De volta para casa

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Em média, um mês se passou. America já estava bem melhor. Porém, seu coração continuava em conflito. Aspen foi visita-la quase todos os dias, e levou Eadlyn diversas vezes. Maxon tinha ganas de ir também, mas não queria pressiona-la com sua presença.

Gerad: America, você está sendo tola - reclamou, depois de conversar longamente com a irmã.

America: Não estou, não - cruzou os braços.

Gerad: Você me disse que o verdadeiro amor sempre volta - lembrou, e America assentiu - Talvez o seu tenha voltado.

America: É, talvez - disse, irônica - O que Maxon já fez por mim, Gerad? Só me machucou, depois volta e pedi desculpas. Não é assim.

Gerad: America, Maxon salvou sua vida - lembrou, sério.

America: Foi uma coincidência! Ele foi atrás de mim, e me encontrou ferida. Me carregou e me levou para um hospital.

Gerad: Negativo. Ele tirou o veneno da cobra de você, antes disso.

America: O que? - perguntou, suspresa.

America não sabia dessa parte. Maxon não contou. Só disse que havia encontrado ela. Mas Gerad não hesitaria em contar a verdade.

Gerad: Ferimento por ferimento. Se ele engolisse aquilo, poderia ter morrido. Você estaria morta se ele não tivesse feito. Um por um, fez o que pôde para te salvar.

America: Eu... eu não sabia - murmurou, pensativa.

Gerad: Carter matou a cobra, mas foi Maxon que tirou o veneno de você. Pense nisso.

America: Eu estou confusa, Gerad - assumiu, afundando no travesseiro.

Gerad: Não deixe que o amor escape por entre os seus dedos como Celeste Maria escapou de mim, Ames. Dói muito olhar para trás e não poder fazer nada - disse antes de dar um beijo na testa dela, e sair do quarto, deixando America entre a cruz e a espada.

America não dormiu aquela noite. A chuva açoitava a janela, e ela chorava. Estava decidida. Mas antes, precisava chorar toda a sua dor, para que conseguisse. No dia seguinte, amanheceu calma. Já não havia o que chorar.

Médico: Está livre, senhora Schreave - anunciou, sorrindo, após verificar o pé dela. Estava livre do gesso.

America: Em nome de Deus, até que enfim - sorriu, acariciando o calcanhar.

O médico deu umas recomendações, como por exemplo não forçar muito o pé nos primeiros dias. America assentiu. Em seguida, passou uns minutos pensando. Levantou, se banhou e vestiu-se. Usou o único vestido preto que Maxon lhe mandara. Se penteou, e, verificando-se uma última vez, saiu de seu quarto.

Gerad: Boa sorte. Estarei sempre ao seu lado - desejou ao encontrar a irmã no corredor. America assentiu, o abraçou e seguiu.

O caminho até a mansão Schreave foi silencioso. America sorriu ao passar pelo portão da propriedade. Lembrava de cada passeio ali. Quando a carruagem parou na frente da porta principal da mansão, ela suspirou e desceu. Lembrou-se da última vez em que estivera ali. Da certeza de não voltar mais. Entretanto, ali estava ela. Só que não havia tempo. Precisava ser feito logo, antes que perdesse a coragem. Ela subiu a escadaria, segurando a barra do vestido ao fazê-lo.

Anne: Senhora - cumprimentou, surpresa e contente.

America: Anne - retribuiu - Minha filha? - perguntou, sentindo falta dos gritinhos de Eadlyn.

Anne: Saiu juntamente com a senhora Marlee, o senhor Carter, o senhor Aspen, Benjamim, Miriam e o menino Kile - respondeu, prontamente - Creio que foram as compras.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora