O reencontro

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Kota: Como assim, ele terminou com você? - perguntou, incrédulo e irritado, enquanto avançava pelo saguão do hotel.

Kriss: Terminou. Com todas as letras. Foi voltar para a mulher.

Kota: Ela fugiu antes que ele voltasse - Kriss ergueu uma sobrancelha, surpresa - Ele está destruindo Carolina por ela. E você, porque não voltou antes?

Kriss: Por Deus, Kota. Eu estava em Londres - revirou os olhos.

Kota: E agora, o que vai fazer?

Recepcionista: Serviço de quarto para a Srta. Singer, um café da manhã básico -  disse ao atendente, que levou o pedido para cozinha. Isso foi o suficiente. Os ouvidos de Kriss eram aguçados. America estava ali.

A noite caiu, calma e serena. O dia seguinte amanheceu igual. America estava entrando em depressão. Eadlyn já não sorria. Maxon estava vegetando. 

Kota: O que você vai fazer? - perguntou, andando com ela no corredor. Ele já se informara sobre o andar e o número do quarto de America.

Kriss: Resolver nosso problema - respondeu, levando uma caixa consigo - A morte matou o amor dele por mim, então matará por ela também - disse, tranquila e sorridente, enquanto parava na porta do quarto.

America tinha acabado de dar banho em Eadlyn. A menina estava com um vestidinho de renda branca, perfumadinha. Agora America penteava os cabelos castanhos e finos da filha. Foi quando bateram na porta.

America: Quem é? - perguntou, estranhando.

Kota: Serviço de quarto - disse, sorrindo. America não conhecia sua voz. 

America: Estranho, eu não pedi o café ainda - murmurou pra si mesma - Já vou! 

America colocou Eadlyn em seu berço. Enquanto isso, Kota saiu do corredor. A ruiva abriu a porta tranquilamente. Mas a mesma fugiu ao ver dois olhos castanhos, dissimulados, olhando-a.

Kriss: Olá, America - disse, sorrindo de canto.

America: O que você quer? - perguntou, sem paciência. A ruína de seu casamento estava ali, parada na sua frente.

Kriss: Posso entrar? - perguntou, sínica.

America: Hum... - fingiu-se de pensativa - Por suposto que não - sorriu, e ia fechar a porta, mas Kriss pôs o pé antes. A ruiva se desequilibrou no gesso, e o tempo que lhe foi gasto para  equilibrar, foi o suficiente da morena entrar - O que você quer? - repetiu, agora raivosa.

Kriss: Vim conversar - sorriu, pondo a caixa de papelão que trazia em cima de uma cadeira.

America: Não tenho nada pra falar com você. Saia daqui - continuou com a porta aberta.

Kriss: Vamos, você não está sendo educada - repreendeu, como uma mãe que repreende o filho.

America partiu pra Kriss, visando puxa-la para fora. Mas a morena foi mais rápida, e fechou a porta. America foi abrir a mesma e Kriss lhe chutou a perna, batendo em algo duro. O chute dela bateu no gesso, e machucou a perna de America, que cambaleou pro lado, se abaixando, com uma careta de dor, para segura-lá.

Kriss: Ora, vejam só. Está com a perna quebrada - disse, com um sorriso fascinado no rosto. Nesse momento Eadlyn gritou, irritada, em seu berço - Vejamos. A doce, meiga e angelical Eadlyn - ela deu um passo em direção ao berço, e seu olhar era ódio puro. A menina manteve o olhar na morena. Mas então, America estava no caminho.

America: Se aproxime dela novamente, e eu mando você de volta pro inferno com as minhas próprias mãos - rosnou, furiosa.

America se virou rapidamente, pra carregar Eadlyn. Sabia, por Maxon, que Kriss odiava a menina. Mas então sentiu uma dor horrível, sufocante, na nuca, e desfaleceu no chão.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora