Entregue ao monstro (97)

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Tatiana:97

Eu encontrava-me sentada na escada da mansão do Joel. Os meus olhos estavam cheiros de água e eu não consegui impedir que elas caiam. Soluços saiam da minha boca. Eu não quero o Monstro longe de mim. 

O Joel pode ser um monstro, mas eu vejo algo de bom, algo que conquistou o meu coração. Há tantos anos que eu construo muralhas em volta de mim para não me magoar, não deixando que ninguém entrasse, não deixando que me apaixonasse. E fui logo apaixonar pelo Joel. Um monstro. Que eu amo. Eu amo-o. 

Finalmente, eu consigo admitir isto para mim. Talvez, tarde de mais. Eu sei é errado, mas eu amo-o. Partida dele está a destrói-me. Eu sinto-me só, abandonada, perdida. O Joel deixou-me na escuridão. Eu quis tira-lo da escuridão e acabei por ficar lá eu. Eu via mudança, eu via bondade nos olhos do monstro, mas eu estava enganada. 

Se ele tivesse bondade não me deixava. Eu sinto frio, mesmo estando calor. A dor é forte no meu coração e a única que eu queria ouvir neste momento era voz forte e rouca do homem dos incríveis olhos azuis.

"Será que ainda venho a tempo de voltar?" Ouço uma voz forte e rouca que eu reconheço de imediato. Inclino a cabeça para cima e vejo o Joel à minha frente, mais lindo que sempre. Só pode ser uma miragem.

" Joel!" Eu exclamo, levantando-me e corro para ele.

Eu abraço-o e o Joel eleva-me do chão. Sinto o cheiro dele de novo é tao bom, é tão confortante. O Monstro posa-me lentamente no chão e nós olhamos nos olhos, os nossos lábios entram em contacto um com o outro. 

Eu tinha saudade dos seus beijos, mesmo que tenha beijado a tao pouco tempo. É um beijo acelerado. Ele chupa o meu lábio inferior com força e sede de desejo. O Joel beija-me o meu rosto, ate chegar a minha orelha e mordisca-a. " Eu amo-te." Ele declara-se. Eu não consegui dizer nada. Eu estou tao feliz e emocionada por ele estar aqui, que as palavras parecem terem desaparecido. 

Eu puxo os seus lábios para os meus e beijo-os como se não houvesse amanhã. As minhas mãos estão na sua cabeça e eu puxo os seus cabelos negros. Nós deixamo-nos andar pela sala, ate eu tropeçar no sofá e cairmos para cima dele. Nós rimos. O Joel está por cima de mim, eu sinto o calor do seu corpo mesmo com a roupa vestida. 

Os nossos lábios voltam a juntar-se e beijam como se fossem arrancar um pedaço um do outro. O Joel passa a mão sobre a minha coxa e o meu corpo arrepie-se. O sofá é muito pequeno para nós e acabamos por cair para o chão. Gargalhadas enchem a sala. Nós estamos um virado para o outro.

"Chiu! A Aurora pode acordar." Nós sentamo-nos. Eu observo-o, ele é um homem tão bonito.

"Então, anda para o meu quarto." Eu olhei os olhos azuis dele e as duvidas que apareceram ao ouvir a sua proposta desaparecem. Eu quero isto. Eu sinto que é o certo. Eu beijei os seus lábios em resposta, o beijo foi ficando mais rápido. Não levantamo-nos, sem parar o beijo. A língua dele explora toda a minha boca. 

Caminhamos para a escada. As mãos dele percorrem o meu corpo. Eu desabotoei-lhe a camisa, subimos alguns degraus. Eu estou de costas e desequilibro-me e nós caímos na escada. Nós rimos. Ele continua a beijar-me e eu correspondo. 

Continuamos a subida, sem paramos os carinhos. Já no corredor, nós encontrava-nos os dois de olhos fechados. Ele conduzia-me, nós fomos contra a parede que tinha um quadro pendurado e este caiu.

" Chiu! Não podemos fazer barulho." Eu disse e segurei o quadro com as costas e o Joel posou-o no chão devagar.

Eu agarrei o seu rosto dele e colei os nossos lábios. Conduzindo-o, mas tinha os olhos fechados e não deu bom resultado, pois fomos contra o móvel e uma estatueta caiu, fazendo algum barulho.

" Boa, Tatiana. Lembra-me de te ensinar o significado de silêncio." O Joel reclama em voz baixa e eu não consegui evitar o riso.

" Apanha isso!" Eu sussurrei.

" Deixa isso no chão, ou menos ai não faz barulho. E depois nós temos coisas melhores para fazemos." O Joel disse e rodeou os seus braços na minha cintura, puxando-me mais para ele. Senti o seu cheiro novamente, o corpo dele colado ao meu fez-me tremer. O Monstro olhou-me intensamente, eu passei a minha mão por seu rosto prefeito. 

Olhei os seus olhos azuis e vi o amor que ele me olhava. Raspei os meus lábios nos dele e volta-nos a beijar-nos. Um beijo acelerado, cheio de desejo e atração. Os nossos corpos imploravam o contacto um do outro. Nós entramos no quarto dele e afastamo-nos. Eu observo o quarto dele, enquanto ouço-o trancar a porta, atras de mim.

 É um quarto antigo como os outros, a cama era de madeira escura e trabalhada, a colcha era bege. Havia um roupeiro grande e uma comoda, também de madeira trabalhada. Os cortinados da enorme janela eram também beges e grossas. 

Havia uma porta que dava para a casa de banho. Nunca tinha imaginado o quarto do Joel e se imagina-se não era assim. Imaginaria o quarto, talvez em tons de preto.

O Joel abraça-me por trás e vira-me para ele. Ele passa a mão no meu rosto e eu sinto a toque áspero da sua mão na minha cara que me faz fechar os olhos de imediato.

" Eu amo-te, minha Caracolinhos." Eu sorri ao ouvir a declaração. Adoro a forma carinhosa com que ele me chama Caracolinhos.

Eu abro os olhos e encaro o sorriso lindo dele e os seus olhos azuis brilhantes que fazem-me perder. Eu preciso de sentir novamente o contacto dos seus lábios em mim. Eu puxo a sua camisa já desabotoada para mim, fecho os olhos, os seus lábios tocam os meus e eu estou pronta para me entregar ao Monstro. 

O Joel coloca as mãos no meu rabo e aperta. Ele sobe as suas mãos, passa-as por dentro da minha camisola de alças. Eu arrepio-me. Ele puxa-a para cima devagar, ela passa pelo meu pescoço. Sinto o seu olhar fixo no meu corpo. 

Eu retiro também a sua camisa e admiro o seu tronco incrível. As nossas respirações estão pesadas. As minhas mãos vão até o seu peitoral e exploro o seu corpo. Eu vejo o efeito desse contacto nele. Eu aproximo e os nossos lábios brincam novamente um com o outro. Ele encaminha-me para a cama e nós caímos sobre ela. O Joel está por cima de mim. 

O Monstro afastou-se um pouco e observou o meu corpo. Passou a mão sobre a minha barriga e depositou beijos molhados, o meu corpo vibrou, como se a espera-se isto muito tempo, muito mais tempo do que o conheço. 

Os beijos chegam o meu peito e ele tirou o meu soutien e continuou os beijos. Eu puxava os seus cabelos. Sentia a eletricidade percorrer os nossos corpos quase unidos. Quando dei por mim ambos estamos sem roupa e os nossos corpos colados um no outro. 

Continuávamos os carinhos entre nós. Os nossos corpos emergiam uma energia, uma energia poderosa, a mesma energia que eu sinto desde da primeira vez que o vi, naquela rua escura. A energia que puxava para ele, só que agora está muito mais poderosa do que nunca. Eu sinto-o entrar dentro de mim e despertar prazer no meu corpo. 

Os nossos corpos estavam unidos como um só. Eles encaixavam perfeitamente, como se nos completássemos. O Joel desperta todas as minhas células. Ele movimenta-se fortemente e aceleradamente, fazendo-me quase desmaiar de prazer. 

O Monstro leva-me às estrelas, faz-me encontrar o final do universo. E quando ambos chegamos ao nosso pico de prazer, caímos no sono. Deixando os nossos corpos transpirados e entrelaçados. A minha cabeça descansa sobre o peito dele e os braços dele abraçam o meu corpo, impedindo que me mova. 

...

Este capitulo é um capitulo muito esperado por vocês e espero que tenham gostado. Marca também um novo ciclo na historia, onde o Joel e a Tatiana estão juntos, mas não serão um casal normal, prometo.

Não é o fim, porque muitas coisas ainda estão por acontecer e muitos mistérios serão desfeitos.

Obrigado por ler. Não se esqueçam de deixar o vosso voto e opinião.

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