Nervos e mais nervos (178)

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Edu:

Eu estava na frente ao espelho. Observa criticamente o meu aspeto.

" Nádia! Este laço está horrível. Eu tenho estar prefeito." Eu desfiz o laço mais uma vez.

" Calma, Edu! O laço estava bem feito. Dá ca." Ela tira-me o laço e começa a faze-lo. Eu estava vestido com um fato branco.

" Eu estou tão nervoso, mas tão nervoso que parece que o coração me vai saltar pela boca." Eu disse, olhando a Nádia que já estava maquilhada e vestida. Ela estava muito bonita. Ela e o Rui vão ser os meus padrinhos. Eu escolhi-lhe o vestido.

" Edu! É só um casamento, não precisas de ficar assim." Ela tentou acalmar, mas é impossível acalmar-me.

" Eu quero ver quando for o dia do teu casamento com o Rui." Eu disse-lhe.

" Nós ainda não pensamos em casamento. Primeiro queremos acabar os nossos cursos, arranjar a emprego e depois é que casamos e temos filhos. Eu gostava muito ter filhos." Ela conta e acaba o laço.

" Agora, acho que está bom." Eu olho-me novamente ao espelho. Dá-me ai o meu perfume." Eu pedi.

" Toma." A Nádia deu-me. Eu pus o perfume.

" O meu perfume francês. O meu pai nem um meu perfume deixou levar." Eu disse triste, não é pelo perfume, mas pelo meu pai. Eu sinto a falta dele. O meu pai pode ter todos ao defeitos do mundo, podia estar sempre a dizer para eu arranjar uma namorada. Mas ele é meu pai e eu gosto dele na mesma.

" Ainda estás magoado com o teu pai?" perguntou-me a Nádia e olhei para ela.

" Ele é meu pai. Eu gostava que ele viesse ao meu casamento." Eu disse.

" Pode ser que ele ainda apareça." A Nádia deu-me alguma esperança.

" Não. Eu mandei um convite para os pais e a minha mãe ligou a dizer que o meu pai não vinha e que ela também podia vir." Eu expliquei.

" Não fiques assim. Um dia ele vai intende-te, tenho a certeza. Hoje não é dia para pensares em tristezas. Hoje é o teu dia e tenho a certeza que vais ser muito feliz." Ela disse sorridente. Eu abracei a Nádia.

" vá, agora vamos. Eu não quero chegar atrasado. Ainda o Jean desiste do casamento." Eu caminhei para a porta.

" O Jean desiste, isso era impossível. Vê-se que ele ama-te muito." A Nádia esclareceu.

" Mas vamos na mesma." Eu disse nervoso.

Fomos de carro atá a herdade. O Rui estava connosco. Eu estou ansioso, só espero que tudo corra bem. Eu combinei com o Jean que ele esperaria no altar e quando a marcha nupcial começasse, eu entraria. Nós não podemos casar na igreja, mas fizemos um altar no meio de um campo relvado. Está tudo decorado de branco, há uma passadeira vermelha e cadeiras para os convidados se sentarem. A Nádia abriu a porta do carro.

" Eu e Rui vamos para o altar. Esperamos lá." Ela disse e senti o estomago embrulhar-se de tantos nervos que eu sentia.

" também. Eu estou tao nervoso." Eu disse, ela deu-me um abraço.

" Vai correr tudo bem." Ela disse.

" Boa sorte, Edu." O Rui disse-me sorridente.

Eles caminharam para o interior do herdade. E eu continuei ali, a sentir um friozinho na barriga horrível. Só espero que o Jean já lá esteja. E se ele se arrependeu. Não ele não se ia arrepender, ele gosta de mim.

" Eduardo!" Eu ouço uma voz masculina atras de mim. Eu olho.

" Pai!" Eu exclamo surpreso. Eu vejo a minha mãe um pouco atras.

" será que é tarde para eu pedir desculpa." Ele disse-me.

" Não, nunca é tarde." Ele abriu os abraços para mim e nós caminhamos um para o outro e abraçamo-nos.

" Desculpa, Eduardo. Eu devia ter-te aceitado como és. Se és feliz com um homem, quem sou eu para o impedir isso." ele disse e eu emocionei-me.

" Está desculpado, pai. Eu amo o senhor muito." Eu disse e não consegui conter as lagrimas. Ai! A minha maquilhagem!

" Eu também te amo, meu filho. Da maneira que és. A casa está tão vazia sem ti." Ele disse. Eu ouço a marcha nupcial.

" Eu tenho que entrar." Eu disse, contente por o meu pai estar aqui.

" Será que eu posso levar ate ao altar?" Ele pediu. Eu sorri.

" É claro pai." Eu limpei as lagrimas e abracei também a minha mãe. Tenho a certeza que ela foi a culpada desta mudança radical do meu pai.

Eu vi Jean no altar. Ele está surpreso pelo meu pai estar ao meu lado. Ele sorriu para mim e eu também sorri para ele. Eu estou tao feliz.

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Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora