Mais que uma amizade (95)

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Jean:95

Sinto a minha cara molhada, limpo-a com a mão. Tenho tanto sono. Sinto novamente a cara molhada e limpo-a. Tenho os olhos fechados, ainda deve ser cedo. Ontem, fui com o Edu a uma discoteca e deita-nos tao tarde. Devia ser uma da manhã. E só viemos aquela hora, porque hoje íamos a praia. Tenho tanto sono. Sinto a mesma sensação novamente, viro-me de barriga para cima. Que sono que eu tenho. Estou quase a voltar adormecer, quando ouço um ladrar de um cão. Assusto-me e dou um salto na cama. Assusto-me novamente quando vejo um cão sujo, pulo e de língua de fora, em cima da cama.

" Como é que vieste aqui parar?" Perguntei aquela criatura pequena. Eu levantei e saí do quarto, aquela animal pequena e pulo veio atras de mim.

" Meu amo! Meu amo!" Eu gritei pela casa. Desci as escadas. Ouço a porta da rua abrir.

" Ainda não cheguei a casa e já te ouço a chamar por mim." O Joel olha para o cão. " Estou a ver que já estás a familiarizar com o novo habitante da casa." Disse o meu amo.

" Novo habitante da casa! Foi o meu amo que trouxe esta criatura aqui para casa?" Eu perguntei estranhando a atitude.

" Não. Foi a Tatiana. Ela encontrou-o e quis traze-lo." O meu amo esclareceu.

" E você deixou?" Eu perguntei abismado.

" Qual é o problema? É só um cão. E parece gostar de ti." O Joel afirme. O cão não para de olhar para mim.

" É só um cão. Eu quero ver quando ele começar a destruir a casa inteira." Eu constatei.

" Que exagero! O cão é tão pequeno." O meu amo disse-me.

" Sim, mas vai crescer. Eu quero ver se meu amo vai dizer a mesma coisa quando ele começar a roer a sua cama e outros móveis e a fazer xixi no tapete." Eu disse nada satisfeito com a presença do cão.

" Chega, Jean. A Tatiana quis trazer o cão e o cão fica. Não me chateeis mais com isso." Ele terminou a conversa. Depois não está apaixonado pela menina Tatiana. O meu amo foi preparar um whiskey, ele pareci tenso. Decidi mudar de assunto.

" Onde o meu amo foi tão cedo?" Eu perguntei.

" Fui a mansão do Kokio." Ele respondeu.

" O meu amo está maluco!" Eu exclamei.

" Eu ia mata-lo, mas a casa está protegida e eu não tinha poderes. Era a oportunidade ideal para o Kokio matar-me, mas ele não o fez." O meu amo contou.

" Ainda bem, meu amo." Eu afirmei.

" Porque é que ele não o fez? Tem que a ver uma explicação?" O Joel questionou. A menina Tatiana desce as escadas e o meu amo olha para as escadas. Eu percebo que acabou a conversa.

" Bom dia!" Desejou a menina Tatiana. O cão largou as minhas pernas e correu contente para a ela.

" Bom dia!" Eu respondi e olhei para os olhinhos de meu amo a brilharem ao darem o bom dia a menina Tatiana.

" Então, pequenino. Como te estás a adaptar a casa?" A Tatiana perguntou enquanto fazia-lhe várias festas ao cão. " Jean, espero que não te importes por eu ter trazido o cão. Será por pouco tempo, eu vou começar hoje à procura de uma casa." A Tatiana comunicou.

" Tatiana, eu já disse que não é incómodo nenhum e que podes ficar aqui em casa. Porque é que continuas com essa ideia?" O meu amo respondeu por mim.

" Eu já te disse que não quero ficar aqui a viver. Tens que respeitar a minha escolha." A menina Tatiana disse-lhe.

" Bom dia! Um cão?" A menina Aurora desce as escadas de pijama e o cão vai na direção dela. " De quem é?" Ela perguntou.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora