Consequências do amor

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America: Bom dia, meu amor - disse, ainda deitada, olhando Maxon, que brincava com Eadlyn na poltrona do quarto.

Maxon: Bom dia, minha querida - respondeu, sorrindo pra ela.

America observou o marido brincar com a filha por um momento, se espreguiçou novamente e fez impulso para levantar. Mas doeu.

America: Ai! - gemeu, se deitando novamente.

Maxon: O que houve? - levantou, preocupado, sem se aproximar.

America: Me machuquei, eu ach... - ela fez impulso pra se sentar de novo - Ai! - gemeu, se deitando, dessa vez riu.

Maxon: Ames, o que? - perguntou, sorrindo, confuso. America ficou esticada na cama, rindo, e Eadlyn riu de leve. 

America: Maxon. Calix. Schreave -  chamou, ameaçadoramente, mas por dentro prendia o riso.

Maxon: America. Singer. Schreave. - repetiu no mesmo tom que ela - O que houve?

America: Você me aleijou! - acusou, fechando a cara. 

Maxon: Eu... o que? - ele olhou ela, incrédulo.

America: Me aleijou! Não consigo me sentar! Culpa sua! - acusou novamente, cruzando os braços.

Maxon estourou de rir, ao entender o que era. Ele pôs Eadlyn na cama, que olhou o pai rir, curiosa e com um sorriso perdido no rosto. Maxon riu, a ponto de que seus olhos se encheram de água. America riu também.

 America riu também

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Maxon: É... - riu de novo - É sério?

America: Não, to brincando - ela sorriu, ironicamente - É CLARO QUE É SÉRIO! - Maxon riu mais ainda. Eadlyn riu dessa vez.

Maxon: Não consigo... respirar - Eadlyn bateu palminhas, e America ergueu a sobrancelha. 

America: Pimenta no olho dos outros é refresco - resmungou, se deitando novamente. 

Maxon: Não, não fique brava. Só achei engraçado o jeito como você me acusou - disse, se sentando atrás dela. America continuou quieta. Eadlyn observava os pais, atentamente - Vai ficar zangada comigo? - perguntou, alisando o braço dela.

America: Vou - respondeu, fazendo biquinho.

Maxon: Vamos calcular isso. Não fui eu que me puxei para dentro do chuveiro, ontem de tarde - disse, prendendo o riso.

America: É o que? - ela se virou, ficando de barriga pra cima - E não fui eu que me acordei de madrugada, dizendo que estava sem sono. Ótima maneira de curar insônia - ergueu a sobrancelha.

Maxon: Na verdade, eu não conheço nenhum modo melhor - ele sorriu pra ela, que fez uma careta.

America: MAXON! - repreendeu, dando um tapa no braço dele.

Maxon: Escute - disse, segurando a mão dela e rindo - Eu vou cuidar de você, enquanto estiver... - America ergueu a sobrancelha - Doente - ela assentiu, desconfiada - Eu amo você, minha querida - disse, acariciando o rosto dela.

America: Eu vejo como - resmungou, fazendo bico.

Maxon sorriu e beijou ela de leve, mas apaixonadamente. Os dois estavam assim quando, com um gritinho, Eadlyn deu um tapa na coxa coberta da mãe, chamando a atenção dos dois pra ela.

America: Ei! - repreendeu a filha, que ria, batendo palmas. Maxon carregou a menina - Sapeca - mordeu a mão da menina de leve, que gritou - Ei - chamou, olhando o marido.

Maxon: Oi? - perguntou, distraído com a filha, que tentava puxar a camisa dele.

America: Apesar dos pesares, eu te amo também - disse, sorrindo de canto. Ele sorriu e selou os lábios com os dela, até que recebeu um tapa de Eadlyn. Os dois riram, e ficaram paparicando a filha.

Maxon levou America até o banheiro, e a depositou na banheira. Ela tomou um longo banho de imersão. Se sentia feliz, completa, amada. Agora sim tinha o casamento com que tinha sonhado. Ao terminar o banho, estava um pouco melhor da dor. Conseguia andar, mas não era nada agradável.

Maxon: Deveria ter me chamado - disse, se levantando rapidamente e pondo Eadlyn na cama, quando ela entrou, caminhando lentamente, no quarto.

America: Sou uma mulher independente - impôs, orgulhosa, e ele ergueu a sobrancelha.

Maxon: Ah, você é? - questionou, prendendo o riso.

America: Sim, eu sou - rebateu, se fazendo de digna - Mas devo admitir que vou precisar de ajuda para me vestir - ela fez uma careta, apontando pra toalha em que se enrolava. Maxon riu.

Maxon: Melhorou, miss independência - ele se aproximou dela, agarrando-a pela cintura e erguendo-a no ar. America riu e se abraçou a ele. Eadlyn riu também, observando os pais.

Maxon vestiu America. Ela resolveu não sair do quarto. Seria constrangedor explicar porque estava andando tão lentamente, e porque não poderia se sentar. Ela pôs sua roupa de baixo, sem o espartilho, e uma camisola confortável. Não chovia naquele dia, mas havia neblina. Estava bem frio. Maxon desceu na hora do almoço, e disse que America estava indisposta. A ruiva ficou no quarto com a filha.

America: Quando seu cabelo for maior, a mamãe vai te fazer uma franjinha - disse, sentada na cama, apoiada em diversos travesseiros, com Eadlyn em seu colo. A menina observava a mãe pentear seus fios castanhos, despreocupada - Franjinha - disse, pegando a boneca dela. A boneca tinha franja. America mostrou a Eadlyn em seguida mostrou o cabelo da menina.

Eadlyn: Inha? - resmungou, quase imperceptivelmente. Eadlyn era nova demais pra falar, mas parecia entender parte do que lhe diziam. Ninguém entenderia. Mas America era mãe, ela entendeu. 

America: É, uma franjinha, meu amor - disse, sorrindo, e dando um beijo apertado na filha. Quando ergueu os olhos, viu Maxon parado na porta, observando a cena com um sorriso de canto no rosto - Maxon, em nome de Deus, pare com isso! - pediu, após se recuperar do susto.

Maxon: Trouxe seu almoço, minha querida - anunciou, divertido, se aproximando com a bandeja. America pôs Eadlyn do seu lado.

Enquanto America comia, a filha adormeceu no colo do pai. Maxon estava sentado ao lado de America, segurando a menina carinhosamente. A ruiva terminou de almoçar, e pôs a bandeja no chão.

America: Amor? - chamou, limpando a boca com o guardanapo.

Maxon: Oi? - respondeu baixo, para não assustar a filha, enquanto acariciava o cabelo da menina, ninando seu sono.

America: E ela? - perguntou, observando-o.

Maxon: Ela quem? - perguntou, distraído.

America: Kriss - disse, relutante em pronunciar o nome dela.

Maxon: Fugiu - rosnou, erguendo o rosto - Assim que você foi pra casa do seu pai, eu fui atrás dela. Ia mata-la - assumiu, e America sabia que ele não estava brincando - Mas já havia fugido. Eu não me dei ao trabalho de mandar procurarem.

America: Ah - murmurou, pensativa.

Maxon: Não pense mais nela, minha querida. Ela não vai voltar a nos atrapalhar. Eu prometo - disse, enlaçando os dedos com os dela. America sorriu, e ele beijou as costas de sua mão.





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