Os meses foram passando normalmente. O relacionamento de America voltou a ser o pior possível. Brigas todos os dias, por todos os motivos. Maxon se irritava por tudo. Ela não respondia, sabia seu lugar. Mas tinha vezes que passava dos limites, ela jogava tudo pro alto, e eles só faltavam sair na mão. America se magoava muito com isso, mas sua única esperança era o dia, nem que fosse só um, em que o seu Maxon estaria livre de novo.
Carter: Benjamim deu problemas novamente - disse, após abrir uma carta - Renne pede para que ele passe um tempo aqui, enquanto as coisas se acalmam por lá.
Marlee: Quem é Benjamim? - perguntou, enquanto encostava a cabeça no ombro dele.
Carter: Um primo - disse simplesmente envolvendo ela no braço, pousando a mão na barriga já saliente dela.
Maxon: Nem pensar - disse, erguendo os olhos.
Aspen: Aquele garoto é um problema - disse interrompendo a conversa com Miriam, que estava sentada em sua perna.
America: O que ele tem? - perguntou, confusa.
Maxon: Visões - ergueu as mãos, revirando os olhos - Pra mim ele tem é algum distúrbio. Diz coisas sem pé nem cabeça, titulando como futuro.
Carter: Não podemos ignorar a carta. Vamos, é nosso primo, ele não deve demorar tanto tempo aqui.
Maxon: Eu não vou cruzar o oceano para buscar aquele menino - avisou.
Carter: Eu posso ir - deu os ombros.
Marlee: O quê? Ah, Carter, não! - se apertou nele fazendo bico, ele riu, selando os lábios com os dela.
Aspen: Eu posso ir. Aproveito para ver a Lu.
America sentiu um buraco no estômago. Aspen longe não era uma coisa que pudesse suportar agora. Mas foi assim que ficou acertado. Aspen iria daqui a dois dias. Dois dias que se passaram insuportavelmente rápido. America estava no chalé, sozinha. A melancolia se apossava dela cada vez mais.
Aspen: Sabia que te encontraria aqui - disse, fechando a porta.
America: Eu vou sentir sua falta - disse olhando a lareira.
Aspen: Eu também. Mas, ei, antes que você possa sentir, eu vou estar aqui - ele se postou atrás dela, alisando seus braços.
America: Você é a única pessoa que eu tenho, Aspen. O único que me anestesia de tudo o que eu vivo aqui - disse, olhando o fogo lamber os pedaços de madeira na lareira - Não me tome por boba, é só ruim para me adaptar.
Aspen: Não acho que você seja boba. Não demorarei, eu prometo. Deixarei meu coração aqui, como garantia - sorriu para ela.
America sorriu involuntariamente. Era um dom que Aspen tinha, fazê-la sorrir mesmo quando ela queria morrer. A mesma se virou para abraça-lo, mas terminou se batendo no braço dele. Quando ela o olhou, o rosto dos dois ficaram a centímetros. O verde dos olhos dele era líquido, quente.
America o olhou por um bom tempo. Aspen ergueu a mão, tocando a maçã do rosto dela com as costas. Antes que pudesse pensar, America se lançou no pescoço dele, beijando-o na boca.
Aspen cambaleou com a surpresa, mas retribuiu o beijo. America foi levada por um choque ao sentir os lábios frios dele com os seus. Um tempinho depois, ela se separou dele, pronta para se ajoelhar e pedir desculpas até a morte. Mas ele encarou ela de um jeito tão diferente, que ela perdeu o fio do pensamento. Então ele puxou ela pela cintura novamente, para um novo beijo, e nada mais fazia sentido ali.
Cada segundo parecia duas vidas enquanto America enlaçava os braços no pescoço de Aspen. Beijar ele era completamente diferente de Maxon. Maxon era quente. Aspen era frio como gelo. Mas o que isso importava, agora que seu coração parecia que ia sair do corpo? Estar nos braços dele foi a maior plenitude que ela provou desde que descobriu que era a "prometida" do terceiro Schreave. Para Aspen era novo também. O que ele estava sentindo por aquela mulher? Ela era sua cunhada, por Deus.
Mas ele necessitava disso, agora sabia, America era o seu chão.
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Meu pecado
RomanceAmerica e Maxon foram destinados por seus pais a se casarem. Ele era apaixonado por outra e ela não estava preparada para assumir um casamento com um dos filhos da familia mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito nas mãos de Maxon, Am...