Pecado de amor

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Último capítulo... Tenham todos uma ótima leitura! 

2 meses depois...

Todos os Schreave estavam do lado de fora da mansão, no jardim. O tempo estava bom. Eadlyn corria com Kile, e as outras crianças. Josie e Clarisse engatinhavam, sorridentes ali. Ahren, foi o nome que America e Maxon deram ao filho, ele estava tranquilo, em seu carrinho de bebê. America, de repente, se lembrou do que Aspen lhe dissera uma vez. Que um dia todo aquele pesadelo acabaria, e que veríam essa mansão cheia de crianças rindo. Bom, bendito seja, era verdade. Não havia uma sombra naquela mansão, para lembrar de como era na noite sombria em que ela chegou ali.

Então, algo bateu na mão de America. Ela olhou, curiosa. Era uma luz amarela, dourada. Sol. Olhou para cima, e do céu claro, saiam algumas faisquinhas de sol. Imediatamente seu olhar correu pro marido; não porque ainda achava que ele fosse um vampiro, mas porque ela nunca o vira no sol. Aparentemente Maxon pensara o mesmo, porque parou de correr atrás de Eadlyn e olhou pra ela, estendendo as mãos, deixando-as expostas ao sol. America fez uma careta, e ele sorriu, radiante, olhando a filha, que corria longe dele, com os cachos castanhos voando no ar, e foi em direção a esposa.

Maxon: Bom, o sol também não me causa nada - brincou, abrindo os primeiros botões de sua camisa. Estava sem o colete e sem o terno, só com a camisa de botões e a calça.

America: Cala a boca - disse, se abraçando a ele. Ahren deu um gritinho, atraindo a atenção dos pais. Era Maxon, pequeno. Não tivera os olhos de America. Tinha os olhos de Eadlyn. Os olhos de Maxon. O menino sorriu ao ver os pais abraçados - Como você adivinha o que estou pensando? - perguntou, erguendo a cabeça pra ele.

Maxon: É intuição - disse, olhando-a – Juro! – alegou, vendo a cara de descrença da esposa.

America: Vou fingir que acredito - disse, virando o rosto pro outro lado.

Maxon: Não, minha querida - disse, rindo - Tudo bem, vamos lá. A maioria das vezes é intuição. Algumas não. Tipo, quando Eadlyn está por perto, quando ela chega, as vezes eu posso sentir. Ahren também - disse, explicando a estranha mania que ele tinha de adivinhar quando o filho ia acordar, ou quando estava chegando - É como se algo me avisasse: Eles estão aqui. E eles realmente estão. Simples - explicou, sorrindo - Com você é diferente. Eu acho que meu coração sente quando você está por perto - disse, encarando ela, que sorriu.

America: Uma coisa que eu... eu sempre quis saber. Mas não fique mal - Maxon deu os ombros - Na primeira vez que Aspen e eu... – o sorriso de Maxon se fechou - Na primeira vez em que ficamos juntos - resumiu - Você voltou todo molhado de chuva, transtornado. Aquilo foi intuição também?

Maxon: Aquilo foi o maior tipo de tortura pelo que eu já passei - explicou, se lembrando - Em um minuto eu estava bem, mas no outro, era como se alguém enfiasse a mão no meu peito e tentasse tirar algo de mim a força. E então sabia que deveria estar em casa. Eu vim, o mais rápido, mas a chuva não ajudou. E quando cheguei aqui, você... você tinha o cheiro dele. E sabia o que tinha acontecido, mesmo sem querer saber - terminou, acariciando o cabelo dela.

America: Tudo bem, esqueçamos isso - disse, abrindo um sorriso forçado, e ele riu. Nessa hora Carter passou pelos dois correndo atrás de Kile, que caíra, e agora ria no chão.

America se abraçou ao marido, olhando a mansão, estranhamente iluminada pelo sol. Até que ele falou.

Maxon: Estive pensando - ela olhou pra ele - Vou mandar reformar o terceiro andar, e ocupar com brinquedos, para as crianças - America o observou - Eu te prometi que um dia desocuparia aquele lugar. Como você se encarregou disso antes, estive pensando, é muito espaço desperdiçado. E as crianças não vão poder brincar aqui fora o tempo todo, a chuva não vai deixar - America sorriu.

Era bom ver que Maxon pensava no futuro deles, um futuro tranquilo, feliz. Quanto ao futuro... O futuro, em si, era promissor.

America e Maxon ficariam juntos, felizes, apaixonados e fogosos até o último momento. Eles teriam mais filhos, talvez.

Marlee seria de Carter até o fim, assim como Lucy seria de Aspen.

O chalé ficaria largado ao esquecimento, sem mais visitas: Ninguém nunca mais teria vontade de sumir.

Eadlyn seria considerada a encarnação da pura beleza, com seus cachos até o meio das costas, suas curvas; tão generosas quanto as da mãe, sua pele pálida, e seus olhos, castanhos e vivos.

Carolina em toda sua história nunca ouviu falar de um homem mais cobiçado quanto Kile seria. Uma vez crescido, ele se parecia mais que nunca com o pai, um belo garanhão.

Josie teria, sim, os cabelos loiros como os da mãe

Gerad e Celeste tiveram seus gêmeos, e mais outros que viriam depois.

Miriam se tornaria uma linda e inteligente menina, apegada a Maxon mais que a qualquer outra pessoa.

Clarisse seria Aspen em sua forma feminina.

Aspen, Maxon e Carter afugentariam vários homens, protegendo suas "pequenas". America, Marlee e Lucy ririam disso.

Ahren seria o orgulho do pai. Benjamim continuaria tendo suas "visões", e continuariam não acreditando nelas.

Shalom morreria em uma manhã chuvosa, sozinho, na sala de estar de sua casa, sem antes ver os netos.

Ninguém jamais ouviu falar no nome de Kriss novamente.

Mas isso era no futuro. O presente ainda estava aqui, os bebês eram só bebês, e a realidade era o melhor que podia se pedir.

Maxon: Eu te amo - disse, repentinamente.

America: Eu também te amo - disse, sorrindo, confusa pra ele.

Maxon: Meu pecado foi ter amado você, enquanto te odiava - confessou, tirando as madeixas ruivas do rosto da esposa.

America: E o meu foi ter admitido pra mim mesma te amar. Mesmo você sendo a causa de tanta dor. Parecia que quanto mais você me fazia sofrer, mais eu era capaz de te amar - fez uma careta, e ele sorriu.

Maxon: Você me perdoou por isso, não é? - perguntou, parecendo desconfiado.

America: Você me perdoou por tudo o que eu fiz? - rebateu, erguendo a sobrancelha pra ele, mas sorria.

Maxon ficou calado, observando-a, com um sorriso de canto. Como era possível amar alguém tanto assim?

America: Meu pecado - murmurou, encarando-o, e já não sorria.

Maxon: Meu amor - respondeu no mesmo tom, e, com um suspiro, inclinou o rosto pra ela, tomando sua boca em um beijo apaixonado e cheio de promessas.

E não haviam mais problemas para se preocupar.

Não havia mais dor para se sentir.

Não haviam mais pecados para cometer.

Não haviam mais traições, pelas quais sentir remorso.

Não haviam mais erros para se arrepender.

A felicidade estava bem ali, dentre eles, no alcance das suas mãos.

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⏰ Última atualização: Jan 02 ⏰

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Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora