Lua de mel?

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Os dias se passaram normalmente. A única coisa que animava America era o seu vestido de noiva. Era um tomara-que-caia longo, com luvas até os cotovelos. America se empenhara nele. As palavras de Maxon lhe martelavam a cabeça. Eram palavras apaixonadas, mas não havia nenhuma gota de paixão na voz dele. No dia do noivado, America usou seu melhor vestido, se penteou, maquiou e finalmente estava pronta e linda.

Jully: Menina, está na hora - chamou do outro lado da porta - Seu noivo está te esperando.

Quando America desceu as escadas, todos estavam olhando para ela. A mesma varreu a sala com o olhar, até que encontrou Maxon no pé da escada, lhe esperando com uma expressão intrigada.

Maxon: Está linda - disse simplesmente quando ela chegou nele - Eu tenho algo para você - disse, tirando uma caixinha do palitó

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Maxon: Está linda - disse simplesmente quando ela chegou nele - Eu tenho algo para você - disse, tirando uma caixinha do palitó.

Quando ele abriu a caixinha, America se espantou. Era um colar, o mais lindo colar que ela já vira. Maxon parecia saber o que ela iria vestir. O colar era de ouro, dourado como o vestido que ela usava. Era como uma gargantilha, que distribua inúmeros fios dourados por seu colo. Ele lhe afastou os cabelos gentilmente e colocou a gargantilha nela.

America: M-Maxon... Eu nem sei como agradecer - murmurou, tocando o colar, atordoada.

Maxon: Nem precisa - respondeu, tocando o rosto dela em um gesto possessivo.

E então ele a beijou. Ela sentiu seus lábios sendo oprimidos pelos dele. A boca dele tinha um gosto agradável, um leve gosto de vinho. Já Maxon estava perdido quando sentiu ela lhe abraçar, timidamente, pela cintura. Os lábios dela eram tão doces, tão macios, lembrava tanto... Kriss. Ele gentilmente afastou America, encerrando o beijo. Só aí ela veio a perceber que os convidado batiam palmas. Jully estava em um canto, batendo palmas, emocionada. Maxon estava absorto em seus pensamentos, e todos eles se reservavam em um nome. Kriss. Quando America o encarou seu maxilar estava contraído, e seu olhar era frio. No restante da festa, ele quase não se aproximou dela. America estava confusa e magoada. Confusa por não saber o que tinha feito de errado, e magoada pelo jeito que ele tinha a tratado, como se ela lhe causasse dor física.

- Até que enfim encontrei você - disse, se aproximando de America, que estava triste, sozinha, em uma cadeira de uma sala afastada.

America: O que... Marlee! - se levantou, indo rapidamente abraçar a irmã - Que saudade! - murmurou, sincera.

Marlee: Quase morri quando soube! - disse animada, se sentando ao lado da irmã.

America percebeu que suas preocupações com Marlee eram fúteis. A irmã estava muito bem. Tinha uma cor afogueada no rosto, os cabelos eram o mesmo loiro de sempre. Ela usava um vestido luxuoso, cor de esmeralda, como as jóias em seu colar. Isso tranqüilizou America.

Marlee: Vamos morar juntas de novo, não é o máximo? - perguntou, animada, após um tempo de conversa.

America: Sim, bom você mora com ele, então... Me diga, como é Maxon? - perguntou, timida.

Marlee: Olha... - ela mediu as palavras - Maxon... - ela olhou a irmã, temerosa - Maxon é fechado, frio na maior parte do tempo. Passa quase o dia todo sozinho no escritório. Não é bem humorado, nem sensível - Marlee viu o olhar da irmã - Mas, veja, eu estava apavorada por Carter, e ele me trata como uma princesa - sorriu.

Carter: Marlee? - chamou entrando na sala - Ah, Marlee, como eu te procurei - a mesma sorriu.

Havia um brilho diferente no olhar de Carter quando ele olhava para Marlee. Havia afeto, carinho, era amor. America viu esse brilho no olhar da irmã também. Ela percebeu que Marlee e Carter formavam um belo casal. Ele, com suas feições perfeitas e tranqüilas, e Marlee... bom, todos sabiam como Marlee era. Eles combinavam. America se entristeceu. Não conseguia se ver ao lado de Maxon.

Marlee: Estou aqui - disse indo até o marido, que a abraçou pela cintura e lhe beijou a testa.

Carter: Nós estamos indo embora - alisou o rosto dela - Ah, America, Maxon está te procurando - ela estremeceu.

America se despediu da irmã e logo saiu pelo salão, procurando Maxon. Encontrou-o em uma sala, olhando a lareira.

America: Carter me disse que estava me procurando - disse após tomar fôlego, fechando a porta da sala para bloquear o barulho que vinha de fora.

Maxon: E estava - disse, sem se mover, como se America não fosse digna de atenção - Onde quer passar a lua-de-mel? - perguntou, cutucando o fogo com uma espátula.

America estremeceu com a possibilidade. Lua-de-mel lhe lembrava noite de núpcias. Noite de núpcias lembrava... Ela arregalou os olhos, dando instintivamente um passo para trás. 

America: Em lugar nenhum - respondeu, engolindo em seco.

Maxon: Como em lugar nenhum? - ele se virou para ela.

America: Esse casamento vai ser mesmo uma farsa - ela juntou o máximo de dignidade que tinha - Então eu não quero lua-de-mel - ergueu o rosto. 

Maxon: Ficaremos em casa, então - ele riu, debochado - Mas que fique claro que isso não muda nada - ele se aproximou dela - Será minha mulher, America, e eu digo isso em todos os sentidos - disse tocando a bochecha dela com os polegares, fazendo-a prender a respiração.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora