Malas feitas (47)

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Obsidiana:

Entrei no meu quarto.

"Jean!" Eu gritei.

" Passa-se alguma coisa, meu amo?" Ele perguntou aparecendo à porta do meu quarto.

" Faz-me as malas para dois ou três dias." Eu disse. Ele foi imediatamente em direção ao roupeiro.

" Vamos viajar, meu amo?" Ele perguntou.

" Não. Eu vou viajar, tu ficas." Eu esclareci.

" E onde vai o meu amo sem mim?" Ele perguntou.

" A Córdova. Vou ajudar a Tatiana a encontrar a miúda." Eu expliquei novamente.

" Vai ajudar a menina Tatiana. E depois diz que não gosto dela." Ele constatou.

" E não gosto." Eu declarei.

" Claro que não. Você é monstro sem sentimentos." O jean fala e escolhia a roupa. "Nem se preocupa com a menina Tatiana. Não, vai lá só por ir. Não conhece bem a cidade, nem nada. Só teve lá, pelo menos 120 vezes. Não deu conhecer a cidade." Senti o forte ironismo nas palavras do Jean. A ironia na conversa do Jean estava a irritar-me.

" Ou te calas ou eu arranco-te a garganta e como-a ao jantar." Eu ameacei.

" Jesus! Meu amo! Não precisa de ser tao agressivo!" O Jean reclama.

" Dá cá isso e vai abrir a porta." Eu disse tirando as camisas da sua mão. A campainha logo de seguida tocou. 

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora