Paz?

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America acordou no dia seguinte. Estava cansada, porém, realizada. Em sua memória, haviam flashes da noite anterior. Ela foi pra cama com Maxon. "Impossível", pensou, ainda de olhos fechados. Mas era tudo tão nítido. Nítido demais para ser um sonho. Ainda podia sentir a boca dele, sedenta, sobre a sua. Os toques, tudo. Ela abriu os olhos, lentamente. Seu susto foi total. Ela estava... nua? Pior que isso, estava deitada sobre um peito. Ela ergueu o rosto, com a sobrancelha franzida, e o dono do peito ressonava ao seu lado.

Maxon dormia tranquilamente. Americs ergueu o rosto devagar, para não acorda-lo, e mechas do seu cabelo caíram por seu rosto. A coroa que usava estava longe, caída no chão. Ela olhou para ele, que continuava a dormir. Havia... Meu Deus do céu, havia uma mordida no ombro dele! America arregalou com o par de olhos azuis que possuía. Uma mordida, de um vermelho claro, lá estava. Ela ergueu a mão e tocou levemente a marca que sua boca deixou nele, perplexa. Se lembrava de ter mordido, mas não com tanta força. E ele não se queixou, como ela ia saber? Estava tão... tão... distraída, para ser irônica. America olhou pro quarto, que tinha uma luz agradável. Ainda podia ouvir os gemidos, até mesmo os gritos dos dois. Seu olhar pousou em seu ombro. A marca evidente de um belo chupão habitava ali. Ela tocou a marca, examinando-a, quando uma voz lhe chamou.

Maxon: Desculpa se te marquei - pediu, olhando-a, sonolento. America se sobressaltou.

America: Eu não ligo - disse, sem querer assumir que se afeiçoara a marca, tão perfeitamente desenhada - M-minhas roupas? - perguntou, apontando pro cobertor branco que tapava os dois.

Maxon: Ali - disse, sorrindo, antes de apontar para um trapo no chão. Ele havia rasgado a roupa de baixo dela.

America: Ah - ela examinou o bolo no chão com o olhar por um instante e deu a roupa como perdida. As mãos dele haviam detonado tudo. Se despertou disso quando as mesmas mãos lhe acariciaram o ombro, sutilmente - O que você está fazendo?

Maxon: Estou atendendo o seu pedido - America procurou por sua memória. Não se lembrava de ter pedido nada - Você me pediu, a meses atrás, para tentarmos - America o encarou, lembrando-se - Eu quero tentar.

Ela o encarou por um minuto. Aquele era o seu Maxon. Ficaria bonito para cara dela, dizer que sim, facilitar as coisas, depois o demônio voltar, e tudo ficar perdido.

America: E se eu não quiser mais tentar?

Maxon: Bom, então continuaremos nesse chove-não-molha - admitiu, erguendo as sobrancelhas.

America: Certo, então - ela olhou para frente, pensando - E, segundo os seus planos, o que eu devo fazer agora?

Maxon: Hum... - ele fingiu estar pensativo, enquanto esfregava os olhos - Você deve me dar um beijo de bom dia - respondeu, rouquinho de sono, olhando ela, com um sorriso de canto no rosto.

America fez uma careta. Maxon riu, e após tocar o rosto dela com a mão, a beijou docemente. E ali estavam os dois. Havia carinho, paixão, perdão, talvez até amor neles.

Os minutos se passaram, e aquele beijo não acabava nunca. Só fazia se intensificar. A respiração de America já estava pesada enquanto ele prendia ela entre os braços fortes, encostando-a no travesseiro, e deitando-se em cima dela. Ela o abraçou pela cintura, sentindo o peso do corpo dele sobre o seu, e excitando-se com aquilo.

 Ela o abraçou pela cintura, sentindo o peso do corpo dele sobre o seu, e excitando-se com aquilo

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Estava prestes a enlaçar a cintura dele com as pernas, quando bateram na porta.

America: Não acredito - murmurou, antes de suspirar, irritada.

Maxon: Que inferno - resmungou, erguendo a cabeça para porta - QUEM É? - perguntou, e quem quer que estivesse do outro lado da porta, estava em maus lençóis.

Anne: Anne - anunciou-se, e parecia tímida - O Senhor Carter me pediu para apressa-lo, disse que o senhor está atrasando os dois.

Maxon: Diga a Carter que eu mandei ele ir pro diabo que o carregue - pediu, antes de abaixar a cabeça para America, sorrindo. Ela riu, e ele a beijou de novo. Foi aí que interromperam, outra vez.

Carter: Não vou, não - ele deu um murro na porta - Tem dez minutos, do contrário, eu arrombo a porta e te tiro a força - avisou, e os dois ouviram o som das botas de Carter se afastando no corredor.

Maxon desabou em cima de America, que acariciou as costas dele. O mesmo não queria ir, porém, Carter cumpria uma promessa quando fazia.

America: Você precisa ir - avisou, um minuto depois, ainda acariciando-o. Maxon balançou a cabeça negativamente - Precisa sim! - ele negou de novo, ela riu - Eu estarei esperando que volte - ele não negou, mas não se mexeu - Vá! - disse rindo, e empurrou ele pelo ombro. Maxon selou os lábios com os dela uma última vez, e se sentou, pegando o roupão, vestindo-se e rumando pro banheiro, amaldiçoando Carter da raiz do cabelo até o dedo do pé. Ele foi pro seu banho, e America ficou na cama, enrolada no lençol, com sua cabeça afogada em pensamentos.

 Ele foi pro seu banho, e America ficou na cama, enrolada no lençol, com sua cabeça afogada em pensamentos

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Ela passou meia hora deitada. Viu Maxon sair do banho, se arrumar, desejar um bom dia para ela e sair. É, ele estava tentando.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora