O ataque da vampira (123)

50 7 2
                                    

Sam:

Entrei no lince, e fui em direção ao rapaz de olhos verde e rosto fofinho.

" Fofinho, serve-me uma vodka?" Eu disse ao Rui.

" Já te disse para não me chamares assim." Eu disse com cara de mau. Adoro os que se fazem de maus.

" E eu já te disse que te chamo como eu quiser." Eu enfrentei-o. " E não te esqueças que me deves o favor." Eu referia-me aquela noite que eu lhe abri os olhos relação a Nádia.

" Não me lembro de te pedir nada." Eu adoro este jeito desafiador deste humano. É tao fofo que até dá vontade de lhe por um coleira e leva-lo a passear.

" mas vais pedir. Olha quem acaba de entrar." Eu senti o cheiro doce e enjoativo que vinha da porta. Tinha a certeza que era a Nádia.

Ele olhou para a porta, com aquele olhar de cãozinho abandonado.

" eu não preciso da tua ajuda." Ele respondeu com alguma arrogância.

" tudo bem, vai lá correr atras dela. Para ela te dar outro pontapé no cu." Ele não me respondeu e sai de traz do balcão. Um dia ainda lhe ensino o sentido da vida a este rapaz.

Levanto o meu olhar e cruzo com uns olhos verdes de um rapaz mulato. Ele estava vestido com a frada do Lince, pode concluir que trabalhava aqui.

Ele desviou o olhar do meu, assim que se apercebeu que eu reparei que ele me olhava.

Eu sentei no banco perto dele, também ao balcão.

" Eu conheço-te." Eu disse para o rapaz atraente. Tentava entrar na sua mente e ler os seus pensamentos.

" deves estar a fazer confusão." Ele disse um pouco nervo.

Ele foi o meu jantar um dia deste, nem sei porque que o deixei vivo.

" não, não estou. Eu conheço-te, tu não te lembras. Mas vais lembrar." Os meus olhos começaram a brilhar e eu tentei faze-lo lembrar do nosso encontro. Sei que ele vai ficar medo de mim. " já te lembras de mim?" eu perguntei.

" lembro, agora tenho que trabalhar." Ele disse rapidamente, não consegui perceber se ele estava com medo ou só com pressa. Não consigo ler a mente dele, é estranho.

Ele ia sair de trás do balcão, mas eu coloquei-me a frente dele, impedindo-o.

" E onde nos conhecemos?" eu perguntei.

" Eu tenho que atender aquelas mesas." Ele parecia aflito, mas não parecia que se lembrasse de mim.

" Não, não tens. Vais dançar comigo." Eu posei a bandeja que ele tinha na mão e puxei-lhe pela mão até a pista de dança.

A música que tocava era um kizomba, eu coloquei os meus braços sobre os seus ombros. Ele estava desconfortável.

" O que é que se passa? Tens namorada?" Eu perguntei por perguntar. Eu sei que algo errado com aquele rapaz. Preciso de descobrir.

" Sim, tenho. Nós não devíamos dançar. Eu tenho que trabalhar." Ele tentou soltar-me de mim, mas eu puxei-o ainda mais próximo de mim.

" Pois é, mas como resistir a uma mulher como eu." Disse de forma sedutora.

" Realmente, és muito bonita, mas eu tenho que trabalhar." Ele pareceu mais decidido. Ele colocou a mão na minha cintura e empurrou-me.

Eu coloquei as minhas mãos em volta do seu pescoço e apertei. Ele parecia incomodado. Encostei a minha boca á sua orelha.

" Eu acho que não estas a lembrar de mim. Mas eu vou fazer-te lembrar. A semana passada, tu estavas na cidade a seguir a nossa, já era de madrugada, tu encontravas-te sozinho, provavelmente voltavas para casa. Os nossos caminhos cruzaram-se e eu cravei os meus dentes no teu pescoço forte e mulato. Lembraste agora?" Ele manteve um expressão séria.

Eu arrastei até ao corredor da casa de banho.

Encostei a parede e coloquei as minhas mãos sobre o seu peito atlético.

" Parece que vou ter que terminar o serviço que terminei comecei." Eu disse e sendo bastante rápida cravei os meus dentes no pescoço do rapaz. Este soltou um gemido sofrido de dor.

" Larga-o!" Eu ouço a voz do fofinho. O que é que ele veio para aqui fazer?

" Vai-te embora!" Eu ordenei-lhe. Os meus olhos estavam brilhantes, os meus dentes caninos aumentados e as veias da minha cara viam-se, mesmo isso não assustou.

" Não." ele enfrentou-me e decidi mudar de presa e ataquei o Rui. Ele usava a pulseira eu não o podia hipnotizar, mas poderia beber todo o seu sangue.

Os meus dentes aproximavam-se no seu pescoço e estava decidida acabar com aquele projeto de humano irritante.

Sinto algo espetar-se no meu braço, eu largo-o, sem percebe o que está acontecer. A minha vista fica turva e sinto o chão aproximar-se da minha cara.

"castt->

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora