Salva outra vez (15)

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Obsidiana:

" Desculpe!" Pediu a rapariga. Surpreendentemente a rapariga que foi contra mim era a Tatiana. Ela olhou para mim e o seu espanto era tanto como o meu. "Eu não acredito. Tu?" Ela questionou surpreendida.

" Parece que o destino quer juntar-nos." Disse, fixando o meu olhar no vestido vermelho que ela trazia.

" Eu devo ter feito alguma coisa muito má a deus para ter que estar sempre a levar contigo." Ela disse.

" Sempre amável e doce. Também gostei muito de te encontrar. " Disse sendo irónico.

" Eu sou doce e amável com quem merece." Ela responde como sempre com a resposta na ponta da língua. Senti o seu cheiro que era tão atrativo.

" Ah é, e eu não mereço. Salvei-te daquela noite e tu nem me agradecestes. E não mereço?" Eu questionei.

" Não te vou agradecer até saber se tiveste algum envolvimento com a morte do homem." Ela gritou para mim. O seu olhar espremia raiva. Eu estava louco por cravar os meus dentes naquele pescoço delicioso, mas não podia fazer. Não até saber qual era a sua ligação com os Kokio.

" Eu salvei-te. O que é que isso tem a ver?" Eu disse.

" Tudo. Eu não vou estragar mais um minuto da minha noite contigo, enquanto posso estar a divertir-me." Ela disse e virou-me as costas. O corpo dela parecia ser desenhado e aquele vestido ainda acentua mais as suas curvas. Ela levanta a mão a um rapaz de azul que olha para ela. A Tatiana dá um passo na direção ao rapaz e eu agarro-lhe o braço.

" Larga-me! O que é que queres?" Ela pergunta agressivamente.

" Não vais ter com o rapaz de azul!" Eu ordeno-lhe.

" O quê? Agora escolhe com quem eu estou ou deixo de estar? Eu acho que não temos tanta intimidade." Ela responde asperamente.

" Ele não é boa pessoa. Para o teu bem, afasta-te dele. É um conselho." Refiro.

" Eu estou lixar-me para os teus conselhos." Ela grita e vira-me as costas.

É tão estúpida! Eu estou a avisa-la e ela vai na mesma. Eu sei que ela está bêbeda, mas, ou menos, que fosse uma bêbeda menos teimosa. E agora tenho que ficar a fazer de baby-sitter. Sim, que se alguém a vai matar. Essa pessoa. Sou eu. Sentei-me no balcão e observei-a dançar com o rapaz. Ela mexia-se de forma sedutora. Sempre que o rapaz lhe tentava tocar, ela empurrava as suas mãos. Estava muita gente a dança e eu perdi-a de vista por um segundo e não a consegui encontrar mais. Onde ela foi? Questionei-me. O rapaz de azul também não estava mais lá. Eu afinei a minha audição para encontrar a sua voz, mas era difícil, estavam muitas pessoas, os sons misturados.

" O gajo é bom, mas bom." Ouço a voz de uma rapariga, possivelmente a conversar com a amiga. Deve estar a falar de mim, de certeza.

" És linda. Podíamos dançar." Ouço um rapaz. Péssimo sedutor.

" Não estou a sentir bem preciso de encontrar o Edu." Reconheço a voz da Tatiana.

" Vem comigo. Eu ajudo-te." O rapaz disse-lhe. O som vinha da saída da discoteca. Eu apresei-me a lá chegar. Saí da discoteca, olhei para uma lado e para o outro e não os vi. Recorri de novo a minha audição. Ouvi a voz do rapaz. Corri em grande velocidade até a esquina da rua. O rapaz de azul estava a levar a rapariga de caracóis para uma carrinha. A Tatiana não parecia estar consciente. Observei-os de longe. Dois homens saíram da carrinha e cumprimentaram o rapaz. Pode ler os seus pensamentos que não eram bons. O homem mais gordo abriu a carrinha branca. Eu aproximei-me tão rápido que eles nem se aperceberam.

" Pessoal! Essa rapariga é minha" Eu afirmei alto e em tom grave. Eles viram-se para mim. O homem baixo e de óculos tirou uma arma do bolso do casaco e apontou-me. Eu apareci atrás dele, ele olhava para ver se me encontrava. Eu agarrei os seus braços e perdi-os atras das costas dele.

" Espertinho. O que é que me ias fazer? Dar-me um tiro." Eu disse.

" Larga-o ou eu disparo!" O homem gordo ordenou-me. Ele apontava a arma á Tatiana. Eu parti o pescoço ao homem de óculos e larguei-o. Ele caiu no chão.

" Já larguei." Disse, fazendo o meu olhar ameaçador. O homem gordo olhou para mim e para o corpo no chão, incrédulo. Direcionou a arma em minha direção.

" O meu trabalho estava feito. Toma a rapariga. Eu não quero problemas." Disse o rapaz de azul ao homem gordo. A Tatiana estava desmaiada, o rapaz de azul a segurava.

" Não há problemas. Eu vou passar o gajo." Disse o homem seguro. Ele apertou o gatilho, mas antes de carregar, eu desapareci da sua frente. Ele ficou confuso. Eu apareci na sua frente e cravei os meus dentes no seu pescoço. Bebi um pouco do seu sangue e parti o seu pescoço para garantir que ele estava morto.

Quando olhei para trás, o rapaz de azul tinha desaparecido. O corpo da Tatiana estava deitado no chão. Tenho que tratar dele depois. Peguei nos dois corpos dos homens e coloquei dentro da carrinha. Retirei uma caixa de fósforos do bolso. Fechei a carrinha. Abri o depósito da gasolina. Acendi o fosforo e deitei-o la para dentro. Antes de a carrinha explodir, sai de lá com a Tatiana.

Levei a Tatiana para uma rua longe dali. Deitei-a no banco de jardim. A pulsação dela estava fraca, ouvia o seu coração bater devagar. A droga que lhe deram era muito forte. Ela vai morrer. Olhei sem sentimento para o corpo bonito daquela mulher. Não posso deixar ela morrer. Arregacei o meu casaco de cabedal preto e desapertei a camisa escura. Os meus dentes aumentaram de tamanho e cravei-os no meu braço. Eu sei que isto é errado. Mas tenho que o fazer. Soltei o meu braço e encostei-o a boca dela. Os seus lábios eram tão delicados. Fiz o possível para que ela bebesse o meu sangue.

O sangue de vampiro cura. Esperei que o sangue fizesse efeito. 

...

Caso estejam a gostar deixem o vosso voto e comentário. obrigado por lerem.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora