Meu pecado

Quem foi Kriss?

Notas da autora: Bom, de acordo com a votação os dias de postagem serão.

¶ Quinta e Sábado

Até o próximo capítulo!

Aspen levou America para caminhar perto do chalé, enquanto procurava as palavras para explicar.

America: E então? - pressionou, olhando-o.

Aspen: Bom, Meri. Como você já deve saber, Kriss foi uma namorada de Maxon, na adolescência - começou.

America: Ele disse que tinha esperado por mim a vida toda - lembrou, irônica.

Aspen: E ele esperou. Toda uma vida. Mas por uma vez, uma única vez, ele desistiu de você - explicou - Nós andávamos em festas, bailes. Quando se é um Schreave as portas se abrem pra você e isso subiu a cabeça de Maxon. Era um adolescente insuportável. O preferido do nosso pai, é claro. Tinha noitadas, bebia, se drogava. Em uma dessas noites conheceu Kriss.

America ouvia atentamente, montando a cena em sua cabeça. Maxon jovem, mas ainda com a mesma prepotência, e Kriss, em sua feminilidade exagerada.

Aspen: Uma prostituta, Meri - America cerrou a sobrancelha. Por essa ela não esperava - Sim. Conheceu-a em um bordel, Maxon se apaixonou. Ela era toda risos e cortesias. O problema é que havia você. Ele era seu, por anos - America assentiu - Essa mansão virou um inferno, pela primeira vez Maxon se virou contra o nosso pai. Fazia Carter de pombo-correio e deu certo, até o mesmo se rebelar e se negar a ir. Mais brigas, mais discursões, e o nosso pai proibiu Maxon de vê-la. Então, ele resolveu fugir - disse, relembrando - Pegou pouca roupa, o dinheiro que tinha, e foi embora. Levou-a. Só que a mãe dele descobriu no dia, papai não estava aqui. Amberly ficou descontrolada. Pegou um cavalo e seguiu o rastro dele sozinha. Encontrou-o aos arredores de Port Angeles. Bom, dessa parte eu não sei direito, não estava lá. Eu e Carter fomos atrás dela assim que mandamos avisar ao nosso pai, mas era tarde, e ela havia desaparecido.

America hesitou. Ela vira no jornal, foi justamente em Port Angeles que estava noticiado a morte de Amberly e Kriss.

Aspen: Quando eu e Carter os encontramos, não era tecnicamente nada. Era um precipício. Amberly estava morta na beirada do abismo. Carter verificou. Maxon estava desmaiado não muito longe. A carruagem onde ele e Kriss fugiram eram destroços lá embaixo.

America considerou a história. Maxon fugindo com Kriss, Amberly atrás para impedir. E de repente, só havia Maxon. Mas...como?

Aspen: Quando Maxon acordou, estava desnorteado. Perdera a mãe e a mulher em um único golpe. Demorou para se recuperar. E então, perdeu tudo. Ele era feliz, Meri. Tinha alegria, existia vida em seu rosto. Depois ficou assim, mais insuportável do que já era. Ele não se lembrava de muita coisa. Só que Amberly chegou, queria que ele parasse, mas o mesmo não o fez. E então ele apagou. Quando acordou, estava no hospital. Foram tempos difíceis, Meri. Ele se apaixonou por uma prostituta, enquanto você era dele. Papai não ia manchar seu nome desfazendo o trato para que ele ficasse com Kriss. Eu mandei Lucy para longe, por mais que me doesse, assim que nós nos casamos. Ela é sensível, não lhe faria bem.

America: Obrigado por me contar - sorriu, abaixando a cabeça. Mesmo sendo doloroso, era melhor saber a verdade.

Aspen: Um dia, todo esse inferno vai passar, minha Meri - prometeu, abraçando ela pelo ombro - Haverão crianças correndo por essa mansão, e isso não será mais que um passado obscuro - America sorriu com a idéia, e ele lhe beijou a testa.