Night shadows - Hyunlix

O guardião espectral

Na manhã seguinte, Felix despertou com os primeiros raios de sol filtrando-se pelas cortinas pesadas de seu quarto. A noite anterior ainda pesava em sua mente, mas ele sabia que precisava focar na tarefa à frente. Após se vestir rapidamente, ele saiu em direção ao santuário onde Hyunjin já o esperava.

— Bom dia — cumprimentou Hyunjin, com um leve sorriso nos lábios. — Pronto para retomar nossa busca?

— Sim, vamos descobrir onde essa metade do amuleto está escondida — respondeu Felix, tentando parecer mais confiante do que se sentia.

Eles seguiram para as partes mais antigas e esquecidas do castelo, onde o ar era mais frio e pesado. As paredes estavam cobertas de teias de aranha e o chão de pedra rangia sob seus pés. A cada passo, Felix sentia a presença de algo sombrio, como se fossem observados.

— Há algo aqui, posso sentir — murmurou Hyunjin, sua voz ecoando pelas pedras antigas.

Felix assentiu, examinando cada detalhe ao redor. Em um corredor estreito, ele notou uma série de símbolos gravados na parede, semelhantes aos que tinham visto no santuário.

— Olhe aqui — chamou Felix, apontando para os símbolos.

Hyunjin se aproximou, passando os dedos pelas marcas.

— Estes símbolos... são antigos, mais antigos do que qualquer outra coisa que já vi no castelo. Eles podem nos guiar até a metade do amuleto.

Seguindo os símbolos, encontraram uma porta escondida atrás de uma tapeçaria desbotada. Hyunjin empurrou a porta com força, revelando uma escada em espiral que descia ainda mais nas profundezas do castelo.

— Vamos — disse Hyunjin, começando a descer os degraus.

Enquanto desciam, a sensação de serem observados aumentou. Felix segurou uma tocha, iluminando o caminho, e sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

— Hyunjin, você sente isso? — perguntou Felix.

— Sim — respondeu Hyunjin. — Há uma presença aqui, algo antigo e poderoso.

Chegaram a uma câmara subterrânea, onde o ar estava denso e pesado. No centro da sala, havia um pedestal de pedra com um encaixe que parecia feito para um amuleto. Hyunjin se aproximou com cuidado, examinando o pedestal.

— Este é o lugar — disse ele, com uma certeza na voz. — Mas onde está a metade do amuleto?

Antes que pudessem investigar mais, um vento gélido varreu a câmara, apagando a tocha de Felix e mergulhando-os na escuridão.

— Felix, fique perto de mim — ordenou Hyunjin, sua voz firme na escuridão.

Felix obedeceu, sentindo o chão tremer levemente sob seus pés. Uma sensação de pânico começou a subir em seu peito, mas ele se forçou a manter a calma.

— Hyunjin, o que está acontecendo? — perguntou ele, tentando controlar o medo em sua voz.

— A maldição está despertando — respondeu Hyunjin, puxando Felix para mais perto. — Precisamos encontrar a metade do amuleto, e rápido.

De repente, uma luz fraca emanou das paredes, revelando a figura espectral de um homem antigo. Ele flutuava no ar, os olhos brilhando com uma luz sinistra.

— Quem ousa perturbar meu descanso? — trovejou a voz espectral.

Felix e Hyunjin ficaram imóveis, enfrentando o espírito com uma mistura de medo e determinação.

— Somos aqui para encontrar a metade do amuleto — declarou Hyunjin, sua voz firme. — Precisamos dele para selar a relíquia e conter a maldição.

O espírito olhou para eles por um longo momento, antes de falar novamente.

— O amuleto está protegido por sombras e sangue. Prove seu valor, e talvez eu permita que vocês o levem.

Felix sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Sabia que a prova que o espírito exigia não seria fácil, mas não tinham outra escolha.