Maxon: Minha querida - America o encarou. Amava quando ele lhe chamava assim - Venha aqui - ela se sentou ao lado dele na beirada da cama - Isto é pra você ele passou uma caixinha de veludo pra ela.
Quando America abriu, ficou sem reação. Era uma pulseira, uma pulseira que media dois dedos. Diamantes. Toda ela, cravada em diamantes. Por Deus, Maxon não quase espancou ela na noite anterior?
America: P-porque? - perguntou quando recuperou a voz, tocando a pulseira levemente.
Maxon: Lhe disse no dia do nosso casamento. Quando for inteligente, será tratada como uma rainha. Caso contrário, receberá problemas - ele explicou, calmamente.
America: Eu não entendo - negou enquanto olhava o castanho dos olhos do marido - Fui inteligente?
Maxon: Foi - ele pegou a caixinha da mão dela - Não se pode fugir de mim. Nunca - America congelou, e ele sorriu, frio - Seu irmão tem idéias muito libertinas para uma mulher casada - comentou enquanto observava a jóia.
America: Gerad - sussurrou para si mesma - Maxon, ele não fez por mal, ele só é espontâneo, é o jeito dele, eu não... - Maxon a interrompeu, pondo dois dedos em seu lábios. America estava desesperada. Tinha medo por Gerad.
Maxon: Shiii...calma, minha querida. Eu não fiz e nem vou fazer nada. Seu irmão poderá vir te visitar sempre que quiser. Nada vai mudar - disse, sorrindo enquanto soltava a pulseira da caixinha.
America: Sério? - contestou, ainda sem acreditar.
Maxon: Sério. Minha esposa é uma mulher inteligente. Não se deixa levar por ideias alheias - ele pegou o pulso dela - Agradeça por isso, querida. Caso contrário seu irmão estaria em maus lençóis agora - colocou a pulseira nela, fechando-a com rapidez - Não pense em fugir de mim, America. Não considere essa idéia. Será pior para todos - avisou, erguendo os olhos para encara-la - Te espero lá em baixo - ele deu um leve beijo na mão dela e saiu, deixando uma America em choque.
Ela acordou com frio aquela manhã. America se embolou nos lençóis, ficando quase descoberta. O tempo estava, como sempre, nublado. Maxon não estava mais lá. Ela se levantou, tomou um bom banho quente, escovou os dentes, penteou os cabelos. Estava terminando, quando ouviu duas batidinhas leves na porta.
America: Pode entrar, Anne - disse sem dar atenção, sentada no banquinho da penteadeira, de costas para a porta, escovando os cabelos. A porta se abriu lentamente.
Aspen: Se não for a Anne, pode entrar também? - sorriu olhando ela, enquanto fechava a porta atrás de si.
America empedrou olhando o reflexo do espelho. Seu coração disparou.
America: ASPEN! - gritou se levantando, derrubando o banquinho.
Ela correu e se atirou nos braços dele, que a agarrou. America se sentia inteira novamente, abraçada a aquela escultura de pedra. Ele também havia sentido falta dela. Mais do que devia ter sentido, ele sabia disso. Ergueu ela e rodopiou no ar. Era como se estivesse asfixiando enquanto estava fora, e o perfume leve dela lhe devolvesse o fôlego. Quando ele a pôs no chão, o que fez não foi solta-la, e sim abraça-la mais forte. Palavras não eram necessárias ali.
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Meu pecado
RomanceAmerica e Maxon foram destinados por seus pais a se casarem. Ele era apaixonado por outra e ela não estava preparada para assumir um casamento com um dos filhos da familia mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito nas mãos de Maxon, Am...