Tanta felicidade que chega a dar medo

292 21 2
                                    

Quando a paz voltou a reinar, cada um foi pro seu canto. America tomou um banho relaxante, e se vestiu para dormir. Maxon entrou no banheiro, pra se banhar também. A noite, estava fria.

America: Tenha sonhos felizes, meu amor - murmurou para filha, após coloca-la, adormecida, em seu berço. America já havia lavado, penteado e amamentado Eadlyn. Ela cobriu a filha, e alisou.

Maxon: Eu terei - murmurou, brincalhão no ouvido dela. America pôs a mão na boca pra sufocar o grito de susto.

America: Estúpido! - disse, prendendo o riso, e dando um tapinha nele que se encolheu. Ela olhou Eadlyn uma última vez, e se afastou do berço da filha. 

Maxon viu a esposa atravessar o cômodo, tirando o hobbie que vestia. Ela o deixou, cuidadosamente, em uma poltrona. Depois a ruiva foi pra perto da penteadeira, tirando a pulseirinha prata que usava. Ela deixou a peça na mesma, e pegou um elástico, prendendo os cabelos em um longo rabo de cavalo. Foi então que encontrou o olhar, castanho intenso dele, pelo espelho.

America: Aconteceu alguma coisa? - perguntou, se virando pro marido, enquanto terminava de prender o cabelo.

Não ajudou. Como ela estava com os braços erguidos, seu corpo ficava marcado na camisola. Os seios fartos, a curvatura generosa, as pernas bem definidas. Só que ela não tinha a mínima noção disso.

Maxon: Aconteceu - ele deu corda, prendendo o sorriso, enquanto voltava a secar a nuca com a toalha que tinha na mão.

America: O que? - perguntou, confusa, ajeitando a camisola no lugar.

Maxon: Minha mulher - continuou, e America sorriu.

America: O que tem ela? - perguntou, erguendo a sobrancelha. 

Maxon: Me provocou muito hoje. Quase não me deixou sair de tarde - America riu, e ele sorriu de canto.

America: Foi? - Maxon assentiu, começando a se aproximar - E então? 

Maxon: E então que agora... - ele viu ela recuar - Ela me paga - rosnou, jogando a toalha com força pro lado, brincando. America fingiu se assustar, prendendo o riso - Sim, senhora - ameaçou, abrindo o feixe do punho da camisa branca, de linho, que usava - Não corra - avisou, vendo a cara dela.

Foi como se ele ordenasse o contrário. America correu, passando rapidamente pelo marido, rindo. Maxon foi atrás dela, que o sentia perto de si, enquanto se esquivava dele, correndo pelo quarto.

America: Pára! - pediu, se escondendo atrás de uma poltrona. Ela ofegava pela corrida, e ria. Maxon foi na direção dela, que foi pra oposta, deixando a poltrona de empecilho entre os dois.

Maxon: Vem aqui - chamou, lançando a mão para pegar ela. America se esquivou, e correu de novo.

Ele foi atrás da mulher, e dessa vez a agarrou. America caiu com tudo no chão, mas não se deu por vencida: levou ele junto. Maxon puxou a perna dela, fazendo-a vir em direção a ele. A ruiva pegou a toalha dele, que estava no chão perto dos dois e jogou no rosto do marido, tapando-lhe a visão, e tentou fugir de novo. Quando tirou o pano do rosto viu a esposa distante dele, engatinhando rapidamente. Ele se levantou e foi atrás, ganhando dela pela velocidade. America, ao ver isso, se levantou depressa e correu. Só que a cama estava na frente. Ela, com um pulo, subiu na cama, querendo atravessa-la, mas Maxon puxou ela pela perna, fazendo ela cair deitada, de bruços. Ela sentiu o marido se deitar sob ela, prendendo-a na cama. Havia perdido.

Maxon: E agora? - perguntou, vitorioso, antes de mordiscar o ombro dela, que se arrepiou - O que eu faço com você? - perguntou metaforicamente, America riu quando ele lhe mordeu de novo.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora