O começo de uma grande amizade (71)

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Tatiana:

Eu entrei na discoteca com o Edu. A conversa com a Aurora fez-me relembrar da primeira vez que entrei num sítio como este. Eu estava eufórica. Eu e Cláudio entramos. Eu não podia entrar, porquê era menor, mas não nos pediram identificação. Eu tinha quinze anos, mas aparentava ter mais idade. O Cláudio foi comprar bebidas. Ele comprou um coca-cola para mim e uma vodka para ele. Ele aproximou a sua boca do meu ouvido.

"Queres provar?" Ele perguntou sem maldade. Eu nunca tinha provado uma bebida alcoólica. Eu sabia que se disse não, ele não ia insistir, mas eu queria provar, tinha curiosidade. Eu peguei no seu copo e dei um gole.

" É forte, mas é bom." Dei outro gole.

" Agora, não exageres." Ele avisou-me.

" Não me digas que só tu podes beber." Resmunguei. Ele abraçou-me.

" Por acaso sim. Tu és menor, não podes beber." Ele disse-me.

" E tu és maior de idade, não podes namorar com uma menor." Eu disse brincando.

" Vamos esquecer isso." Ele disse rapidamente com aquele sorriso lindo.

" Ótimo!" Eu disse e coloquei o copo de vodka novamente a boca. " Vamos dança?" Eu perguntei-lhe.

Nós fomos mais para o meio e dançamos muito, trocávamos alguns beijos apaixonados. Eu bebi mais e o Cláudio ainda bebeu mais que eu. Nós estávamos a divertir tanto. Eu nunca tinha bebido e não foi preciso muito para ficar bêbeda, o Cláudio era mais resistente do eu, mas bebeu mais que eu e tem estava alegre. Já era tarde, eu nem dei pelas horas passarem.

Quando saímos, a noite estava calma. Nós andávamos abraçados, o Cláudio tinha o braço por cima dos meus ombros e tínhamos os dedos entrelaçados. Riamos de tudo e de nada. De repente, eu lembrei.

" Os meus pais vão-me matar! Já viste que horas são!" Eu disse.

" O melhor é nem ires para casa." Ele recomendou-me. Eu parei.

" Estás parvo? Assim é que fico de castigo para o resto da vida." Eu disse rindo.

" E se fosses para minha casa. Podias dizer aos teus pais que ficavas a dormir na casa da Nádia." Ele propôs com as mãos na minha cintura e dava-me pequenos beijos no pescoço que me deixavam arrepiada.

" Para! E o teu pai?" Eu perguntei.

" Ele não está cá este fim de semana." Ele continuou os beijos que faziam arrepiar tanto.

Talvez se eu não estive bebido, eu não tivesse aceitado. E se eu não tivesse aceitado, a Aurora nunca tinha nascido. Foi naquela noite, nós estamos muito bêbedos e a atração entre nós era muito forte. Acabamos por nos esquecer de nos proteger. No dia seguinte, eu não consegui lembrar se tínhamos usado preservativo ou não e o Cláudio também não. Como o Cláudio era sempre tao cuidadoso com essas coisas, pensei que ele não se tivesse esquecido. Foi uma das melhores noites da minha vida.

" Toma. Era coca-cola que querias, não era?" Pergunta-me o Edu, estendendo-me o copo, tirando-me dos meus pensamentos.

" Era assim. Obrigado." Eu aceitei. " Então e a Nádia? Desistiu? Não disseste que ela vinha aqui ter?" Eu questionei.

" Ela deve estar ai a chegar." O Edu disse, um pouco comprometido.

" É impressão minha ou estás a esconder-me algo?" Perguntei, mas logo me apercebi o que se passava. A Nádia acaba de chegar com o Joel e o Jean. Eu não acredito que a Nádia o convidou. Eu disse-lhe para ela ficar longe dele. Parece que está cega.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora