Consequência das sete vezes

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O azul e o castanho se encontraram, se chocando em uma combinação perfeita. Enquanto o encarava, America umedeceu os lábios e, com um breve impulso, fez ele se encaixar a ela. Maxon já não sorria, enquanto encarava a esposa e se sentia deslizar, lentamente demais, pra dentro dela. O olhar de America hesitou, quase se fechando, em alguns pontos, enquanto ela o sentia lhe preencher. Aquilo doeu, um pouco. Estava sensível demais. Maxon sentiu as unhas dela se cravarem em seu ombro, mas a mesma insistiu, mantendo seu olhar. Quando, por fim, estavam juntos, ela arfou, fechando os olhos por um momento. Maxon acariciou o rosto dela, fascinado, e America voltou a encara-lo. Se apoiou no ombro do mesmo, e se moveu uma vez, testando aquilo, aprendendo como se fazia. Maxon apenas a observava, encantado, mesmo que seu corpo gritasse por mais. Logo ela pegou o jeito, e os dois se amavam com calma. Havia tempo. Havia todo tempo todo mundo.

America: Me abrace - gemeu, exasperada, e Maxon sorriu, pegando-a pela cintura e enlaçando os braços ao redor da mesma.

Maxon a beijou, e se empenhou em terminar o que ela havia começado. Ele era experiente, e conhecia cada gosto dela. Logo o grito final de America foi parar na garganta de Maxon, que gemeu, se liberando dentro dela. Ele se deitou novamente, ofegando, sentindo aquela sensação maravilhosa, e vendo ela arfar por seu peito.

Maxon: Eu não sei se um dia vou conseguir me mover de novo - disse, com os olhos fechados. Mal tinha forças pra falar.

America: Tenho fé em você, você consegue - disse, rouquinha, e riu. Maxon sorriu, e sentiu ela selar os lábios com os dele, deixando-o. Ele ia reclamar, quando sentiu o lençol dos dois cobrir-lhe o peito, e ela voltar, dengosa, pro seu abraço. Assim adormeceram.

America e Maxon acordaram na manhã seguinte, abraçados, enlaçados. A ruiva sorriu pelo rosto sonolento dele.

America: Bom dia, amor - desejou, se esticando para beija-lo. Seu corpo todo doeu com isso.

Maxon: Bom dia, minha vida - respondeu, ainda dormindo.

Só depois ele veio perceber que não estava dormindo. Não havia sono em si. Nem força. Ele se espreguiçou, e isso lhe custou caro. Parecia que seu corpo não queria acordar.

Maxon: Maldição - murmurou, tencionando os pés.

America: O que? - perguntou, olhando o dorsel da cama.

Maxon: Você me aleijou - disse, fraco. America riu.

America: Bem-vindo ao meu mundo - disse, se apoiando no cotovelo, ficando do lado dele. O lençol dela ficou em sua cintura, e seus seios e barriga estavam expostos.

Maxon: Que legal - comentou, tocando o colo dela, com um tom risonho.

America: O que...? - olhou pra baixo - Maxon! - repreendeu, vendo as marcas que ficaram em sua pele.

Maxon: Eu teria pena de você, caso tivesse força. Não deveria se pôr assim na minha frente - disse, atento aos seios dela.

America: Mas como você não tem forças nem pra falar, eu acredito que esteja fora de perigo - brincou, sorrindo.

Maxon: É - disse, e desceu a mão do colo pro seio direito dela, tocando a pele branca possessivamente - Mas eu posso me recuperar - disse, e sua voz já era muito mais firme. Ele sorriu, perverso, ao ver a incredulidade no olhar dela.

America: Maxon Schreave, pelo amor de Deus, não comece - pediu, puxando o lençol e se cobrindo, e com muito esforço, se levantando. Maxon riu.

Maxon: Ei, não se machuque assim - pediu vendo a expressão de dor que ela fez quando se pôs de pé, e America hesitou.

America: Sete vezes. Seguidas. Eu não vou conseguir andar nunca mais - se lamentou, dando um passo. Ela parecia estar rasgada ao meio, perante a dor que sentiu.

Maxon: Volte pra cá. Não vou fazer nada. Vamos descansar mais um pouco - pediu, e America, com a ajuda dele, voltou pro seu lado.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora