Problemas para America

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Marlee: Ames, o que foi isso? - perguntou descendo as escadas. America deu de ombros.

As duas se encararam por um instante, depois ambas avançaram, em silêncio e rapidamente até a porta do escritório, encostando o ouvido na madeira.

Aspen: Quais são os portos? - perguntou, impaciente.

Carter: Angeles, Dallas e Roma - respondeu, consultando os papéis.

Aspen: Cada um vai para um ponto, acalmar as coisas enquanto não conseguimos mandar outra remessa. Considerariam um desaforo se outra pessoa fosse, além de nós - Carter assentiu - Então, fica assim: Eu vou a Roma, você a Dallas e Maxon a Angeles.

 Considerariam um desaforo se outra pessoa fosse, além de nós - Carter assentiu - Então, fica assim: Eu vou a Roma, você a Dallas e Maxon a Angeles

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Mas Maxon não estava prestando atenção. Estava olhando, com uma sobrancelha levantada em uma expressão divertida para a porta onde America e Marlee ouviam. Ele avançou até a mesma. Pouco antes de abri-la, Marlee puxou America, que voltou as pressas pro sofá, e fingiu estar terminando de descer as escadas. Maxon encarou America, que sorria, vitoriosa.

Então era isso. Três cargas a serem entregues se extraviaram. Os Schreave exportam papel e café. Ambos os três viajaram no dia seguinte, as pressas, para tentar manter a ordem. Marlee foi para casa do pai com Benjamim, mas America ficou para cuidar de Miriam, que estava gripada. Agora a mesma dormia, e America estava guardando os vestidos que Aspen trouxera, quando puxou um que tinha um livro dentro, ambos empoeirados. Deixou esses separados. Quando terminou, ficou pensando onde jogar aquilo. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi o sótão. Era pra lá que iam as coisas empoeiradas, emboloradas. Considerou a idéia. Ela iria rápido, deixaria a caixa com o vestido e o livro lá, e voltaria. Maxon nem iria notar. Ela pegou a caixa entre as mãos, e avançou pela primeira vez pela escada do terceiro andar.

Estava tudo escuro. Só havia a luz do dia, que entrava pelas frestas das janelas fechadas. Mas America não estava preocupada com isso. Conseguia ver muito bem. E a primeira coisa que viu foi o quadro de uma mulher, de tamanho real, vestida em um vestido vermelho vinho. Do lado desse quadro havia outro, só de busto. America esperara tudo, menos isso. Ela largou a caixa no chão e avançou pelo cômodo. Parou em frente ao quadro de corpo todo. A mulher era clara, os cabelos eram lisos com cachos na ponta, de um castanho escuro, caindo até a coluna. Seus olhos eram castanhos, de um castanho mais vivo que o de Maxon. Tinha um sorriso de canto na boca. Era linda, America pensou sozinha. Ao seu lado, o rosto da mulher encarava ela, com um sorriso no olhar.

Americs: Meu Deus do céu - murmurou, avançando pelo enorme cômodo. As paredes eram cobertas de fotos da mulher. Havia um manequim num canto, com um vestido vermelho vivo.

America foi até uma das diversas prateleiras que havia ali, se sentindo dentro de uma ópera de terror. Haviam arquivos e mais arquivos. Ela puxou um, delicadamente. Era uma carta, antiga. Ela desdobrou com cuidado. Reconheceu a letra de Maxon no papel desgastado.

Kriss,

Minha mãe tem criado problemas. Aliás, aqui tem sido problemas de manhã até a noite. Hoje a noiva de Aspen veio até aqui. Eles só vão se casar daqui a dois anos, porém, Aspen insistiu em vê-la, queria conhecer. Sinto sua falta. Penso em você a todo momento. Vou dar um jeito de escapar, e irei até você.
Eu te Amo.

Maxon.

America olhava a carta como se aquilo lhe causasse nojo. Dobrou-a de novo, com menos cuidado do que quando desdobrou, e pôs no lugar. Pegou outra. Dessa vez a caligrafia era feminina.

Maxon,

Está cada vez mais dificil escrever a você. Carter é um inútil, está começando a criar caso. Ele é a favor de America. Você precisa resolver isso, rápido. Eu estou cansada de ficar escondida. Eu te amo.
Da sempre sua,

Kriss.

America ficou com aquilo na cabeça durante todo o dia. Cuidou de Miriam com a cabeça distante. A noite, estranhou aquela cama enorme. Nunca dormira ali sem Maxon ressonando ao seu lado. Tampouco dormiu muito. Passou a maior parte da noite olhando a chuva bater na janela.

De manhã, acordou com os gritinhos de Miriam, vindos do lado de fora. Se levantou de supetão, indo até a janela. A menina corria atrás de Nick pelo jardim da mansão.

America: MIRIAM! - a menina não ouviu - Vai piorar - murmurou para si mesma, pegando o hobbie.

America estava com uma camisola de seda longa, branca, e o hobbie era igual. Sabia que era errado sair assim, mas Miriam ia piorar se continuasse no frio.

America: Ei, ei, ei! - segurou a menina, que ia em disparada atrás do cavalo, que galopava na sua frente.

Miriam: Mas, Ames... - começou a questionar.

America: Sem "mas". Você está doente, devia estar no seu quarto. Vai piorar, Miriam - a menina mordeu o lábio, como se pedisse desculpas. As duas começaram a caminhar até onde Nick estava.

America: Miriam, você conheceu alguém chamada Kriss? - perguntou, tentando passar despercebida.

Miriam: Conhecer não, mas esse nome me é familiar - ela tentou se lembrar, mas sem sucesso - Você conhece?

America: Eu não, mas Maxon parece conhecer - disse, amargurada - Eu fui levar um vestido mofado pro sótão, e tem... tem uma foto dela lá - resumiu.

Mas antes que Miriam pudesse responder, Nick relinchou, ficando em pé nas duas patas traseiras. Do nada, uma voz surgiu, fria e cortante.

Maxon: Então você resolveu me desobedecer - disse, aparecendo na lateral de America e Miriam

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Maxon: Então você resolveu me desobedecer - disse, aparecendo na lateral de America e Miriam. Ela empalideceu. O que ele estava fazendo ali, não estava viajando?

America: M-Maxon - murmurou, recuando.

Maxon: Não corra! - advertiu, furioso.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora