A preparação do funeral (120)

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Edu:

Eu acordei, com um cheiro estranho. Estava no meu quarto. Levantei, senti uma forte dor de cabeça.

Caminha até a minha secretaria, onde encontrava-se uma bandeja, com um prato tapado por cima.

Senti fome e destapei o prato. Havia um copo de sangue. Eu deixei cair a tapa do prato e recuei. Embati em alguém.

Era o jean, ele tinha o rosto sujo de sangue.

" Alguma hora terás de beber." Ele estendeu-me o copo de sangue.

" Nãoooo!" Eu gritei e sai a correr do quarto. Cheguei a sala, havia corpos mutilados por todo o lado.

Eu deitei as mãos a cabeça. Meu deus!

Eu caminhei pelos corpos.

" Edu! Eu guardei um para ti." O Joel disse segurando um pobre rapaz pelo braço.

" eu não quero." Eu disse firme e virei-lhe as costas.

Ele apareceu a minha frente com o rapaz.

" não vais dizer não. Olha para o seu pescoço." O Joel segura o rapaz mostrando-me o seu pescoço. " olha para a sua veia, vê com ela desce e sobe." Eu estou fixo nela. " ouve o sangue correr na sua veia." Eu engoli em seco e fechei os olhos. Eu consegui ouvir. " Basta uma dentadinha." Os meus movimentos são reflexos e os meus dentes cravam-se no pescoço do pobre rapaz.

Eu não consigo controlar-me, e sangue sabe tao bem. Quando o sangue acaba, e apercebo do estou a fazer. Largo o rapaz e ele cai no chão sem vida. " não." Eu abaixo-me e abano o rapaz para que ele acorde.

" nãooooooooo!" eu grito e acordo. Percebendo que foi só um sonho.

A Tatiana entra no quarto.

" Edu! Estás bem?" Ela pergunta.

" Eu tive um sonho horrível. Eu não quero matar ninguém, tati."

" não vais matar, Edu. Eu estou aqui contigo." Ela disse e sentou-se na cama. " Mas vais ter que beber o sangue. Senão morres." Ela aconselhou-me, enquanto me abraçou. Eu apertei-a, sentia tanto medo.

" Eu já disse que prefiro morrer. Eu não quero ser um vampiro." Eu soltei-a e deitei-me e tapei-me com os cobertores. As lagrimas estavam nos meus olhos.

" não digas isso, Edu. És muito novo para morrer. Eu já disse que vou-te ajudar."

Eu sentei-me.

" é muito fácil para ti. Não tornastes num vampiro." Eu acusei-a.

" eu sei que não é fácil, Edu. Mas não podes desistir assim da vida. Onde está o Edu guerreiro que eu conheço?" eu perguntou.

" morreu quando tive aquele estupido acidente. O que vês aquilo, é apenas o corpo. Agora, deixa-me morrer em paz." Eu pedi.

" fica sabendo que eu não vou deixar. Tens três horas para te disserias a beber o sangue a bem, senão o vou obriga-te a bebe-lo."

" Podes até tentar, podes ate consegui que eu beba. Mas eu de seguida irei matar-me. Certamente, haverá uma maneira de morrer. Eu vou descubri-la, ou eu não me chame Eduardo da Conceição Henriques"

" Edu! Não fales assim." Ela pede-me. eu segurei a mao dela.

" Fica a saber que eu perdoou-te por teres feito de propósito para eu encontrar o jean aquela noite. eu não quero guardar magoas, Tatiana. Sabes que para mim és uma irmã. Aceita a minha decisão, é mais fácil. Eu não vou mudar de opinião. Agora tenho que despachar?" Eu levantei-me.

Um Monstro em tiOnde histórias criam vida. Descubra agora