America e Maxon foram destinados por seus pais a se casarem. Ele era apaixonado por outra e ela não estava preparada para assumir um casamento com um dos filhos da familia mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito nas mãos de Maxon, Am...
Maxon: Que tal uma viagem? - perguntou, pensativo, uma tarde.
Kriss: Uma viagem? - perguntou, se animando, enquanto se sentava na beira da cama.
Maxon: Alemanha. Londres, talvez - a morena sorriu abertamente - Só nós dois.
Kriss: Seria perfeito - sorriu, se imaginando na famosa Londres.
Maxon: Na semana que vem - concluiu, se levantando.
Kriss: Mas, já? - perguntou, confusa.
Maxon: Porque esperar mais? É a escolha certa a se tomar - disse, com o pensamento longe, vestindo o terno, e Kriss se perguntou se estava perdendo alguma coisa.
Mas a morena não ligou. Em nome de Deus, Londres! Ela viu Maxon sair, alegando que ia providenciar as passagens, e sorriu. Estava feita de vida.
America: Uma viagem? - perguntou, sentindo um vazio doloroso no peito - Como soube?
Marlee: Carter me disse. Londres. Duas passagens - disse, pesarosa.
America se sentou na cama, desolada. Agora que pensava que as coisas estavam tomando seu rumo, Maxon fazia uma viagem à dois com Kriss? Ela não merecia. Marlee foi ver Kile, e assim que ficou sozinha a solução veio a cabeça de America.
"Gerad,
Sei que não é o momento certo, pois faz pouco tempo da morte de Celeste Maria, mas eu preciso de você. Estou desesperada. Me disse que era para escrever se mudasse de idéia. Bom, eu nunca pensei que fosse precisar pedir isso mas... Gerad, venha me buscar. Você sabe que agora tem Eadlyn, mas eu cuido dela. Não posso mais ficar aqui. Não aguento mais. Espero sua resposta ansiosamente. Com amor,
America."
Ela pôs a carta em um envelope, e mandou um empregado envia-la, urgentemente. Não havia jeito. Era chegada a hora de ir embora.
Maxon percebeu que America estava fria, distante, quando voltou. Mas ele sabia porque. E arrumaria isso. Em breve, era só o que pensava enquanto a observava ninar a filha. America estava se arrumando no dia seguinte, quando Maxon lhe surpreendeu.
America: O que houve? - perguntou, terminando de pentear o cabelo.
Maxon: Quero que veja algo - disse, sorrindo de canto, enquanto carregava uma Eadlyn risonha.
America: O que? - observou o marido se aproximar.
Maxon: Algo. Venha, se ampare em mim - ele segurou ela pela cintura, levando todo o peso de seu corpo, e a levou para fora.
O coração de America estava descompassado. Ter Maxon ali junto, e ao mesmo tempo tão perto de perde-lo para sempre, não era nada saudável. Ao chegar no andar debaixo, ele pôs ela no chão e tapou-lhe os olhos, guiando-a pra fora.
America ficou na mais completa escuridão, enquanto mancava na direção que ele indicava. Eadlyn resmungava, alegremente, no colo do pai. Mas em um instante ela parou, e reinou o silêncio. Estava mais frio que o normal, observou America.
Maxon: Surpresa - murmurou, destapando-lhe os olhos.
America abriu e olhou. Maxon lhe levou à escadaria da mansão. Entretanto, tudo ali estava coberto por algo branco. Era...neve. America mancou umas duas vezes, observando o lugar. Era como nos seus sonhos de criança. Eadlyn deu um gritinho, empolgada.
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America: É perfeito - murmurou, erguendo a mão, e pegando um floco de neve, dentre os que caiam.
Maxon ajudou America a descer as escadas, até a neve. Eadlyn quase saltitava no colo do pai. Chegando na neve fofa, ele pôs a menina sentada no chão. Ela pegou um bolinho de neve, alvinho, observando-o, curiosa.
Maxon: Eadly, não pôe na boca - repreendeu, quando a menina mordeu o bolinho de neve. Mas era tarde, agora ela ria, com a boquinha toda branca.
America: Deixa ela, é só gelo - disse, observando a filha.
Miriam: É neve - constatou aparecendo na porta.
Em um instante toda a família Schreave estava do lado de fora da casa. Miriam e Benjamim corriam pela neve, com exceção de Kile que havia aprendido a andar tinha pouco tempo, então tentava correr, caindo diversas vezes. Marlee estava abraçada a Carter, e desenhava algo na neve com a ponta da bota. O silêncio reinou até que uma bela bola de neve, jogada por Maxon, atingiu a nuca de Aspen, iniciando uma guerra.
Aspen: O que...? - ele passou a mão na nuca, tirando o gelo, e depois se virou. Maxon não ria, mas o branco impecável de seu rosto estava vermelho, por prender a louca vontade de rir.
Marlee: Ah, não - murmurou, se afastando, quando Carter encheu a mão de neve. Mas enquanto ela recuava, algo acertou seu rosto em cheio - AMERICA SINGER! - gritou, tirando o gelo do rosto, olhando America, que se dobrava de rir.
E logo várias bolinhas de gelo voavam pelo jardim principal da mansão. Aspen, Carter e Maxon finalmente pareciam três irmãos, guerreando com gelo. A brincadeira foi até que America tropeçou com o gesso e caiu no chão. Maxon levou várias boladas até chegar nela, mas a mesma estava bem.
America: Eadly, vem com a mamãe - ela estendeu os braços, mas a menina, na tentativa de engatinhar, caiu de boca no gelo. America rapidamente a ergueu. Eadlyn tossia, e fazia uma caretinha fofa. Ela limpou o rosto da menina, que logo voltou a sair.
America começou a montar um bonequinho de gelo com a filha. A menina adorou. O boneco estava quase pronto, quando um empregado se aproximou de America.
Empregado: Senhora, telegrama - America pegou a carta e agradeceu, sem perceber que Maxon a observava, de longe.
America abriu o envelope, e leu a resposta do irmão. Ela já sabia. Ele estava vindo lhe buscar. Ela e Eadlyn. A mesma abaixou o papel, olhando a filha, que estava distraída com o boneco de neve. Era até cruel tirar Eadlyn de perto do pai, de tanto que ela era apegada a ele. Mas não iria deixa-la, não conseguiria. Olhou pra baixo por um momento, e quando ergueu o rosto, encontrou o olhar de Maxon a observando, de longe.
Maxon: O que houve? - perguntou, ao se aproximar dela.
America: Nada. Eu vou levar Eadlyn pra dentro, está frio aqui fora, vai terminar lhe fazendo mal - se levantou, sem encara-lo - Vem, Eadly - chamou a filha, que se abraçou ao boneco.
Maxon: Aconteceu alguma coisa? - perguntou, após tocar o queixo dela, fazendo-a encara-lo. Seu olhar era vazio - De quem era o telegrama?
America: Gerad - respondeu, sem emoção - Vamos, filha - carregou a menina, e Maxon viu ela se afastar, mancando. Eadlyn deu tchauzinho pro pai e pro boneco, antes de desaparecer pela porta principal da mansão.
