America estava na carruagem, consolando Marlee, quando ouviu o trotar furioso de cavalos do lado de fora. Ela olhou pela janela, e era Maxon. O cocheiro parou a carruagem, e ele a alcançou.
America: O que houve? – perguntou confusa, descendo da carruagem.
Maxon: Preciso que você venha comigo.
Marlee: Porque? – perguntou, com a voz embargada.
Maxon: Ela viu a mulher que levou o Kile. Preciso que a descreva – America assentiu – Logo ela estará com você, Marlee.
A carruagem seguiu seu rumo. Maxon deu apoio para America, que sentou de lado no cavalo, o mesmo sentou atrás dela, pegando as rédeas. Então o cavalo estava voando, deixando poeira atrás deles. America nunca tinha cavalgado com Maxon. Era... diferente. As costas dela estavam amparadas no peito largo dele, e ela sabia que aquele era o lugar mais seguro do seu mundo, mesmo parecendo que o cavalo ia levantar vôo. A noite era fria, e o vento parecia ter a intenção de cortar o rosto dos dois. Maxon passou o rosto pelo dela brevemente, e ela sorriu com aquilo. Num piscar de olhos estavam na delegacia. America descreveu Celeste minuciosamente. Quando saiu da delegacia, se assustou. Havia um batalhão ali. Policiais, empregados da fazenda, gente que ela nunca viu.
Carter: E então? – perguntou, quando Maxon se aproximou, segurando a mão de America.
Maxon: Está pronto – Carter assentiu – Vou leva-la para casa. Marlee precisa dela – Uma faísca de preocupação passou pelo olhar de Carter, e depois o ódio tomou conta. Ele assentiu novamente, e o irmão saiu com America.
Mais uma vez a sensação de voar. Só que dessa vez Maxon segurou a rédea do cavalo com uma mão, e a cintura de America com a outra, acariciando-a possessiva e distraidamente. Ao chegar na mansão, ela o beijou e foi cuidar da irmã. Ele voltou a cidade, e liderou com Carter os homens. Varreram Carolina em peso, mas nem um sinal do herdeiro.
America cuidou de Marlee. A irmã não queria fazer nada. Empacou no quarto de Kile, na cadeira de balanço, se curvou em bola e nada fazia ela falar. America encheu o saco até que conseguiu fazer ela ir tomar um banho. Pediu a Anne que preparasse um chá calmante e bem forte, a empregada obedeceu. Enquanto Marlee estava no banho e o chá estava sendo preparado, America tomou o seu banho, com a cabeça longe, imaginando onde Maxon estava. Vestiu sua camisola, e seu hobbie, que iam até os pés (ambos de seda preta), e foi atrás da irmã. A loira tinha uma aparência doentia. Se vestiu com uma camisola de algodão branco e se deitou. Até o cheiro do chá que Anne trouxe dava sono, imagine bebe-lo. Marlee engoliu o liquido, e entre lágrimas, dormiu. America velou o sono da irmã por horas a fio. Depois, cobriu ela e saiu. Estava amanhecendo, quando cavalos pararam a trote na frente da mansão.
America: E então? – perguntou, desolada.
Maxon: Ainda nada – disse, desanimado.
Carter: Marlee? – perguntou com a voz abalada.
America: Eu cuidei dela. Dei um chá calmante, agora ela está dormindo – Carter assentiu e foi ao encontro da esposa.
Maxon e America foram pro quarto dos dois. A mansão parecia morta, fúnebre, sem o choro de Kile correndo pelos cômodos. Maxon tomou um banho, vestiu sua roupa de dormir, foi quando ela foi até ele.
America: E você? – perguntou, se aproximando.
Maxon: O que tem eu? – perguntou, erguendo o rosto para ela.
America: Me faz mal ver você assim – assumiu, impotente.
Maxon: Venha aqui – tocou sua coxa de leve, e America se sentou no colo dele – Não se preocupe comigo. Eu vou sobreviver. Eu sempre sobrevivo – America fez uma careta, e ele sorriu.
Em algum lugar, longe dali, uma morena brigava com um casal bravamente.
Celeste: Você me disse que era só para assustar Carter! – rugiu, furiosa – Disse que devolveríamos o menino, sadio!
— Eu disse, mas mudei de idéia, por Deus, Celeste – disse, revirando os olhos. O homem riu.
Celeste: Não vão matar o menino. Eu não vou ser a responsável por isso – concluiu.
— Deixe que ela fique com o ele. Pelo menos por enquanto. Podemos observar o sofrimento de Carter um pouco - a mulher sorriu, parecia gostar da idéia.
— Pois então, fique com ele. Sua razão de vida e alegria. Você é ridícula, Celeste – disse antes de sair. O homem a acompanhou.
Celeste: Está a salvo, pequeno Kile. Não deixarei que nada lhe aconteça – disse, acariciando a face do menino. O par dos olhos de Carter a observou, no rosto do pequeno bebê.
Notas da autora: Primeiro capítulo do ano, espero que gostem e perdão pela demora. Ah como provavelmente essa é a dúvida de alguns leitores. A Celeste esposa do Gerad, não é a mesma Celeste que sequestra o Kile. Ambas só tem o nome igual. 😊
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Meu pecado
RomanceAmerica e Maxon foram destinados por seus pais a se casarem. Ele era apaixonado por outra e ela não estava preparada para assumir um casamento com um dos filhos da familia mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito nas mãos de Maxon, Am...