Marcas de amor

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America se aprontou, e desceu, acompanhada do marido. Tomaram café juntos, e então ele, supostamente, foi trabalhar. Ela, como não tinha nada para fazer, foi ver Eadlyn.

Marlee: Ames, o que houve lá em cima? - perguntou, quando a irmã apareceu na sala.

America: Maxon quebrou a cama - disse, divertida, pegando uma almofada em cima de uma poltrona, e ia se sentar.

Maxon: Ah, fui eu que quebrei? - perguntou, debochado, de braços cruzados, aparecendo na porta atrás dela.

America: Sim, foi você! - esbravejou, mas riu da cara do marido - E saia daqui! - atirou a almofada nele, que desviou, rindo, e sumiu da porta.

Lucy: Pelo visto, vocês estão bem - comentou, sem se conter.

America: Melhor impossível – ela colocou os cabelos atrás da orelha, tirando os fios ruivos de cima do colo, distraída.

Lucy riu. Marlee arregalou os olhos. Miriam olhou America com uma expressão confusa.

Marlee: Ames? - disse, e parecia sem ação.

America: O que? - perguntou, confusa.

Marlee: Er... - ela mordeu o lábio, lutando contra um sorriso - Lucy, por Deus, pare de rir! – a loira riu mais ainda.

America: O que há? - perguntou, se irritando.

Marlee: Seu... pescoço - disse, e disfarçou o riso com um acesso de tosse.

America: O que...? - ela abaixou o rosto. Não conseguia ver o pescoço, mas sim o colo.

E a boca de Maxon estava ali, em várias partes. Chupões vermelhos, e até roxos apareciam na pele sem cor. America se levantou, havia um espelho na parede de fundo da sala. Parecia catapora, ou algo parecido. Ela passou a mão em uma mancha, que clareou, mas voltou a se escurecer. Se fosse reparar, seus lábios estavam inchados, e uma parte da maçã do rosto estava avermelhada. Ela tinha medo de quando tirasse a roupa, quantas marcas teria.

America: Deus do céu - constatou, fazendo uma análise geral de si mesma. Nessa hora a almofada que ela tinha jogado contra Maxon voltou, e bateu com tudo em sua cabeça, antes de cair no chão. Ela olhou e viu o marido na porta novamente, vermelho de rir - CORRE, DESGRAÇADO! - avisou, e Maxon riu.

Mas quando ela pegou um livro grosso, de capa dura, e avançou em direção a ele, o mesmo correu. America era louca. E ele amava isso nela. Marlee, Miriam e Lucy riram, quando America sumiu pelo corredor, correndo atrás dele com o livro. Maxon estava terminando de descer as escadarias da mansão quando o livro acertou bem sua nuca. Ele caiu com tudo na grama.

America: Tá, já pode levantar - disse, parada na escadaria. Mas o marido continuou estatelado no chão - Maxon, levanta!

Mas Maxon não se mexeu. O pavor inundou America. O livro o acertou na nuca. E se ela o tivesse matado? Só em pensar nisso, seu pulmão se trancou, e ela hiperventilou. Correu até o marido, erguendo o rosto dele do chão.

America: Amor? - chamou, sacudindo-o. Nada - Maxon, por favor - chamou, passando a mão no rosto dele. Nada - Amor, acorda - pediu, com os olhos se inundando. Ela ia gritar por socorro.

Maxon: AAAAAAAAH! - gritou, assustando-a. O coração de America disparou, quase fugindo do peito.

America: Que susto - murmurou, se abraçando a ele.

Maxon: O que foi? - perguntou, confuso, mas recebendo ela nos braços.

America: Eu pensei que tinha matado você - assumiu, com o rosto enterrado no peito dele.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora