Uma nova mulher

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Os dias foram passando. America não voltou a montar em Nick. Não sentia vontade. Ela e Maxon agora mantinham um relacionamento estranho, receoso da parte dele, e forçadamente agradável da parte dela. Maxon sentia remorso cada vez que olhava para America. O que havia feito com aquela que era tão alegre e inocente?

Maxon: America - chamou, mais uma vez entrando no quarto dos dois, onde ela terminava de prender os cabelos.

America: Sim? - disse, indiferente.

Maxon: Isso é seu - disse, e America viu a grande caixa nas mãos dele.

America: Acha realmente que presentes vão resolver? - perguntou, dura.

Maxon: Não é um presente. Se fosse, eu diria, isso é para você. Mas isso é seu - ele pôs a caixa branca em cima da cama, saindo.

America observou Maxon sair com o olhar frio. Depois, a curiosidade lhe venceu. Se levantou e foi, sem emoção alguma, até a caixa. Tirou a tampa, pondo-a de lado, desdobrou o papel. Seu choque foi tão grande que suas mãos tremeram. Ela conhecia aquelas rendas.

Puxou o vestido de dentro da caixa, e lá estava ele. Seu vestido de noiva. Intacto, como se nunca tivesse sido rasgado. Ela olhou, e a costura estava perfeita. As rendas pareciam nunca ter sido tocadas. America estremeceu. Sentia vontade, mas não chorou. Seus novos olhos se recusaram a lacrimejar. Ela ergueu o rosto, respirou fundo, colocou o vestido com todo o cuidado dentro da caixa novamente e o guardou.

Aspen: Pensei que não viesse mais aqui - sorriu, ao entrar no chalé e a vê-la.

America: Eu gosto daqui - sorriu de canto, olhando o lugar.

Aspen: Você gostava do Nick - observou, sentando-se perto dela. America não respondeu - Tenho medo de que não goste mais de mim também - admitiu, encarando-a.

America: É diferente - sorriu, acariciando o rosto dele - Eu ainda gosto do Nick, gosto muito, foi o melhor presente que eu já recebi - Aspen sorriu de canto - E acho que eu amo você

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America: É diferente - sorriu, acariciando o rosto dele - Eu ainda gosto do Nick, gosto muito, foi o melhor presente que eu já recebi - Aspen sorriu de canto - E acho que eu amo você. É mais que gostar - passou o dedo na ponta do nariz dele.

Era a primeira vez que um deles dois admitia esse amor assim, com todas as palavras. Os olhos de Aspen arderam de alívio. America ainda estava ali. Oculta por uma camada de gelo, mas ainda era ela.

Ela se inclinou e, ainda com a mão no rosto dele, o beijou. Aspen não parecia tão frio agora. Foi como sempre: O beijo começava calmo, ia esquentando, e quando a coisa ia fugindo de controle, os dois se afastavam, aos risos.

America: Bobo - sussurrou, com a testa colada a dele.

Aspen: Me diz - começou, olhando ela - O que está te atormentando aqui dentro? - perguntou, tocando o cabelo dela, que continuava severamente preso.

America: Aspen, eu sei que não devia perguntar, mas é que eu preciso saber - ela hesitou, e Aspen esperou, paciente - Quem foi Kriss?

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora