Vingança (34)

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Foto do jipe do Joel

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Foto do jipe do Joel.  

Obsidiana:

Encontrava-me sentado no tejadilho do meu jipe preto. Estava na beira de uma estrada. Refletia sobre o que a Tatiana me contou sobre o Cláudio. Eu revia-me nela. Só que eu não me deixei levar pelos sentimentos. Eu soltei o monstro que havia dentro de mim. Talvez seja por isso que não sentir culpa, embora saiba que sou culpado.

Tudo passou-se aqui, há seis anos atrás. Eu fiz o carro do Kokio parar. Eu sabia que eles vinham. Eu sabia que eles iriam apanhar o avião para New York, eles iam atrás de mim. O que eles não sabiam era que eu estava aqui. Sempre estive, esperando momento certo para atacar. E aquele foi momento certo. O carro parou no meio da estrada, depois de eu atirar um tronco para cima do capô do carro. O Kokio saio do carro. Eu observo-o, mas ele não me via. O Kokio Júnior saiu, de seguida.

" Volta para o carro, Cláudio." O Kokio ordenou-lhe.

" Não, pai. Eu quero ajudar-te." O Kokio júnior afirmou.

O Jorge olhava para todos os lados. Eu apanhei o Kokio júnior e afastei do carro com uma rapidez tão grande que o Kokio só se apercebeu quando, o Cláudio estava nos braços. O Jorge olhou para mim e apontou-me uma arma. Aquela não era uma arma normal, disparar balas de prata que me podiam ferir.

" Larga o meu filho ou eu disparo, Obsidiana!" Ele disse rudemente.

Eu cravei a minha mão no peito do Cláudio e arranquei o coração dele, enquanto observa o Kokio. Deixei o corpo cair no chão. O olhar Kokio transpareceu a raiva e magoa pelo que eu fiz ao filho. Ele tenta disparar contra mim, mas eu consegui fugir sem ser baleado. Levando o coração do Kokio Júnior. 

O Jorge correu para o filho e abraçou-o. Eu escondi-me e observei-o. Vi as lágrimas, os gritos, o choro, desespero no Kokio. E ai senti o sabor de vingança. Ele agora poderia sentir o que eu senti. Agora saberia o que é solidão. Saberia o que é estar rodeado de pessoas e continuar a sentir-se só. Saberia o que é acordar todas noites com aquelas imagens na cabeça. Saberia o que é não poder estar mais com as pessoas que amamos. Ele sofreria em dobro do que eu sofri. E foi assim que eu me senti vingado. 

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora