Traição

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America estava em seu quarto, penteando os cabelos. Em seu pensamento, as ultimas cenas com Aspen no chalé reinavam. Fora tão... diferente. Diferente de tudo que ela conhecia. Diferente de tudo o que havia sentido. Eles, rindo, voltaram para casa na chuva. Ele foi pro seu quarto, e ela pro dela. Tomou um banho, vestiu uma camisola agasalhada, e agora penteava os cabelos molhados. Seu corpo estava tomado por sentimentos diferentes. Agora, oficialmente, ela havia traido Maxon.

Com Aspen foi exatamente como ela imaginava, antigamente. Era entrega de ambas as partes.

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Era desse jeito que ela sempre sonhara que seria sua primeira vez

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Era desse jeito que ela sempre sonhara que seria sua primeira vez. Sem medos, sem receios. E depois o prazer. Um prazer tão grande que chegava a sufocar, cegar, ensurdecer. Sorriu de canto, com a lembrança fraca dos gemidos dos dois, enlaçados naquele pequeno cômodo, se confundindo com o barulho da chuva.

 Sorriu de canto, com a lembrança fraca dos gemidos dos dois, enlaçados naquele pequeno cômodo, se confundindo com o barulho da chuva

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Ela gostou

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Ela gostou. Melhor, ela adorou. Depois, não houve constrangimento quando acabou. Era como se eles não tivessem feito nada errado. Ambos brincaram, riram, enquanto ele tentava laçar o espartilho dela. Mas por outro lado, maldição, ela amava Maxon. Agora que estava sozinha, se sentia imunda. Pobre Lucy, presa do outro lado do mundo, enquanto America seduzia Aspen aqui.

Enquanto isso, no andar debaixo.

Carter: Maxon! - chamou, assustado, ao ver o irmão entrar rápidamente pela sala, completamente encharcado, deixando um rastro enorme de água atrás de si - O que houve?!

Maxon: America? - perguntou, rápidamente.

America ainda estava lá. Em seu cabelo não havia nó nenhum, estava completamente liso e molhado, mas ela ainda o penteava. Remorso. Não arrependimento, mas remorso. Era adultera. Era como Maxon. Ela se assustou quando ele entrou bruscamente no quarto, fechando a porta. Deus do Céu, estava ensopado. Mas seu olhar... America conhecia aquele olhar. Não era o demônio. Era o seu Maxon. E estava sendo torturado. O olhar dele sofria.

America: O que houve? - perguntou, se controlando. Sua vontade era abraça-lo, e consolar aquele castanho angustiado que ela tanto amava.

Mas Maxon avançou até ela, e ergueu as mãos frias e molhadas pro seu rosto, tocando-o desesperadamente.

Maxon: Deus, o que você fez? - murmurou, olhando-a, enquanto a mão fria acariciava o rosto e o pescoço dela

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Maxon: Deus, o que você fez? - murmurou, olhando-a, enquanto a mão fria acariciava o rosto e o pescoço dela.

America: Não fiz nada - mentiu, observando-o - Me solte - pediu, se resetando.

Maxon: Não - murmurou, puxando-a pela cintura com um braço, e tocando-a com o outro.

Maxon abaixou o rosto até o pescoço dela, aspirando seu perfume como se fosse o ar que lhe mantinha. Ali só havia o cheiro do sabonete e do perfume que ela usava. America estremeceu com o toque. Inferno, não.

America: Maxon, me largue - pediu, empurrando-o.

Maxon: Sinta nojo de mim. Vomite depois, se assim quiser. Mas, por favor... - a voz dele falhou, enquanto tocava o cabelo dela, olhando-a com os olhos castanhos que ecoavam em dor. America calou, e ele a beijou sedentamente. Ela queria tanto poder ceder, queria tanto se deixar levar...

 Ela queria tanto poder ceder, queria tanto se deixar levar

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Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora