Vai nascer!

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America: Aiii - murmurou um dia de manhã, ao se levantar, voltando pra cama.

Maxon: O que foi? - perguntou, vestindo-se. Já havia tomado banho, e agora abotoava o colete.

America balançou a cabeça negativamente, e respirou fundo. Havia algo desconfortável em sua barriga. Estava lhe machucando. E piorava com o passar dos segundos.

Maxon: America, o que há? - perguntou, ao ouvi-la gemer de novo.

America: Minha... minha barriga - assumiu, com uma expressão de dor no rosto.

Maxon: O que tem? - perguntou, se aproximando.

America: Dói - ela se levantou com dificuldade - Eu vou tomar um banho. Deve ajud... AI! - gemeu alto, tropeçando. Maxon a amparou, preocupado. Nesse momento America sentiu um líquido estranho descendo por suas pernas. Maxon olhou pro chão e a viu olhando o assoalho molhado.

Maxon: O bebê - concluiu, erguendo o rosto pra ela.

America: Não. É muito cedo - negou. Mas não havia outra desculpa - Só sete meses. Ainda faltavam dois.

Maxon: Não faltam mais - concluiu, olhando o chão - Venha, volte pra cama - ele guiou ela cuidadosamente de volta pra cama, ajudando-a a se sentar - Eu já volto - e saiu as pressas.

America ouviu Maxon gritar pela sua irmã no corredor.  Logo Marlee apareceu na porta do quarto, enrolada em seu hobbie. Ela estava com seus três meses de gravidez, e sua barriga era um nadinha saliente. America viu Maxon passar correndo com Carter, ambos gritando por Anne. O dia estava frio, mas a ruiva soava, pela dor e pelo desespero.

Marlee: Ames - sorriu, ajudando a irmã.

America: Marlee - murmurou, segurando o braço da irmã - Aspen. Eu preciso - ela gemeu de dor de novo - Aspen - foi o único que conseguiu dizer.

Marlee: Ele não vai poder estar aqui agora - disse, apoiando a irmã nos travesseiros - Não tranque as pernas, Ames. Só faz piorar - disse, com compaixão, ao ver que America tinha as pernas rigidas. A experiência do parto foi uma das piores pelas quais já passara.

America: Dói - assumiu, entre uma contração e outra.

Marlee: Eu sei - murmurou, sem ter o que dizer.

America: O que... o que está fazendo? - perguntou ao ver a loira prender a massa de cabelos ruivos dela.

Marlee: Foi algo que me incomodou no parto. Os cabelos grudaram no rosto. É melhor que estejam presos - America sorriu de canto. Marlee era detalhista demais - ANNE! - gritou, indo pro banheiro.

Logo Anne apareceu na porta, trazendo uma bacia com água fervendo e toalhas brancas, limpinhas.

Anne: A parteira está vindo - anunciou, enquanto colocava a bacia fervendo aos pés da cama. America gemeu de novo.

Maxon: Ames - murmurou aparecendo na porta. Parecia atordoado. America ergueu o rosto, ofegante de dor, pro marido. Ele, pela primeira vez, se sentia impotente. Aquele filho podia ser seu. America estava em agonia. E ele, nada podia fazer.

Ela ia responder o marido, mas ao invés disso gemeu de dor. Ele caminhou até a mesma, ajoelhando-se perto da cama. A observava atônito. Não queria que ela sentisse dor.

Maxon: Há algo que eu possa fazer? - foi a única coisa que conseguiu perguntar.

America: Segure a minha mão - pediu, entre um gemido e outro.

Maxon obedeceu, segurando a mão dela. As duas alianças se uniram, novamente. America queria que Aspen estivesse ali, no lugar dele. Mas foi a mão de Maxon que tranquilizou sua dor. 

Marlee: A parteira chegou - anunciou, entrando no quarto com a mulher

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Marlee: A parteira chegou - anunciou, entrando no quarto com a mulher.

Maxon se levantou. Sabia que não podia ficar ali. Mas então America segurou sua mão com mais força, pedindo com aquilo que ele ficasse.

Parteira: É melhor não - respondeu ao olhar indagador de Maxon.

Maxon: Fique bem - pediu, antes de dar um beijo das costas da mão dela. Então ele saiu, só que sua alma havia ficado lá, segurando a mão dela.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora