Gerad apareceu na manhã seguinte, na mansão Schreave. Maxon já havia saído. Gerad avisou que estava voltando para casa, já que o período de férias que havia tirado estava por acabar.
America: Mas você só ficou dois meses - se queixou, fazendo bico.
Gerad: Para de reclamar, matraca - America arregalou os olhos, e riu depois. Aquele era o seu irmão.
Marlee: Nos prometa que voltará - pediu, sorrindo de canto. Sentiria saudade de Gerad.
Gerad: Voltarei assim que puder - prometeu.
America: O seu "assim que puder" é muito vago - assobiou, batendo o pezinho no chão.
Gerad: Cala a boca, mulher - ergueu a sobrancelha para ela, que riu - E você - Se virou para Marlee, que arregalou os olhos - Você não é um coelho - lembrou, obviamente. America se estourou de rir. Marlee fez uma careta - Então, vamos calculando a quantidade de filhos, sim? - disse, prendendo o riso.
Marlee: Pois vá logo, Gerad Singer - reclamou, empurrando o irmão porta a fora. Não era preciso dizer que sentiria saudade.
America o levou até a carruagem, já que não fazia bem a irmã descer a escadaria da mansão. A loira ficou em casa, fora olhar Kile.
America: Não demore a voltar - pediu, manhosa agora. Ter o irmão longe era uma coisa que não lhe agradava.
Gerad: Prometa que não vai morrer enquanto eu não estiver aqui - pediu, sorrindo pra ela.
America: Prometo. Eu espero você voltar - disse, metaforicamente. Gerad riu e abraçou a irmã.
O abraço dos dois durou minutos. Por fim, ele deu um beijinho na testa dela e partiu. America ficou olhando o caminho por onde ele fora, pensando em quando veria o irmão novamente. Se preocupava com o mesmo, sozinho, principalmente agora, sem a mulher.
Estava pensando nisso quando viu alguém passar pelo jardim a sua frente, dando instruções a um empregado.
America: Aspen! - chamou, sorrindo, enquanto se aproximava rapidamente. Aspen sorriu e dispensou o empregado, que obedeceu, e virou-se para ela.
Aspen: Meri - respondeu, sorrindo abertamente.
America: Aspen, me perdoe - desabafou, olhando-o.
Aspen: Por...? - perguntou, surpreso.
America: Por Lucy. Eu me descontrolei. Eu... - respirou fundo - Me perdoe. Eu deveria ter saído de perto, ou então me controlado, mas eu... - interrompida.
Aspen: Ei, calma - ele tapou a boca dela com um dedo - Ela mereceu - disse, sorrindo torto. America se perguntou quem mereceu o que.
America: Quem? - perguntou, aérea - Ah, sim. Claro que não! Não por ela, eu não me importo, mas pelo bebê de vocês dois. Eu não tinha o direito de agredi-la, sendo que está grávida de você.
Aspen: Eu ouvi tudo o que ela disse. Lu é uma mulher magnífica, incrível, mas tende a ser venenosa, quando quer. Não quero que tome a impressão errada dela, ela só tem ciúmes. Vamos esquecer esse assunto, estamos todos bem. Aliás, todos não - America olhou ele - A propósito, na sua euforia, você me desceu a mão ontem. E doeu - avisou, puxando a gola da camisa e mostrando o pescoço vermelho. Aspen estava sem o terno, só com o colete e a camisa. America riu.
America: Pobre de você - comentou, rindo.
Aspen: Eu podia ter distendido o pescoço - acusou, franzindo o cenho.
America estava receosa, pensando que Aspen não ia querer mais proximidade com ela, por ter agredido Lucy. Mas lá estava ele, com suas piadinhas novamente. Enquanto pensava nisso, viu uma rajada de vento vindo em sua direção, levantando as dezenas de folhas no chão. Ela sorriu e abriu os braços, fechando os olhos, bem quando o vento a alcançou. Era outono em Carolina, e haviam folhas por todos os cantos, folhas essas que dançaram em volta de America, suas cores de fundindo com o bege do vestido dela. "Parecia um anjo", pensou alguém, que não era Aspen. Alguém que os observava cautelosamente da mansão. Alguém de olhos da cor castanho intenso.
Aspen: Sinto te desapontar, mas você não vai conseguir agarrar o vento - desiludiu, balançando a cabeça negativamente. America abriu os olhos assim que a rajada de vento cessou.
America: Do mesmo jeito que uma lesma, tal como você, não vai conseguir me alcançar - desafiou, dando um tapa no cabelo de Aspen, que ficou todo arrepiado, e saiu correndo. Ela correu por tempos, rindo, e não ouviu passos atrás de si. Mas, em um piscar de olhos, Aspen estava bem na sua frente, sorrindo, despreocupado.
Maxon viu America correr, rindo. Aspen observou a ruiva, e depois disparou em direção a ela. Maxon revirou os olhos, era típico do irmão, se mostrar. Ele viu America frear, e virar para outra direção, mas Aspen a agarrou pelo abdome, ergueu-a do chão e girou com ela no ar, enquanto outra rajada de vento levantava as folhas. America ria como uma criança, deliciada com seu brinquedo. Maxon sorriu. Amava aquilo na mulher.
Lucy: Como você consegue? - murmurou, atordoada, e então ele percebeu que ela estava ali. A loira gemeu, nauseada, e avançou em direção aos dois. Mas um pulso forte a segurou, mantendo-a no lugar.
Maxon: Confie - foi a única coisa que disse, encarando ela. Então ele olhou a mulher brincar com o irmão uma última vez, e virou-se, entrando em casa, despreocupado. Lucy olhou a cena por mais instantes, viu America pegar um bolo de folhas no ar e jogar contra Aspen, que se esquivou, rindo. Resolveu sair dali, antes que acontecesse outro problema.
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Meu pecado
RomanceAmerica e Maxon foram destinados por seus pais a se casarem. Ele era apaixonado por outra e ela não estava preparada para assumir um casamento com um dos filhos da familia mais famosa da cidade. Entretanto, mesmo sofrendo muito nas mãos de Maxon, Am...