Para esquecer os problemas

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Os dias foram passando lentamente e normalmente. America e Maxon brigavam sempre. Então ela resolvera canalizar sua dor em outro sentimento: Raiva. Aspen virara um amigo para America, passava horas com ele. Marlee e Carter estavam cada dia mais ligados.

Aspen: Uma flor pelos seus pensamentos - puxou uma flor de um arranjo da sala e pôs na frente de America.

America: Ahn? Ah, não é nada - sorriu. Aspen virou a cara e levou a rosa consigo.

Aspen: Não quer conversar? - ele se sentou perto dela - Sabe que pode confiar em mim - ele pegou a mão da mesma.

Como sempre, o toque de Aspen era frio como gelo. Mas isso não impediu America de aquecer pelo toque com a pele dele.

America: Tudo bem, meu casamento é uma farsa - suspirou - Maxon não me suporta. Você deve ouvir as nossas brigas.

Aspen: Bom, eu não quero piorar seu humor, mas creio que Carolina inteira ouça as brigas de vocês - ela riu.

America: Eu não sei mais o que fazer - sorriu, triste - Tem horas que eu tenho vontade de sumir.

Aspen: ANNE! - berrou, assustando America. A voz de Aspen era forte, ela se arrepiou, involuntariamente.

Anne: Sim, senhor - disse, aparecendo na sala.

Aspen: Mande selarem o meu cavalo, preciso dele - Anne assentiu e saiu - Bom, quanto ao que fazer, eu não posso ajudar. Mas em relação a sumir, eu creio que sei de alguma coisa.

America: De que?

Aspen: Vem - ele levantou e puxou ela pela mão, levando-a para fora da casa.

Ele levou America até a frente da mansão, onde o cavalo negro dele esperava os dois. Aspen levantou America com a maior facilidade sentando-a de lado no cavalo, e montou atrás dela.

Aspen: É melhor se segurar - avisou, divertido.

America: Estou morrendo de medo de você - revirou os olhos.

Quando ela disse isso Aspen riu. Ela achou que estivesse voando, perante a velocidade que o cavalo tomou. Os jardins passavam por eles rapidamente, sem muitos detalhes. Quando America já estava se acostumando com isso, Aspen parou na frente de uma casa. Na verdade era a ruína de uma casa, pequena, rodeada de plantas até a altura do joelho, a pintura velha, descascada. Ela não conhecia essa parte da propriedade, era longe demais da mansão.

America: Porque me trouxe aqui? - perguntou confusa, ao ver Aspen descer do cavalo.

Aspen: Calma, Jake - ele alisou o cavalo - Não está vendo? - apontou para a casa.

America: O que é isso?

Aspen riu e puxou America do cavalo. Ambos foram até a porta da casinha. Ele tirou uma chave do colar que usava, e abriu a porta. Abriu com facilidade, para a degradação que aquele lugar estava. America se maravilhou ao ver o interior. Se ela não tivesse visto a casinha por fora, não acreditaria que era velha. O interior era todo em madeira nova, tinha uma poltrona, uma lareira pequena, uma cama média, uma prateleira com livros, e um tocador de discos. Era completamente aconchegante.

Aspen: Pros momentos que quiser sumir - ele olhou em volta - Não é grande coisa, porém, ninguém sabe da existência desse lugar, só nós dois - ele tirou a corrente - É sua.

America: O que? - ela olhou a chave que ele lhe dava - Não, não precisa Aspen, sério - ela sorriu, atônita.

Aspen: Você precisa mais que eu. É bom para ter paz - ele pegou a mão dela e pôs a chave - Quando eu precisar, você me empresta - sorriu e piscou pra ela.

America sorriu, olhando em volta. Aquele lugar era tudo o que precisava.

America: É perfeito - disse após algum tempo, caminhando pelo pequeno chalé. Aspen sorria pra ela - Ah, obrigada! - ela se atirou nele, abraçando-o com força.

Aspen abraçou-a de volta e lhe beijou o cabelo, ainda sorrindo. Os dois ficaram no chalé por um bom tempo. Aspen tirou um bule, uma enorme jarra de leite e uma pedra média de chocolate de uma banqueta perto da lareira. Ele acendeu o fogo enquanto America partia o chocolate e colocava no leite. Depois, conversaram, riram. Aquele lugar era um sonho, fazia ela esquecer de tudo o que vivia.

America: Seu cavalo não gosta de mim - falou olhando o enorme cavalo preto, que não tava nem aí pra ela.

Aspen: Jake - o cavalo olhou - cumprimente a Meri - o cavalo, como se entendesse, encostou em America, passando o focinho de leve por sua mão, ela riu.

Ele colocou America no cavalo e montou atrás dela. Eles voltaram mais devagar do que na ida, conversando, observando o sol se pôr. America se sentia plena ali, nos braços dele.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora