Aspen: Você também foi acordada pela belezinha do meu irmão. Eu estou indo tomar um chocolate quente na cozinha, aceita? - sorriu da porta pra ela.
America: O que? - ela estava em seus pensamos e nem notou a presença dele ali - Ah, claro, quero sim - sorriu, se levantando.
America vestiu seu hobbie por cima da camisola, e alisou os braços.
Aspen: Não se assuste, isso acontece com frequência - sorriu pra ela. Ele vestia um roupão de veludo preto.
America: Não é nada, só o frio - sorriu de volta. Aspen parecia um anestésico para dor que ela sentia.
Quando ela passou por ele, o mesmo lhe abraçou pelo ombro, e os dois rumaram para cozinha. A pele dele continuava fria. Aspen tinha um perfume diferente, America não sabia descrever. Simplesmente o abraçou pela cintura, e continuou andando. Ele preparou o chocolate quente para America e os dois estavam conversando distraidamente na sala, quando ouviram os gritos vindos de lá.
Maxon: EU MANDEI DERRUBAREM AQUELA ÁRVORE UMAS DEZ VEZES, MAS PRECISAVAM ESPERAR ISSO ACONTECER - rugiu entrando em casa, pingando água, com um Carter não muito diferente atrás dele - O que você está fazendo aqui? - perguntou, grosso, a America.
Mas antes que ela respondesse, Aspen respondeu.
Aspen: Ela está comigo, algum problema? - perguntou, e o verde em seus olhos era sólido.
Maxon: Não estou com paciência pra você agora - disse, duro, e Carter o chamou, indo pro escritório dos dois, deixando um rastro de água por onde passavam.
America: Não precisava - sorriu, gentilmente.
Aspen: Eu passei por isso a minha vida toda, não é incomodo nenhum - sorriu, descontraído como antes.
America acordou com o corpo doido no dia seguinte. Dormiu muito pouco. Maxon já não estava lá. Ela se banhou, pôs um vestido verde claro, comeu alguma coisa, e pôs-se a passear no jardim.
Era um jardim bonito, apesar dos pesares. O dia estava frio, mas não chovia. Estava detraída quando ouviu o galope de um cavalo perto de si. Virou-se para olhar, e então ela não sabia mais quem era. Aspen vinha montado num garanhão preto, galopando próximo a mansão.
Ele sorriu ao ver America. Desceu do cavalo, e ela foi até ele.
America: Pensei que você tivesse ido com Maxon e Carter - sorriu.
Aspen: Eu cuido da parte burocrática dos negócios, papéis. Os donos da verdade se encarregam do resto - disse entregando o cavalo ao empregado, America riu.
America: Vocês são tão diferentes - ela franziu a sobrancelha, enquanto continuava a andar. Aspen a acompanhou - Nem dá para perceber que são irmãos.
Aspen: Meu pai era um canalha - America não segurou o riso - É sério - sorriu - Cada um de nós é filho de pessoas diferentes, menos Maxon e Miriam, que são filhos da mesma mãe - ele deu um sorriso torto.
America: Agora dá pra entender - sorriu.
Aspen: A única coisa que temos dele são os traços, e a cor morto-vivo - America sorriu - Maxon e Carter herdaram o gênio dele. Mas eu não me interesso tanto, Miriam também não.
America: E a sua esposa? Lucy, o nome, não é? - perguntou, sendo educada.
Aspen: Lu. Ela odeia que chamem ela de Lucy - sorriu - Ficou nos Estados Unidos, com o pai dela. Creio que... - ele parecia estar fazendo cálculos na cabeça - Bom, creio que um dia ela venha pra cá - sorriu abertamente.
America: Vocês tem filhos?
Aspen: Não, ainda não. Se tivesse, não os deixaria - a tristeza alcançou America de novo, Aspen percebeu - E você? - perguntou, excessivamente divertido.
America: AAAAAAAAH, claro, tenho um, se chama Aspen - ele riu.
E então America estava rindo de novo. Era incrível o poder que Aspen tinha de acalma-la. Ao lado dele, o inferno parecia o céu. Ao contrário de Maxon, que era difícil como parir um filho, Aspen era fácil como respirar. Os dois continuaram andando pelos jardins, conversando, rindo, sentindo o vento frio engolfá-los. Pareciam mais um casal feliz, do que cunhados.
Era quase meio dia quando eles voltaram para casa. America estava cansada. Ao entrarem encontraram Miriam na sala. A menina, vendo America com o irmão, riu e foi até eles, animada. America resolveu ir tomar um banho antes do almoço, estava soada.
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Meu pecado
RomanceAmerica e Maxon foram destinados por seus pais a se casarem. Ele era apaixonado por outra e ela não estava preparada para assumir um casamento com um dos filhos da familia mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito nas mãos de Maxon, Am...