O nascimento (181)

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Obsidiana:

A Tatiana estava com muitas dores e fazia força. Eu nunca pensei que fosse tao doloroso ter um filho. Eu estou a entrar em pânico. O meu coração doí de ver o sofrimento no rosto da Tatiana. Se eu pudesse trocar de lugar com ela, trocaria nesse instante.

" Faça força!" A doutora pediu. A Tatiana já não tem quase força nenhuma.

" Não estás a ver que ela já está exausta." Eu gritei para a médica.

" Nós sabemos o que estamos a fazer." A doutora disse-me.

" Devem saber mesmo. A Tatiana está aqui à horas e a criança ainda não nasceu. Bando de inúteis." Eu discuti com equipa medica.

" Calma! Joel! Aiiii!" A Tatiana queixa-se. Eu seguro a sua mão, o seu rosto está transpirado.

" Amor! Vai ficar tudo bem." Eu disse.

" Ou senhor se acalma ou eu vou ter que o pedir você retirar." A doutora gritou para mim.

" Eu quero ver tu pedir-me isso." Eu disse, eu estava bastante nervoso.

" Joel! Estás a deixas-me nervosa. aaaaiiiii!" A Tatiana gritou.

" Desculpa, amor. A culpa é da médica." Eu acusei.

A Tatiana gritou novamente fez força.

" Está quase. Mas um bocadinho, Tatiana." Pediu a doutora.

" Força, amor. Eu estou aqui contigo." Eu disse. Ela continua a fazer força. Eu não a consigo ver sofrer. Ela aperta a minha mão com força, eu fecho os olhos e encosto a cabeça a mão dela, sentido o seu cheiro. Ouço o choro de um bebe, abro instantaneamente os olhos.

" Nasceu." Disse a médica. A Tatiana estava muito cansada. Eu dou um beijo nos seus lábios e eu vou até a doutora. Ela deu-me a pequena bebe para o colo.

Eu nunca peguei, numa criança tao pequena. Ela é linda. Ainda está suja de sangue. Mas é linda. Os seus olhos são  verdes e ela ainda nao tem cabelinho. Eu nunca senti isto antes. É uma emoção tao estranha. Eu dou por mim com as lagrimas nos meus olhos. Eu caminho para a Tatiana e poso-a sobre o seu peito.

" Olha, Tatiana. Como ela é bonita. " Eu disse.

" Mesmo." A Tatiana também está emocionada. Eu dou um beijo na pequena mão da criança. Ela pode não ser sangue do meu sangue, mas eu considero-a minha filha.

Olho para a Tatiana e ela tem a cabeça caída e os olhos fechados. Eu retiro a menina do seu colo. Faço uma festa no rosto da Tatiana. Ela está em processo de transição. Quando acorda já será uma vampira.

Eu olho de novo aquela criança e lembro-me do que Tatiana já me disse varias vezes. Um dia esta criança vai morrer e nós vamos estar cá para ver. Como eu posso perder um filho?

Será a eternidade assim tao boa como eu sempre pensei que fosse? 

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora