Até o final começar (111)

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Joel:

Levei a Tatiana a passar de barco. Ela adorou.

Eu já tinha este dia planear á muito tempo. E embora o percalço do restaurante até esta tudo a correr bem.

Ela observa a passagem, o rio imenso e lindo. Mas não tao lindo como o sorriso dela.

Ela apercebesse que eu estou a olhar para ela.

" O que é que foi?" Ela pergunta incomodada.

" Nada. Estava só a observar a namorada mais linda do mundo."

" E posso saber onde está se rapariga? É que eu sou muito ciumenta." Ela brinca.

" Está bem á minha frente." Eu aproximei os meus lábios colaram nos dela e beija-nos.

Nós separamos os nossos lábios.

" Tenho uma coisa para te perguntar, algum tempo, mas tenho-me esquecido do fazer." Ela disse. Ela segurou o colar que eu lhe dei. Tinha-o no pescoço. " Que pedra é esta?"

" É uma obsidiana." Esclarecia.

" bem que o Rui disse isso."

" A minha família era portadora de uma mina de obsidianas. É essa a origem do meu nome."

" Porque? Porque que deste o colar? Nós odiávamo-nos."

" Não sei. Tive vontade de te dar. Sabes que eu sempre agi por impulsos? Talvez eu já te amasse sem saber."

Ela sorri.

" Eu gostei logo do colar. Foi como se soubesse que tinha sido uma pessoa especial a dá-lo. Mas naquela altura se soubesse que tinhas sido tu a dar-mo, tinha deitado fora no primeiro caixote do lixo que visse."

" Fui por isso que eu te dei em anonimo."

Nós continuamos a conversar. Eu estava sentado e ela estava sentada entre as minhas pernas. Nós estávamos em silêncio e admirávamos o por do sol.

" Joel!"

" Diz"

" Eu sei que não é momento, mas eu preciso de saber." Ela virou-se para mim. " Quais são as coisas que eu não sei sobre ti e o Cláudio? Vocês já se conheciam?" o meu coração apertou.

Eu não queria contar-lhe, mas sei como ela pode ser insistente.

" Digamos que tivemos algumas divergências."

" Divergências como?"

" Tatiana, eu não estou preparado para falar contigo sobre isso." Eu levantei-me e fui até a beira do barco.

" Porque? O que é que se passou?" Eu olhava o horizonte. A Tatiana aproximou-se. Eu relembrava todos os conflitos que eu tive com aquela família. A morte da camila, a morte da aurora e a morte do Cláudio.

Mesmo que eu lhe explicasse o motivo que me levou a matar a mãe e o filho kokio. A Tatiana nunca iria perdoar o que eu fiz.

Mas eu preciso de lhe contar, se ela fica a saber por outra pessoa será pior.

Não é agora, eu preciso ter a certeza que ela me ama e que consegue-me perdoar.

" Muita coisa, Tatiana. Mas dá-me tempo. Eu quero contar-te, mas não agora. Dá-me tempo."

" Fui algum muito sério, pelo teu estado. Eu vou dar-te esse tempo. Quando quiseres contar conta." Ela conclui.

Eu puxei-a para mim e abracei-a. Não estava a espera desta reação da Tatiana. Pensei que ela fosse fazer pressão para que eu lhe contar.

Desembarcamos perto de Sintra. Jantamos num restaurante simples.

Quando saímos do restaurante, caminhávamos de mãos dadas.

" Vamos para casa?" Ela perguntou. Ainda eram dez e meia.

" Jaaaaaá! Cinderela, o nosso dia só acaba a meia-noite."

" Ah é. E para onde vamos, agora, príncipe encantado?" ela perguntou.

" Príncipe não. Porque eu acho que os princeses não iriam gostar de ir a um discoteca, beber um copo. Vamos?"

" hoje, tu é que mandas." Ela disse e eu beijei os seus lábios.

Entramos numa discoteca que estava cheia. Eu fui até ao balcão trazendo a Tatiana pela mão. Estava cheio de sede.

" Joel! Eu tenho que ir a casa de banho."

" Vai lá, eu vou pedir alguma coisa para beberemos." Nós despedimo-nos com o beijo e eu fui até ao balcão.

" Boa noite! Quero uma garrafa de vodka." O empregado olha para mim desconfiado. Não deve perceber português.

"Tu não percebes, quero uma garrafa de vodka?" Eu repeti.

" Uma garrafa?" Questionou o empregado.

" Sim, não percebes português?" Eu disse um pouco irritado.

O empregado trás a garrafa, e disse o valor da garrafa.

Eu puxei-lhe a camisa, os meus olhos começaram a brilhar. "Esta garrafa és tu pagas." Disse.

Peguei na garrafa e fui ter com a Tatiana que entretanto já tinha saído da casa de banho.

" Uma garrafa de vodka." Ela disse olhando para a garrafa.

" ou é para nos divertir ou não é divertimos?" eu disse.

" Também, mas uma garrafa é muito."

" Não te preocupes. Eu bebo o que não conseguires beber. Já estou morto de qualquer maneira." Eu brinquei.

A Tatiana tira-me a garrafa, abri-a e dá golo. Deixando-me admirado. Ela está sempre a surpreender-me, eu pensei que teria que a obriga-la a beber.

Começamos a dançar de forma sedutora e muito divertido. Trocamos alguns beijos. A Tatiana é tao linda.

Eu nem dei pelo tempo passar. Já tínhamos despejado a garrafa de vocka e embora a Tatiana tenha bebido pouco já se fazia notar o efeito do álcool.

Ela tira o telemóvel do bolso dos calções.

" 5 da manhã!" Ela exclama. Começa a bater-me. " Disseste que o nosso dia acabava a meia-noite. Amanhã, eu tenho que ir trabalhar. Ou hoje." Ela tentava fingir que estava chateada, mas não consegui evitar o sorriso.

Eu agarrei-lhe os braços e puxei-a para mim.

" Vais dizer que tens vontade de ir para casa?" Perguntei, olhando-a fixamente.

" Não. Mas devia de ir."

" Quem falta um dia, falta dois."

" Joel!" Eu beijei-a, não deixando ela acabar.

Já estava farto daquele sítio e decidi levar a Tatiana para outro sítio.

Entramos no meu jipe preto.

" É agora que vamos para casa?" Ela pergunta.

" Não."

"Ok." Ela disse e aumentou o som do radio.

O dia estava a amanhecer. Paramos num despenhadeiro. O sol estava a nascer e sentamos no chão.

Ela estava sentada no meio das minhas pernas.

" Eu nunca tinha visto o sol nascer, é lindo!" ela exclama.

" não mais lindo que tu." Eu disse e ela sorri.

O sorriso desfez-se e ela olhou para mim séria. Fez-me uma festa na cara.

" Eu amo-te, Joel." Ela disse. Os meus olhos arregalaram-se, em resposta a sua afirmação. Eu olhei os dela. Soou tao sincero.

" Eu também te amo." Eu disse e selamos o nosso amor com um beijo.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora