Ele voltou

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America: MARLEE! – berrou, entrando em casa.

Marlee: O que? – perguntou, desanimada no andar de cima.

America: Vem aqui! – pediu. Estava ofegando de ter subido as escadas correndo, não tinha pique para subir até o segundo andar.

Marlee: Pra que?

America: MARLEE SINGER, VEM LOGO! – apressou.

America ouviu Marlee resmungar, e os passos da mesma no assoalho do segundo andar. Sorriu por antecipação. Era como tirar uma cruz de suas costas.

Marlee: Sabe que não quero sair, pedi para que não me chamasse, só se fosse noticias de Carter, mas você insist... – travou chegando ao patamar da escada, vendo o embrulho azul nos braços de America – Kile – murmurou, e America viu o sangue voltando ao rosto da irmã. Marlee estava corando de felicidade, depois de meses – Meu filho – sorriu, enquanto os olhos se enchiam de água.

Marlee desceu a escadaria em um segundo. America entregou o bebê a ela, feliz. As coisas poderiam voltar ao normal agora. Ou assim pensava America. Marlee chorou, abraçada ao filho. Era como se lhe devolvessem o oxigênio.

Marlee: Como? Onde ele estava? – perguntou, atônita, abraçada forte ao filho, que ria dos beijinhos que recebia da mãe.

America hesitou por um momento. A morena parecia arrependida. Se desculpou. Devolveu o menino.

America: Encontrei ele... do outro lado da fazenda. Perto de uma árvore - mentiu.

Marlee: Obrigada, meu Deus – ela soluçou no choro, e Kile passou a mão no rosto dela – avise Carter. Peça que volte. Já acabou – ela sorriu, dizendo isso, e America estava plena novamente. Plena no que se podia dizer. Não completamente plena se alguém de olhos castanhos e cabelos loiros estava longe, sem dar noticias.

Longe dali, a morena que salvou a vida de Kile não estava nada bem. O homem espancara ela quando soube do que tinha feito. Ela aceitou a dor de bom grado, pelo menos o menino estava bem. Tinha abandonado a vida fácil, mas não tinha para onde ir, então era forçada a ficar com a mulher e o homem.

America recebeu uma carta de Maxon naquele dia. Mandou um mensageiro urgente para ele, avisando que havia encontrado. Maxon prontamente foi atrás de Carter, no fim do mundo. O irmão quase não acreditou quando ele avisou que Kile estava em casa. O menino dormia em seu berço, e Marlee caminhava pelo jardim, tranquila, quando uma carruagem preta se aproximou.

Carter: Marlee – murmurou correndo até a mulher. Ela correu ao encontro dele, e quando se chocaram, se abraçou a ele, que a beijou, cheio de saudade. Maxon preferiu ficar na carruagem, não queria interromper. Carter deu ordens para que ele fosse na frente. America estava em seu quarto, quando duas mãos firmes lhe cobriram os olhos.

Maxon: Se adivinhar quem é, ganha um beijo – murmurou no ouvido dela, e sorriu olhando a pele da mulher se arrepiar, enquanto ela sorria.

America: Hum... Sr. Schreave, talvez – disse entrando no jogo. Maxon riu gostosamente – Que saudade de você – disse se virando para ele, atirando-se em seu pescoço em seguida. Maxon cambaleou para trás e caiu de costas na cama, com America em sua barriga. Ela sorriu e o beijou, com saudade.

Tudo estava bem.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora