Outro filho

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America: Senhores pais e responsáveis - brincou, descendo as escadas, com duas trouxinhas rosas nas mãos.

Os olhos de Maxon brilharam ao ver a mulher ali. Era a imagem da beleza feminina dominante. Porém, não houve muito tempo para ele admirar, pois os irmãos logo avançaram para sua esposa.

Carter: Josie - murmurou, com os olhos brilhando.

Aspen: Clarisse - murmurou, no mesmo tom.

America entregou as filhas aos respectivos pais. Não era difícil. Clarisse tinha os cabelinhos finos, castanhos. Podia se adivinhar a cor que seus olhos teriam, quando ela os abrisse. Já Josie tinha os cabelos loiros, da cor dos de Marlee. America foi até o marido, e verificou a filha, que dormia calmamente. Maxon reparou que ela estava excessivamente quieta.

Maxon: Aconteceu alguma coisa? - perguntou, acariciando o rosto dela.

America: Nada - suspirou - Eu... eu vou ajudar elas. Ainda precisam de mim - ela segurou o rosto dele e o beijou docemente, saindo dali em seguida. Maxon observou ela tomar as bebês de volta, e voltar ao segundo andar.

Lucy: Uma menina? - perguntou, chocada, quando Anne lhe confirmou.

Marlee: Sim. Duas meninas - disse, sorrindo. As duas já haviam tomado banho, e estavam esperando America voltar.

Lucy: Mas - ela não encontrou palavras. Nem havia considerado a possibilidade de ter uma menina.

Nessa hora America entrou no quarto. Ela foi até a parteira, que pegou a primeira bebê e passou algo em seu nariz, provavelmente para desobstruir. Era Josie, que logo foi pros braços da mãe. Logo em seguida repetiu o procedimento com Clarisse, entregando-a a Lucy. Ela se surpreendeu. Esperava sentir asco, nojo, raiva da menina. Mas seu coração se encheu de felicidade ao segura-la. Aquele bebê era dela. Somente dela, e de Aspen. Era um alguém que nunca poderia deixa-la, abandona-la ou traí-la. Era sua filha. E nesse momento descobriu com o amor de mãe pelo filho podia ser forte, intenso. Lucy fez uma careta. Não sabia como fazer aquilo. Tirou um seio da camisola leve, e deu a filha, que levemente pôs-se a mamar. Ela sorriu, terna, acariciando o cabelo da menina.

Lucy: America - chamou, erguendo o rosto.

America: Oi? - se virou, secando a mão.

Lucy: Obrigada. Eu... eu não teria conseguido, sem a sua ajuda - agradeceu, tímida.

America: Disponha - sorriu, sem jeito. Lucy voltou sua atenção a Clarisse, e America se afogou novamente em seus pensamentos.

Maxon: America, o que houve? - perguntou, entrando no quarto. America já tinha colocado Eadlyn para dormir, havia tomado banho, e agora terminava de se aprontar para dormir.

America: Nada - respondeu, sem vontade, terminando de pentear os cabelos.

Maxon: Aconteceu alguma coisa? - perguntou, olhando ela.

America: Já disse que não é nada - repetiu, cansada, enquanto puxava o cobertor grosso da cama, ajeitando-a para dormir.

Maxon: Ah, não? - perguntou, vendo ela arrumar a cama dos dois - Então porque está assim? Calada, cabisbaixa, quieta, deprimida? - ela não respondeu, apenas arrumou os travesseiros na cama. Maxon suspirou, desamarrando o roupão. Já estava pronto para dormir, também. Só vestira o roupão e fora tentar acalmar Aspen, que se negava a sair do lado de Clarisse. Ele tirou o roupão e colocou na poltrona, do lado do hobbie branco dela - Vamos lá. Sou seu marido. Você pode confiar em mim - America soltou o travesseiro que segurava ao sentir as mãos quentes do marido tocando-lhe o ombro, descoberto pela alça da camisola de seda, confortando-a - Qual o problema?

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora