Sinal

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America e Maxon estavam dormindo de madrugada, quando o barulho de algo batendo no chão com força ecoou pelo andar de baixo. Os dois acordaram, de sobressalto juntamente com o restante da casa. Só Eadlyn que nem se abalou, em seu sono calmo e pesado.

America: O que foi isso? - perguntou, sonolenta.

Maxon: Eu não sei - respondeu, rouco de sono, se sentando

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Maxon: Eu não sei - respondeu, rouco de sono, se sentando. America viu ele pegar o relógio no criado-mudo da cama, e olhar as horas. Ia dar quatro da manhã - Como tudo aqui quem tem que resolver sou eu, vou logo olhar o que foi - resmungou, esfregando o rosto.

America: Eu não quero ficar sozinha! - disse, segurando o braço do marido, se sentando na cama, cobrindo o busto com o lençol. Maxon olhou ela e viu os dois olhos azuis da mulher assustados.

Maxon: Venha comigo, então - chamou, sorrindo de canto. Ele se aproximou e segurou o rosto dela de leve e a beijou carinhosamente. Ela sorriu com isso.

America: Eu gostava dessa - reclamou, pegando o frangalho de sua camisola nos pés da cama. Estava inutilizada - Sabe, tirar sem rasgar não faz tão mal - disse, erguendo a sobrancelha pra ele. Maxon riu gostosamente.

Maxon: Rasgar é mais rápido - deu um selinho nela - Mais fácil - deu outro selinho - E mais divertido - concluiu, malicioso. America deu um tapa nele - Já me acostumei - debochou, tranquilo, enquanto vestia a calça.

America: Vou começar a rasgar suas roupas também, pra você ver como é divertido - ameaçou, e viu ele parar, analisando o que ela tinha falado. Maxon se virou pra ela, erguendo a sobrancelha e sorrindo. America fez uma careta - Esquece - ele riu e se levantou.

Maxon vestiu sua camisa, e o roupão. Ele deu uma camisola nova, do guarda-roupas a America, que colocou logo em seguida. Ela se levantou, vestiu o hobbie, e terminou de soltar o cabelo, que anteriormente tinha prendido, mas agora estava quase solto. Ela foi até o berço da filha, verificou a menina, depois deu a mão a Maxon, seguindo-o. Encontraram os outros casais da casa no mesmo estado, no corredor, e assim todos seguiram para ver o que era. Quando chegaram ao andar de baixo, ouviram o alvoroço vindo da cozinha. Com Maxon abrindo o cortejo, foram ver o que era. 

Carter: Vamos lá, o que houve dessa vez? - perguntou, olhando o estrago que ali estava.

Um armário tinha se desintegrado completamente. Haviam centenas de cacos de vidro no chão. O que era estranho, nunca nada havia quebrado na mansão Schreave. Os donos trocavam as peças assim que elas começavam a ranger, ou perder a beleza, para evitar maiores problemas.

Anne: Eu não sei, senhor. Este armário não tinha um dano - explicou, e parecia confusa olhando a bagunça no chão. A empregada estava enrolada em um roupão, assim como todo mundo.

Aspen: Estranho - comentou, olhando a peça.

Maxon se aproximou, após soltar a mão da esposa, para olhar a peça quebrada. Ele passou pelos cacos de vidro, e ergueu uma tábua do armário caído no chão. Estava em perfeito estado. Procurou a parte quebrada, que fez a peça ruir, mas não encontrou. Tinha ciência dos irmãos e da mulher o observando, mas se havia quebrado, tinha que haver algum dano. Mas não havia. Maxon olhou em um canto, perto dos vidros. Havia uma porção de parafusos, empilhados ali, em perfeito estado, como se alguém tivesse desparafusado a peça. Ao pensar nisso, algo veio a sua cabeça.

 Ao pensar nisso, algo veio a sua cabeça

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Flashback

Kriss: Você não veio ontem - se queixou, quando ele entrou no quarto.

Maxon: Não consegui. Minha mãe tem o sono muito leve, todo e qualquer barulho a desperta - justificou, se aproximando da morena.

Kriss: Pois um dia entrarei em sua casa de madrugada e desmontarei um móvel, fazendo-o ruir. E sua mãe engolirá a língua de susto - disse, caprichosa, e Maxon riu, beijando-a em seguida.

Fim de flashback

Maxon: Ames, porque você não vai checar Eadlyn? - perguntou, se levantando, ainda olhando os parafusos. 

America: Eu verifiquei quando saímos, ela continua dormindo. Você sabe, ela não acorda fácil - justificou, confusa, olhando o marido.

Carter: E então? - perguntou, sobre o armário.

Maxon: Devem ter sido cupins - mentiu, virando-se pros empregados - Está tarde. Voltem para suas camas. Anne, amanhã faça uma lista do que foi quebrado e mande alguém ir a cidade, repor. Evitem circular por aqui até que esteja limpo, eu não quero ninguém ferido - Anne assentiu, aliviada. Estava morta de cansaço, e se fosse supervisionar a limpeza agora, emendaria com o dia. Estava surpresa também, Maxon não costumava ser generoso. Mas obedeceu a ordem, e pouco a pouco todos foram voltando as suas camas.

Marlee: E se foi um rato que roeu o armário? - perguntou, pensativa, olhando Lucy.

Lucy: Será? - perguntou, alarmada, olhando pro chão.

America: Onde você vai? - perguntou, olhando o marido sair do cômodo. 

Maxon: Olhar a Eadly - respondeu, calmo.

America: NÃO! - Maxon se virou pra ela, confuso - E se for um rato, eu não quero ficar aqui - ela se agarrou a cintura do marido. 

Maxon: Minha querida, pare com isso, não foi um rato - disse, se soltando da esposa, sorrindo da inocência dela e voltando ao seu caminho.

America se agarrou a cintura dele novamente e enlaçou as pernas na perna dele, de modo que quando ele andava, levava ela junto. Todos riram, e America se manteve firme. Maxon subiu as escadas, rindo, e a mulher ainda estava agarrada a sua perna.

Maxon: Ames - repreendeu, aos risos.

America: Não me larga não, eu tô com medo - disse agoniada agarrada na perna dele. Maxon teve pena.

Maxon: Venha - segurou as mãos dela, fazendo-a erguer. America se abraçou a ele - Ei, calma - ela encarou ele com os olhos azuis, amedrontados. Maxon a carregou, ela riu, abraçando ele pelo pescoço.

Maxon levou America de volta pro quarto. Eadlyn dormia calmamente, do jeito que eles haviam deixado. Ele colocou a mulher de volta a cama e se deitou em seu lugar, se agasalhando. Estava fazendo bastante frio. Eles namoraram mais um pouco, mas logo America adormeceu. Já Maxon não dormiu mais. Ficou deitado, observando a mulher dormir em seus braços, com o pensamento longe.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora