O final

209 14 25
                                    

America arranhou a morena, bateu, queria que ela sentisse dor. Mas seu coração gritava por outro alguém, que também estava ali: Maxon. A certo ponto, a ruiva caiu no chão, dando com a testa numa pedra. O chão era muito incerto, os pedregulhos eram afiados. Ela grunhiu quando Kriss lhe chutou a coluna fortemente. Mas America não era tão besta.  Rolou pelo chão, saindo do alcance da morena, e se levantou. Foi então que viu a rival tirando um frasco de metal do decote.

Kriss: Você é tão linda, America. Tão linda que eu lhe trouxe algo - disse, destampando o frasco. O que quer que fosse, America não gostou.

America: O que...? AAAAAH! - gritou, ao ver o que era. Kriss lançara um pouco do líquido nela, mas pegara na barra do vestido, que começou a se desfazer. Era ácido.

America ofegou. Kriss ia lhe deformar. Nem Maxon seria capaz de suportar sua imagem depois daquilo. Maxon. Ela olhou pro lado, e o marido se esmurrava com Kota a alguns metros. Então Kriss lançou mais um pouco do ácido, dessa vez respingou na mão da ruiva.

America: MINHA MÃO! - gritou, segurando o pulso, atordoada com a queimação absurda, e vendo a pele se desfazer - VAGABUNDA! - gritou, partindo pra cima da morena.

Quando America conseguiu alcançar Kriss, parte do liquido da garrafa caiu em seu braço, e a ruiva gritou em tormento. Mas fez o que sabia: Desceu as unhas na face da morena, que cambaleou. Quando ergueu o rosto, haviam três fios de sangue brotando ali. America não esperou ela se recuperar, partiu pra cima dela com tudo. Na pressa de revidar, Kriss se esqueceu do que segurava, e, ao erguer a mão para bater na ruiva, derramou todo o resto do liquido em cima de si mesma. O ácido lhe atingiu toda a metade direita do rosto, o pescoço, e boa parte do colo. America se afastou, horrorizada. A morena gritou, em agonia.

Kriss: MEU ROSTO! - passou a mão no mesmo, e o ácido lhe atingiu a mão também. Ela gritou de novo.

America franziu o cenho, enquanto os primeiros flocos de neve caiam. O mar estava revolto. America não queria ver aquilo. Sua mão e seu braço queimavam barbaramente, como se houvessem tocado fogo nela, imagine o que Kriss estava sentindo.

America: Kriss, veja o meu rosto - disse, se sentindo vingada - Eu vi você todas as vezes em que senti dor. Então olhe pra mim - sorriu, tirando o cabelo da frente. Kriss gritou novamente, cambaleando para trás - O jogo acabou. Você perdeu - sorriu, vitoriosa, mas ao mesmo tempo sem querer continuar vendo aquela cena. O rosto da morena já estava em carne viva.

Nesse momento se ouviu um tiro, que ecoou por entre os flocos de neve e as árvores da floresta em volta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nesse momento se ouviu um tiro, que ecoou por entre os flocos de neve e as árvores da floresta em volta. E depois, o silêncio absoluto. America sentiu o coração ser engolfado em uma puxada dolorosa. Ela respirou fundo, e virou-se para olhar Maxon e Kota. Ela perdeu a respiração ao ver o que viu. Kota e Maxon estavam de pé, mas Maxon logo caiu. Em sua barriga brotava uma fonte forte de sangue. Ele caiu de costas no chão, com a sobrancelha franzida, e pôs a mão em cima do lugar onde a bala caiu.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora