Mato ou não mato(23)

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Aconselho a lerem ouvindo esta musica.

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Obsidiana:

A Tatiana tira-me do sério. Eu preciso de uma distração. 

Deito-me sobre o alcatrão da estrada. Tenho os olhos fechados. Sinto um carro aproximar-se a alta velocidade. 

Ouço o condutor carregar no travão. O carro para perto do meu corpo. Deixou-me ficar no mesmo local. Ouço as portas da frente abrirem e fecharem. 

Alguém se aproxima de mim. O rapaz pega a minha mão, possivelmente para ver a minha pulsação. 

Eu agarro-lhe a cabeça com força e cravo os meus dentes no seu pescoço. Depois parto-lhe o pescoço e olho a rapariga que me olha assustada para mim. 

Ela corre para a porta do condutor. Eu corro mais rápido e seguro a porta. Ela recua. A sua respiração está agitada. Eu sinto o medo a sair dos seus poros. 

A minha boca escorre sangue. Eu corro na direção dela e cravo os meus dentes na clavícula dela. Começo a beber o seu sangue. Delicio-me com aquele sabor maravilhoso na minha boca. Como eu gosto disto.

Há um barulho que perturba a minha refeição. Tento não ligar. Mas o barulho não para. 

Parece o choro de uma criança. Deixo o corpo da mulher cair no chão. Eu tinha drenado o seu sangue todo. 

Aproximo-me do carro de onde vem aquele barulho irritante. Abro a porta de trás do carro. Uma criança com três ou quatro olha-me assustada. 

Eu havia morto os seus pais. Eu podia mata-la e talvez eles até tivessem um desconto familiar na entrada no céu. Eu olhava a criança e os meus olhos começaram a brilhar.

" Para de chora!" Eu ordenei e ela parou.

Olhei o seu pequeno pescoço e passei a mão nele. A pele era suave, de certeza que a sua carne era fácil de cortar com os meus dentes. 

Eu ainda estava em dúvida no que fazer. Eu nunca matei uma criança. Eu agarrei-lhe a cabeça. Ele olhava com olhar ingénuo. Os meus olhos começaram a brilhar.

"Vais apagar para sempre da tua memória esta noite." Eu disse e desaparecina escuridão.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora