros das pista, e eu não estava mais aguentando, queria me aliviar logo.

Coloquei minha perna por cima do banco e coloquei a calcinha de lado, dedilhando toda a extensão molhada da minha boceta. Enfiei um dedo e tirei, repetindo isso mais duas vezes, gemi uma, duas, três vezes e me virei pra ele, que segurava o volante forte, suas veias estavam saltadas.

Massageei meu clitóris que pedia atenção e gemi mais uma vez, dessa vez pensando na mão dele entre minha pernas.

Enfiei meus dois dedos e movimentei eles, sentindo a adrenalina no meu sangue circular. O Lucas aumentou a velocidade mais uma vez e eu continuei os movimentos.

- Júlia, eu não quero ter que parar o carro pra te foder nele! Minhas intenções hoje são muito além do que esse espaço pode oferecer.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora