Vão nascer... dois

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Os dias foram se passando, calmos e tortuosos, até que se tornaram meses. Não houveram mais brigas entre America e Lucy, mas isso não impedia de haver trocas de farpas. Kile era o orgulho da vida de Carter. Eadlyn era uma menina saudável, feliz. A felicidade de America não podia ser maior.

Lucy: Minha barriga parece que vai explodir - se queixou, alisando a barriga, na sala de estar, certa noite.

Aspen: Logo o motivo pela explosão estará aqui - consolou, abraçado a mulher, que sorriu e o beijou.

America sorriu, abraçada a Maxon. Gostava quando todos estavam em paz. Porém, a paz de Marlee estava demais. America sempre gostava de ouvir a tagarelice da irmã, lhe divertia. Mas hoje ela estava quieta. Não se abraçara, nem acariciara Carter uma única vez. Estava respirando, calma, com o cenho entre franzido, olhando a barriga. America encarou a irmã, esperando por algo. Até que com um suspiro forte, Marlee fechou os olhos. Em seguida olhou para irmã, e não precisava ser dito mais nada.

America: Tire Carter daqui - murmurou no ouvido do marido, antes de dar-lhe um beijo molhado ali. Maxon sorriu.

Maxon: Porque? - perguntou, beijando o ombro dela.

Lucy: Ai! - gemeu, com o rosto franzido, segurando a barriga.

America: Não, por favor - pediu pra si mesma, olhando a loira.

Aspen: O que foi? - perguntou imediatamente, preocupado.

Lucy: Minha barriga - disse, estranhando a dor repentina - Tem algo errado. Está... - ela perdeu a fala, tentando entender a dor.

Lucy e Marlee: AI! - Marlee, sem conseguir mais se controlar, gemeu, fazendo coro com a loira.

Carter: Lee? - perguntou, alarmado.

Maxon: Era isso? - perguntou, olhando a mulher.

America: Era - ela respirou fundo  - Meu Deus, as duas de vez - se queixou, levantando.

Uma coisa era certa. Ninguém dormiria na mansão Schreave, naquela noite. Anne se apressou para chamar a parteira. America ficou meditando, se preparando psicologicamente para dois partos. Maxon riu disso.

Maxon: Amor?

America: AAAAAAA - respondeu, de olhos fechados.

Maxon: Ames, está aqui? - ele estralou os dedos na frente dela.

America: Eu disse AAAAAA - respondeu, de olhos fechados.

Todos já haviam saído da sala, Carter com Marlee e Aspen com Lucy. Maxon segurou o rosto dela com uma mão e a beijou, pegando-a de surpresa. A única coisa que ela sentiu foram os lábios dele oprimindo os seus, e a língua dele invadindo sua boca. Depois correspondeu o beijo, e não havia sensação no mundo que pagasse. O beijo, como sempre, durou mais do que devia. Quando America viu, Maxon estava puxando ela, aos beijos, pro seu colo. Ela, fêmea que era, enlaçou as pernas na cintura dele, permitindo o contato intimo dos dois. Até que ele, rindo, terminou o beijo.

America: O que...? - perguntou, desapontada.

Maxon: Tem dois partos a serem feitos, e eles precisam de você - beijou ela novamente – Boa sorte - desejou, com os lábios colados aos dela, sorrindo.

America: Vagabundo - murmurou, antes de empurrar ele, estapeando seu peito. Maxon riu e mandou um beijinho pra ela.

Maxon viu a mulher sair da sala, ajeitando o vestido e o cabelo. Quando chegou no segundo andar, estava complicado. Marlee estava deitada em um lado de uma cama de casal, do quarto de hospedes, e Aspen lutava para colocar Lucy no outro, sem conseguir.

Aspen: Lu, em nome de Deus! - pediu, atordoado.

Lucy: Isso dói! - se queixou, já chorando, enquanto ele tentava deitar ela.

America: Me deixem ajudar - pediu, passando a frente dos dois. America puxou os travesseiros, fazendo apoio para coluna de Lucy. Aspen deitou a loira, e depois America tirou o travesseiro da coluna, deixando a mesma só com uns travesseiros de apoio na cabeça e no ombro. Marlee tentava controlar sua respiração, calma, ao lado dela.

America: Já escolheram os nomes? - perguntou, pegando panos brancos, alvos, limpos no armário.

Marlee: Será Christopher, se for menino - disse, respirando pausadamente.

Lucy: Henri - respondeu ao mesmo tempo.

America: E se for menina? - perguntou, distraída.

Carter: Josie - respondeu, beijando a mão da esposa.

Lucy: NÃO SERÁ MENINA - gritou, irritada, como se America tivesse acabado de praguejar o bebê.

America ergueu a sobrancelha, e dividiu as toalhas limpas. Estava indo buscar a bacia, para por a água fervendo, quando, ao passar ao lado de Aspen, ele murmurou no ouvido dela, sem que Lucy percebesse.

Aspen: Será Clarisse, se for uma menina - disse, sorrindo torto. America sorriu e seguiu em frente. Ainda havia muito trabalho a ser feito.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora